Saúde
No Brasil, 12% dos partos são prematuros
Índice é considerado alto, mas especialista explica que acompanhamento pré-natal reduz os riscos do nascimento antes da hora
“Não deixar que pensamentos negativos e a imaginação criem histórias. Ocupe a mente com outras coisas relacionadas à maternidade”. Esse é o conselho que a artesã Michelle Morel, 40, dá às mães de bebês prematuros. Devido à pré-eclâmpsia e outras complicações, ela viu sua gravidez ser interrompida depois de 27 semanas e 6 dias de gestação, para salvar sua vida e de seus bebês. “Fiquei internada duas semanas antes do parto. Os médicos seguraram minha gravidez até o último minuto, pois um dos bebês estava ganhando pouco peso, parando de se desenvolver”, conta.
Pedro e Mariane chegaram ao mundo pesando 940 e 820 gramas, respectivamente, mas o tamanho dos bebês não abalou Michelle, que carregava a certeza de que tudo ficaria bem. “A angústia de saber que tinha prematuros existiu, mas consegui me manter positiva. Não pensava em problemas e pude contar com o apoio psicológico da minha família, amigos e da equipe da Maternidade Unimed-BH Grajaú”, lembra.
Nascimento prematuro
Uma gestação tem duração de 40 semanas e o nascimento antes de 37 semanas é considerado prematuro. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 1 a cada 10 bebês em todo o mundo nasce prematuro, sendo que, no Brasil, aproximadamente 12% dos nascimentos ocorrem de forma prematura, o que preocupa especialistas.
De acordo com a neonatalogista coordenadora médica da UTI neonatal da Maternidade Unimed-BH Grajaú, Rosilu Ferreira Barbosa, que acolheu os gêmeos Mariane e Pedro, a prematuridade afeta, principalmente, o desenvolvimento de órgãos vitais dos bebês. “Um recém-nascido prematuro tem o desafio da luta pela vida e pela sobrevivência sem sequelas ou com sequelas mínimas, pois o nascimento interrompe o desenvolvimento e o crescimento de cada órgão do corpo humano, sendo os pulmões e o cérebro os mais impactados”, explica.
A realização de um pré-natal cuidadoso e regular auxilia na prevenção da prematuridade e, caso não seja possível evitá-la, os pais são orientados quanto aos riscos, resultados e estatísticas de cada serviço.
A médica afirma que os avanços no tratamento de bebês prematuros ocorrem continuamente e, geralmente, estão relacionados aos modos e equipamentos de ventilação mecânica, administração não-invasiva de surfactante, prevenção e tratamento de infecções. “Os novos tratamentos têm o objetivo de reduzir o tempo de ventilação mecânica e de internação e, afinal, a sobrevida sem sequelas neurológicas e respiratórias”.
Suporte psicológico para seguir
Lidar com as questões emocionais das famílias dos bebês prematuros é crucial, tendo as equipes médica e multidisciplinar o papel de acolher nos momentos difíceis, oferecer as informações sobre a evolução dos pacientes, orientar quanto aos cuidados, estimular e respeitar sua participação. “O suporte emocional e psicológico permite que os pais consigam acompanhar internações prolongadas e dolorosas”, orienta a perineonatalogista.
Michelle Morel, a mãe dos gêmeos Mariane e Pedro, corrobora com a afirmação da médica e relata o apoio oferecido pelas equipes nos três meses de internação de seus bebês. “As equipes de médicos, enfermeiros e todos os profissionais me explicavam cada detalhe com muita atenção. As enfermeiras da UTI Neonatal me ajudavam a tirar o leite nos primeiros dias. Eu estava muito fragilizada e o apoio das enfermeiras deram muita força no processo”.
Para as mães de prematuros, Michelle compartilha sua experiência. “Façam o que estiver ao seu alcance, imaginem a alta com seus filhos ao invés de questionar. Contem com o apoio dos profissionais e familiares e, quando estiverem em casa, pratiquem projeto canguru para continuar fortalecendo a conexão entre vocês e seus bebês. Com confiança e o acompanhamento adequado, os bebês crescerão saudáveis”, aconselha.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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