Cultura
O mundo é uma paçoca: “Dona Paçoca” estreia no Teatro Candido Mendes, em Ipanema
Com texto da escritora Regiana Antonini e protagonizada por Luzimar Trottmann, comédia mergulha na jornada de uma paçoqueira e suas histórias fantásticas
Dona Paçoca é uma mulher simples, porém cheia de histórias extraordinárias. E parte desses “causos” será contada no palco do Teatro Candido Mendes, em Ipanema, na comédia “Dona Paçoca”, que fará temporada de 10 de janeiro a 02 de fevereiro, com sessões às sextas-feiras, sábados e domingos, às 20h.
A peça tem texto da escritora Regiana Antonini, autora de grandes sucessos no teatro e na TV, como “Doidas e Santas” encenada por Cissa Guimarães, feito sob medida para a atriz Luzimar Trottmann. Ela vive a personagem Samara, conhecida como “Dona Paçoca”, que conta seus “causos” e comenta aquilo que pensa para um censor do IBGE e para seu sobrinho, ambos vividos pelo ator Gabriel Sardinha. Dona de uma sabedoria popular, adora contar uma fofoca, falar dos seus oito gatos, e, é claro, vender a sua paçoca. Ela se diz membro da SSP, “Sociedade Secreta da Paçoca”, diz que ser paçoqueira é uma missão e que só ela possui a receita da verdadeira paçoca. E acaba misturando fatos históricos marcantes (como a Independência do Brasil), com suas fantasias, colocando a paçoca no centro das atenções.

Com direção de Bruno Seixas, a comédia, notavelmente rica e lúdica, é contada enquanto Dona Paçoca espera os candidatos à vaga de paçoqueiro, já que pretende se aposentar e precisa de alguém que reúna os requisitos para guardar os segredos dessa receita familiar de paçoca que é mundialmente famosa.

– Apesar de não ter conhecido muito o mundo por conta do trabalho como paçoqueira, Dona Paçoca sabe de coisas que até Deus duvida. E Ele não está de todo errado – brinca Luzimar.
Dos “causos” à lição de vida
O texto segue a jornada de Samara desde a infância, passando por seu grande e único amor, mas acaba revelando segredos históricos que vão desde o descobrimento da paçoca pelos portugueses quando aqui chegaram até o show da Madonna nas areias de Copacabana. E todos esses eventos, por mais incrível que pareça, têm conexões com Samara. Sem intenção de ser uma heroína, Dona Paçoca se encontra no meio de eventos como a Copa do Mundo, fotos polêmicas da revista Playboy, Fidel Castro, Carlota Joaquina, baratas ciborgues, a dieta da Cláudia Raia e tantas outras histórias.

– Através das idas e vindas da vida, Dona Paçoca mostra que a verdadeira grandeza não se encontra na inteligência ou na esperteza, mas na bondade, lealdade e perseverança – destaca a atriz.
Sobre Luzimar Trottmann
A atriz Luzimar Trottmann mudou-se para a Suíça há mais de 25 anos, onde se casou e tornou-se cidadã suíça. Hoje, divide-se residindo entre Europa e Brasil. Nos anos de 1990, foi considerada a atriz de maior destaque no curso de Qualificação Profissional de Ator da TV Globo, conquistando papéis na emissora em novelas e seriados, como “Mulheres de Areia”, de Wolf Maya, “Fera Ferida”, de Dennis Carvalho e Marcos Paulo, entre outras. Também atuou em diversas peças teatrais.
Trottmann ama a arte brasileira e é ativa associada do CEBRAC (Centro Brasil Cultural), em Zurique, instituição filantrópica que representa a cultura brasileira nas terras alpinas e presta serviços à comunidade brasileira lá situada, participando de palestras, lançamentos e vernissages. No Rio de Janeiro, ajuda o Retiro dos Artistas e retorna ao Brasil para dar a sua colaboração aos artistas brasileiros e retomar sua carreira artística com o novo espetáculo.
Ficha técnica:
Texto: Regiana Antonini
Direção: Bruno Seixas
Elenco: Luzimar Trottmann e Gabriel Sardinha
Assistente de direção e stand in: Eduardo Martinez
Cenógrafo e figurinista: Nello Marrese
Iluminador: Ricardo Meteoro
Trilha sonora: Rodrigo Chuva
Designer gráfica: Laura Levin
Coordenação geral e produção executiva: Beto Bruno e Dora Lima
Assessoria de imprensa: Carlos Pinho
Redes sociais: Douglas Oliveira
Fotógrafo/Videomaker: Tiago Morena
Apoio: Smart Fit e Arcor
Realização: Evoé Produções Artísticas
Serviço:
Temporada: de 10 de janeiro a 02 de fevereiro
Dia e horário: sexta-feira, sábado e domingo, às 20h
Local: Teatro Candido Mendes – Rua Joana Angélica, 63, Ipanema, Rio de Janeiro – RJ
Entrada: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada), vendas pelo site https://bileto.sympla.com.br/event/102012/d/296282
Gênero: Comédia
Duração: 60 minutos
Lotação: 102 lugares
Rede social: https://www.instagram.com/luzimartrottmann/
Leitura
AVEC Editora celebra dois prêmios no Odisseia de Literatura Fantástica e reforça protagonismo na cena nacional
A AVEC Editora iniciou a semana em clima de festa após conquistar dois dos principais reconhecimentos do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2025, uma das premiações mais relevantes do país dedicadas ao horror, fantasia e ficção científica. Os autores Iza Artagão e Fábio Fernandes garantiram o primeiro lugar em suas respectivas categorias, consolidando a força do catálogo da editora e reafirmando o compromisso da casa com a literatura nacional.
