Com o aumento significativo do número de mulheres buscando formação em Medicina Veterinária e Zootecnia, a presença feminina no mercado de trabalho dessas áreas tem crescido de forma expressiva.
De acordo com dados do Sistema Conselho Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs), dos 188.863 médicos-veterinários registrados, 56% são mulheres, totalizando 106.012 profissionais. Já entre os 12.453 zootecnistas inscritos, as mulheres representam 36% da lista, somando 4.524 profissionais.
Esses números refletem não apenas a crescente participação feminina nessas carreiras, mas também a competência, sensibilidade e dedicação das mulheres que atuam na área.
Para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8/03), é importante reconhecer e valorizar o papel fundamental que as mulheres desempenham na Medicina Veterinária e Zootecnia, contribuindo para o bem-estar e saúde dos animais e para o desenvolvimento do setor.
Apesar dos desafios enfrentados, como o preconceito e a discriminação, as mulheres veterinárias estão lutando por igualdade e justiça em seus direitos e oportunidades.
Fernanda Martins, médica-veterinária com 30 anos de experiência e coordenadora educacional da Faculdade Qualittas, conta como superou obstáculos e se especializou em pequenos animais e animais silvestres.
“Ao longo da minha trajetória, enfrentei muitos preconceitos nesta área, mas nunca desisti porque é o que amo fazer. Durante meu estágio supervisionado em uma fazenda de gado leiteiro pude perceber o quanto a mulher era discriminada. Os peões sempre me viam com olhos diferentes, mas isso não me impediu de seguir em frente”, recorda Fernanda.
A médica-veterinária percebeu a necessidade de mudar de direção e decidiu se especializar em pequenos animais e animais silvestres.
“Essa escolha me proporcionou novas oportunidades, como na Faculdade Qualittas, onde fui convidada pelos professores Francis Flosi e José Carlos Feo a integrar a equipe acadêmica”.
Mesmo com o avanço das mulheres em cargos de liderança e na área da medicina veterinária, Fernanda reconhece que ainda há desafios a serem enfrentados em uma sociedade machista. No entanto, ela mantém sua fé na luta por oportunidades igualitárias e pela equidade dentro dessa profissão que tanto ama.
“A medicina veterinária é minha paixão e estou determinada a continuar crescendo e contribuindo para o bem-estar dos animais, mesmo que encontremos obstáculos no caminho”, finaliza Fernanda.
Tamanha determinação une esta profissional às outras 3.5 bilhões ao redor do mundo, que estão sendo homenageadas neste dia.