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O brasileiro não vai mais à farmácia só comprar remédio

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O brasileiro não vai mais à farmácia só comprar remédio
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A pandemia do Coronavírus resultou em mudanças comportamentais que afetam, hoje em dia, os negócios de diferentes setores da economia, sendo um deles o mercado da saúde e bem-estar. Uma pesquisa da Global Health Service Monitor, feita pela Ipsos em 34 países, mostrou que as pessoas estão mais inquietas com temas como depressão e ansiedade. Esse número saltou de 18% em 2018 para 40% apenas três anos depois. E o reflexo disso pode ser sentido atualmente no fluxo de comércios como farmácias e drogarias.

Junto a esse fator une-se outro importante indicador, que é o aumento da parcela da sociedade com mais de 60 anos, que por si só frequenta mais esse tipo de estabelecimento. Conforme dados do IBGE – Instituto Brasileiros de Geografia e Estatísticas, em apenas 10 anos, o volume subiu 3,4 pontos percentuais, o que significa população de 31 milhões de pessoas, atualmente. Por fim, ainda há brasileiros que se preocupam com condicionamento físico. O Brasil é o segundo do mundo em número de pessoas que vão à academia.

Com todos esses fatores registrados, as farmácias e drogarias registraram em abril de 2023 aumento de 25% na movimentação de clientes na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso é o oposto do que o varejo ampliado vem registrando, já que as quedas vêm sendo consecutivas. Esse apontamento vem de pesquisa da HiPartners, com os dados chancelados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e 4Intelligence.

Nesse contexto, um dos responsáveis por esse aumento é linha de suplementos alimentares que associada aos demais produtos isentos de prescrição (MIPs) registra aumento significativo nas vendas das farmácias. A receita dessa categoria cresceu 25% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 27,6 bilhões. Isso já configura o terceiro ano consecutivo de recorde no faturamento dessa classe e confirma o processo de amadurecimento do consumidor com foco no autocuidado.

O mercado de suplementação alimentar vem ganhando novos contornos quanto o assunto é distribuição. Os body shops não reinam mais exclusivos na comercialização dessa linha de produtos. As farmácias vêm conquistando espaço nesse cenário e no começo deste ano ultrapassou a barreira dos R$ 100 milhões de faturamento bruto nesse canal, de acordo com dados de pesquisa da IQVIA. E é nessa esteira que farmácias e drogarias do interior do Brasil – e familiares – ganham uma nova perspectiva de futuro.

As farmácias e drogarias têm uma excelente oportunidade de se configurar como canal de vendas voltado ao bem-estar, autocuidado, qualidade de vida e não apenas como pontos de vendas de remédios. E esse movimento é o que pretendemos potencializar ao longo dos próximos anos, por todo o interior do Brasil. Pelo País, temos hoje em dia cerca de 90 mil farmácias, a maior de pequeno e médios portes, com uma gestão familiar e esse segmento precisa de orientação, auxílio, suporte.

Porém, essa mudança que é demandada pela sociedade e suas novas características requer um ajuste no jeito de pensar de empreendedores do ramo. Diversificar portfólio, promover uma percepção diferente na cabeça dos atuais clientes e criar um ambiente saudável, amistoso, com experiências darão a esse setor da economia um potencial ainda maior de crescimento. A oportunidade está quicando na frente dos donos de farmácias e drogarias, mas para marcar o gol é preciso jogar e chutar para estar à frente no placar.

(*) Leonardo Garcia é CEO da JLFIT Suplementos e Rodolfo Oliveira é CEO da XR Advisor

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