Na categoria Narrativa Longa – Horror, o destaque foi para “Legítima Defesa”, de Iza Artagão. A autora, conhecida por sua escrita capaz de tensionar realidade e horror psicológico, comemorou a vitória com emoção.
“Foi um ‘uau’ imediato. É a coroação de mais de dois anos de trabalho e o reconhecimento da potência dessa trama, que aborda a violência doméstica em uma época ainda mais sombria para as mulheres”, afirma.
Acompanhando a premiação por uma transmissão ao vivo, ela conta que a notícia a derrubou de emoção: “A minha primeira reação foi chorar. Depois veio essa felicidade gigante pela conquista inédita. Já havia sido finalista em 2021 e 2022, mas agora a história encontrou seu lugar.”
Sobre o processo criativo, Iza destaca o desafio central do livro: “Escrever uma protagonista que vive todo o ciclo da violência doméstica exigiu muita sensibilidade. Eu precisava que a Vilma fosse fiel à vida real, mas, ao mesmo tempo, tinha que manter o leitor dentro da história.”
A recepção do público, segundo ela, tem sido surpreendente: “Achei que, por a trama se passar nos anos 80, muitos leitores estranhariam as atitudes dos personagens. Mas a ambientação ajudou a mostrar como eram os costumes daquela época — isso tem sido muito gratificante.”
Na categoria Narrativa Longa – Ficção Científica, quem brilhou foi Fábio Fernandes, que celebra o prêmio como um marco pessoal e profissional.
“A conquista do Odisseia é muito importante para mim e para este livro. É um sinal de reconhecimento necessário, não só pelo ego, mas porque ajuda a obra a atravessar fronteiras”, afirma.
Para ele, a vitória chega em um momento especial: “Esse é um dos três prêmios mais importantes do Brasil no fantástico, e completa perfeitamente minhas quatro décadas de carreira. É um reconhecimento que vem em ótima hora.”
Fernandes também relembra o árduo processo de escrita: “O trabalho foi enorme, e equilibrar todas as referências não foi simples. Mas foi um processo muito gratificante. Escrever, para mim, sem referências, seria mais difícil ainda.”
E celebra o retorno dos leitores: “No começo eles acham tudo meio confuso, mas quando embarcam e deixam as coisas se revelarem aos poucos, a alegria deles é maravilhosa. Essas conversas têm sido um presente.”
Para a AVEC, as duas vitórias reforçam o impacto do trabalho realizado ao longo de mais de uma década. O editor da casa, Artur Vecchi, destaca o significado do reconhecimento:
“A literatura nacional é potente, diversa e inovadora. Ver Iza e Fábio brilhando no Odisseia mostra que estamos cumprindo nossa missão: apostar em autores que transformam o fantástico brasileiro em algo vivo, emocional e memorável.”
Ele acrescenta: “Esses prêmios não são apenas conquistas individuais; são provas de que nosso ecossistema literário está crescendo. E a AVEC segue comprometida em ser parte ativa desse movimento.”
Cultura
Identidade e resistência em foco: Negro Sou transforma Linhares em palco da realeza africana
Uma celebração grandiosa da ancestralidade, da força e da beleza do povo negro acontece no dia 22 de novembro (sábado), em Linhares (ES), no Complexo Cultural e Esportivo do Palmital: o Desfile da Realeza Africana – Negro Sou. Em sua 7ª edição, o evento gratuito traz na programação oficina de culinária quilombola, intercâmbio afro com grupos artísticos e o desfile. É um rito de passagem, uma travessia poética que une passado, presente e futuro em uma só voz, ecoando a resistência e o orgulho de uma história que o tempo jamais apagará.
Idealizado pelo Instituto Negro Sou, o desfile é a culminância de um ano inteiro de ações culturais, educativas e de empoderamento, que tem como propósito promover o letramento racial, fortalecer a identidade negra e combater o racismo. Cada participante que pisa na passarela carrega o peso e a leveza de uma ancestralidade viva, resultado de formações de empoderamento, identidade, penteados afro e maquiagem, um processo de preparação que transforma o corpo em símbolo e o gesto em discurso.
