Saúde
Médico do HFL toma posse como presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro
Haroldo Chagas quer levar a experiência do SUS para melhorar a formação dos médicos residentes
O médico Haroldo Chagas, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Federal da Lagoa (HFL), assumiu a presidência da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro (SNCRJ) durante o biênio 2023-2025. A posse no cargo aconteceu no XVIII Congresso da Sociedade, realizado em julho.
A Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro tem o objetivo de elevar o padrão científico dos neurocirurgiões do estado, desenvolvendo atividades de aperfeiçoamento, como estágios, cursos, palestras e encontros científicos. Além disso, a SNCRJ apoia a realização de trabalhos científicos e de publicações nacionais. A Sociedade também acompanha as condições de trabalho dos neurocirurgiões, atuando como representante da categoria no estado.
Haroldo Chagas conta que assumiu o desafio de presidir a SNCRJ com o objetivo de contribuir para a formação dos futuros neurocirurgiões: “Quero aproximar, dos médicos mais experientes, aqueles que ainda estão começando a se especializar, ou seja, os residentes. Essa é uma forma de aprimorar a qualificação dos profissionais recém-formados”, explica o especialista.
Haroldo conheceu a medicina muito antes de começar os estudos na faculdade. O seu pai era dono de um hospital no estado do Maranhão, onde foi possível conhecer de perto a rotina de uma unidade de saúde, trabalhando em diversos setores. O interesse pela neurocirurgia é outro legado paterno: “Meu pai, que também é médico, me ensinou que o neurocirurgião é o profissional que cura os males da coluna e faz as pessoas andarem. Desde aquela época, vislumbramos um mundo em que a ciência colocaria paraplégicos para voltar a caminhar. Desde então, encaro a neurocirurgia como uma missão de vida”.
Desde 2013, Haroldo chefia o Serviço de Neurocirurgia do HFL, mas o seu vínculo com a unidade vem de longa data: “No Hospital da Lagoa eu aprendi os mais básicos procedimentos médicos, como dar pontos cirúrgicos, pois foi onde eu estagiei, no meu segundo ano de faculdade”, lembra.
Em 2006, o profissional foi aprovado no concurso público então promovido pelo Ministério da Saúde. Haroldo chegou a trabalhar em outros hospitais federais, como o do Servidores do Estado, de Bonsucesso e do Andaraí, mas foi no Hospital da Lagoa que fincou suas raízes, até se tornar-se coordenador da neurocirurgia.
Uma das principais funções à frente do Serviço é acompanhar os médicos residentes ao longo dos cinco anos de aperfeiçoamento na unidade. Ao fim deste programa de educação continuada, o residente está apto a realizar cirurgias complexas e buscar o título de especialista em neurocirurgia, podendo atuar profissionalmente na área.
CIRURGIA ENDOSCÓPICA DA COLUNA É UM DOS DESTAQUES DO HFL
Além dos médicos residentes, a equipe da neurocirurgia do HFL conta com seis neurocirurgiões. O serviço realiza cerca de 150 procedimentos cirúrgicos por ano, especialmente cirurgias de coluna, oncológicas e vasculares.
Um dos destaques da Neurocirurgia do Hospital da Lagoa é a cirurgia endoscópica de coluna, que ainda é pouco realizada nos hospitais públicos do país. Esta é uma das principais técnicas cirúrgicas minimamente invasivas. Entre as vantagens deste tipo de procedimento estão a diminuição do tempo de internação e a simplificação do pós-operatório. “O paciente submetido a uma cirurgia endoscópica se recupera com menos intercorrências, com muito mais rapidez, voltando a realizar as suas atividades de rotina em um tempo muito menor”, explica o médico. As cirurgias endoscópicas, assim, além de contribuírem para a qualidade de vida do paciente, fazem com que os custos finais da assistência sejam significativamente menores do que nas técnicas tradicionais.
O Serviço de Neurocirurgia do Hospital Federal da Lagoa oferece vagas para pacientes com indicação de cirurgias de coluna, aneurismas, más-formações arteriovenosas cerebrais e neurocirurgia em geral para adultos. As vagas para tratamento no HFL são disponibilizadas através do sistema de regulação estadual. O paciente deve buscar atendimento no posto de saúde ou clínica da família mais perto de sua residência para ser encaminhado, posteriormente, ao Hospital da Lagoa.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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