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Operação no Rio mira endereços ligados a traficante Peixão

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A Polícia Civil e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro deflagraram, nesta terça-feira (11), operação na região conhecida como Complexo de Israel, na zona norte do Rio, para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa. Chamado de “Peixão”, ele é apontado pelos policiais como um dos líderes da facção Terceiro Comando Puro.  

Um dos endereços, em Parada de Lucas, abriga um imóvel de alto padrão classificado como “resort de luxo” pela Polícia Civil. O local era utilizado como esconderijo e base operacional do líder da facção, segundo as investigações. Outro mandado foi cumprido em uma academia de musculação, também usada por integrantes do grupo criminoso como ponto de encontro. 

A investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) aponta que os locais foram construídos por Peixão para atividades criminosas, incluindo armazenamento de armas e drogas. Além disso, o “resort de luxo” do traficante ocupa irregularmente uma área de preservação ambiental, com vasta supressão de vegetação nativa e alteração do curso d’água.

“A operação visa a coletar provas que fortaleçam as investigações sobre a associação criminosa, bem como apreender materiais ilícitos, incluindo armas de fogo, equipamentos eletrônicos e documentos que possam contribuir para a elucidação de crimes praticados na região”, diz a Polícia Civil.

Até o momento, os policiais militares apreenderam drogas, prenderam um criminoso foragido da Justiça e recuperaram uma motocicleta.

A operação conta com policiais civis da DRE, responsável pelas investigações; Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE); além de policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE).

Complexo de Israel

O complexo de comunidades na zona norte do Rio de Janeiro vivenciou um intenso tiroteio no mês passado, quando realizaram uma operação policiais tentaram impedir a movimentação de criminosos para tomar o controle de outra área da cidade. Na ocasião, o secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, afirmou a operação foi organizada de forma emergencial, com base em informações de inteligência, para evitar um “banho de sangue”. Ao menos quatro pessoas foram feridas, um ônibus com passageiros foi atingido e um helicóptero e da Polícia Militar precisou fazer pouso forçado.

Peixão, que se declara evangélico, tem sido associado também a episódios de intolerância religiosa, envolvendo ordens para fechamento de terreiros e ameaças a lideranças da umbanda e do candomblé. O próprio nome informal do complexo foi definido pelos traficantes evangélicos e inclui bairros e comunidades do local, como Parada de Lucas, Vigário Geral e Cidade Alta. 

 

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