“Existe toda uma preparação para que as pessoas que irão performar a realeza tenham letramento racial, estejam bem empoderadas e que reconheçam a força de sua identidade racial consigam levar todo esse conhecimento com ela para o dia do desfile e transmitir aos convidados. Os modelos participam de uma seleção, reuniões, formações presenciais, assinam termos de conduta, estudam e se preparam para performar figuras importantes da ancestralidade negra”, explica Ana Paula, criadora do projeto.
A abertura do evento ficará por conta do AfroSax do Miguel, que convida o público a uma experiência sensorial e espiritual por meio do som e da alma africana. Em seguida, o público será conduzido por um intercâmbio afro-cultural protagonizado pelo Grupo Quilombola Mirim de Povoação – Pequenas Raízes da Mamãe da Praia, e pela Banda de Congo ASMONELI, herdeira de uma tradição que pulsa no tambor e na memória coletiva.
Este ano, o desfile chega com novidades que reafirmam seu compromisso com a diversidade e a inclusão. Além da figura inédita do rei destaque, que se une à rainha para simbolizar o equilíbrio e a força da realeza negra, o evento contará com acessibilidade para a comunidade surda e para pessoas com deficiência, com estrutura pensada para o acolhimento e participação de todos. As roupas e adornos serão assinados pelo designer Anderson Vianna, que transforma tecidos em narrativas e costura histórias de resistência com arte e afeto.
Nascido em 2018, a partir de um projeto desenvolvido pela professora Ana Paula, na Escola Integral Bartouvino Costa l, o “Negro Sou” se expandiu e tornou-se uma poderosa ferramenta de transformação. O que começou como disciplina eletiva virou um movimento que envolve toda a comunidade linharense, promovendo o reencontro com a ancestralidade e a valorização das expressões culturais afro-brasileiras.
O Desfile da Realeza Africana – Negro Sou é gratuito e aberto ao público. Mais do que um espetáculo, é uma celebração de pertencimento, identidade e amor-próprio. É o espelho onde a negritude se reconhece como potência, arte e herança. Um convite para que todos, de todas as cores e origens, se unam na mesma batida ancestral que ecoa do coração da África até o Espírito Santo!
A ficha técnica do evento reúne uma equipe comprometida com a valorização da cultura afro-brasileira e a inclusão em todas as suas formas. A realização é do Instituto Negro Sou, sob a presidência de Ana Paula, com direção geral da equipe do Instituto e figurinos assinados por Anderson Vianna. A produção é conduzida por uma equipe híbrida e diversa, formada por mulheres negras, pessoas cis, trans, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, reafirmando o compromisso do projeto com a representatividade, a diversidade e a força coletiva.
Programação
16h30 às 18h30: Oficina de culinária quilombola (inscrição no local)
18h30 às 19h30: Intercâmbio afro
Desfile: 19h30
Serviço
Desfile da Realeza Africana – Negro Sou
Data: 22 de novembro de 2025 (sábado)
Horário: 16h30
Ingresso: Gratuito
Local: Complexo Cultural e Esportivo do Palmital
Endereço: Av. Roberto Marinho, s/nº – Palmital – Linhares/ES
Classificação: Livre
Cultura
Blue Note Rio recebe tributo a Emílio Santiago
Tico de Moraes e a banda Saigon prestam homenagem ao ícone da música no dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h
Doze anos sem Emílio Santiago, um dos maiores intérpretes da história da Música Popular Brasileira. Para celebrar o seu legado sofisticado e eterno, o Blue Note Rio, em Copacabana, recebe um reencontro afetuoso entre músicos, memória e público. O tributo ao ícone da voz acontece no dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h.
A iniciativa partiu do baixista e diretor musical Alex Rocha, que acompanhou o artista por mais de uma década, ao reunir músicos que integraram a banda de Emílio em diferentes fases da carreira para um espetáculo especial que celebra a sua obra.
O cantor brasiliense Tico de Moraes, com sua voz refinada e presença marcante, traz à homenagem a vivência do jazz e da MPB contemporânea, ampliando o diálogo entre tradição e atualidade. Ele dividirá o palco com um time de peso, a banda Saigon, com Renan Francione (piano), Xande Figueiredo (bateria) e José Arimatéia (trompete), todos com trajetória junto a Emílio e passagens marcantes ao lado de nomes como Milton Nascimento, Mart’nália, Leny Andrade, Gilberto Gil, entre outros.
O repertório revisitará sucessos emblemáticos como “Logo Agora”, “Pelo Amor de Deus”, “Essa Fase do Amor”, “Verdade Chinesa” e “Saigon”, com arranjos cuidadosos e uma entrega emocional à altura do homenageado.
Serviço:
Local: Blue Note Rio – Avenida Atlântica, 1910, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Dia e horário: dia 27 de novembro, quinta-feira, às 20h
Entrada: de R$ 60 a R$ 120, vendas pelo site https://www.eventim.com.br/artist/blue-note-rio/tico-moraes-banda-saigon-tributo-a-emilio-santiago-3965309/
Redes sociais:
Produção: Luciana Moisakis
Assessoria de imprensa: Carlos Pinho

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