Desde 2017, a ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade) tem transformado a vida de crianças em situação de vulnerabilidade por meio da oficina socioeducativa EduPAC. O projeto, que já impactou 600 crianças e adolescentes, inicia neste mês de março um novo ciclo de atividades estruturadas, agora realizadas quatro vezes por semana.
Mais do que garantir acesso à educação de qualidade, o EduPAC busca ampliar a qualidade de vida das comunidades atendidas, fomentando o aprendizado e o desenvolvimento dos jovens.
A ONG capitaneia oficinas socioeducativas, pois são ações que têm se destacado como uma importante estratégia para diminuir as desigualdades educacionais no Brasil. Essas atividades, frequentemente adotadas por instituições públicas, ONGs e projetos sociais como meios de ensino e transformação, ajudam a fomentar a inclusão social e o desenvolvimento de habilidades, saberes e valores, especialmente entre pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Atualmente, 100 crianças de 6 a 14 anos participam da oficina EduPAC, que vão além do ensino tradicional, ao utilizar metodologias ativas, promovendo um ambiente dinâmico, lúdico e participativo. Sendo assim, o projeto estimula o desenvolvimento de competências sociais, emocionais, cognitivas e profissionais, incentivando a autonomia, o trabalho em equipe e a solução criativa de problemas.
Para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, as oficinas socioeducativas oferecem uma série de benefícios, como atenção personalizada, adaptando os ensinamentos e atividades às necessidades e ao ritmo de cada criança, auxílio no desenvolvimento das habilidades básicas de leitura e escrita, além de contribuir com o aprendizado de disciplinas exatas e outras matérias estruturantes.
“Investir em educação é a chave para reescrever histórias e criar futuros possíveis. Buscamos não apenas ensinar, mas também inspirar nossos jovens a superarem os desafios e a enxergarem a educação como um meio de transformação pessoal e comunitária. Trabalhamos para garantir que cada criança tenha a chance de construir um caminho mais justo e promissor para si e para sua comunidade”, afirma Rosane Chene, empreendedora social e diretora da ONG PAC.
Uma história de transformação
A trajetória de Maria Eduarda Castilho ilustra o impacto do EduPAC. Durante a pandemia, ela iniciou a vida escolar de forma remota, enfrentando grandes desafios de aprendizado. Sua mãe, Érica Castilho, que não possuía escolaridade, buscou apoio no EduPAC. Com um ano de acompanhamento intensivo, Maria Eduarda foi alfabetizada, e inspirada pelo progresso da filha, Érica também decidiu retornar aos estudos por meio da oficina Empodera, voltada para a educação de jovens e adultos.