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Lula quer aperfeiçoar multilateralismo e parcerias na América Latina

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© Ricardo Stuckert / PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta terça-feira (13), durante viagem à China, o aperfeiçoamento do multilateralismo e o fortalecimento das parcerias entre os países da América Latina e Caribe.

Na avaliação do presidente, estes são fatores relevantes para influenciar as Nações Unidas e dar a ela uma representatividade mais diversa e de acordo com o atual contexto geopolítico.

A solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas sim aperfeiçoá-lo. A América Latina e o Caribe podem contribuir elegendo a primeira mulher secretária-geral da ONU e honrando, assim, o legado da Conferência de Pequim sobre os direitos das mulheres”, disse Lula sem especificar quem seria essa mulher.

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Segundo Lula, a governança global “já não espelha a diversidade que habita a Terra”. 

“E esse anacronismo tem impedido que se cumpra o propósito de evitar o flagelo da guerra, inscrito na Carta das Nações Unidas”, acrescentou.

China

As afirmações foram feitas durante a abertura do IV Fórum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Pequim. 

Na oportunidade, ele ressaltou a importância da aproximação entre os países participantes do fórum, destacando o papel relevante da China para o desenvolvimento da região.

A China já é o segundo maior parceiro comercial da Celac e um dos mais importantes investidores na América Latina e no Caribe. Segundo ele, isso fica evidente sobretudo na área de infraestrutura.

“O apoio chinês é decisivo para tirar do papel rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão. Mas a viabilidade econômica desses projetos depende da capacidade de coordenação de nossos países para conferir a essas iniciativas escala regional.”

Alerta

Em tom de alerta aos países participantes do encontro, Lula disse que “o futuro da América Latina depende do nosso comportamento; da análise justa do que aconteceu no século XX, onde nós avançamos, e onde nós retrocedemos, para que a gente compreenda de uma vez por todas: não há saída para nenhum país individualmente”.

“Nós temos 500 anos de histórias que provam isso. Ou nós nos juntamos entre nós, e procuramos parceiros que queiram, junto conosco, construir um mundo compartilhado, ou a América Latina tende a continuar sendo uma região que representa a pobreza no mundo de hoje. É importante que a gente compreenda. Depende, pura e simplesmente, se a gente quer ser grande ou a gente quer continuar pequeno”, acrescentou.

Assimetrias

Na avaliação de Lula, a relação entre a Celac e China pode fortalecer os setores industriais em áreas de ponta como, por exemplo, a Inteligência Artificial.

“Para construir um futuro compartilhado, é necessário reduzir as assimetrias entre os países”, disse. 

“A revolução digital não pode criar um novo abismo tecnológico entre as nações. O desenvolvimento da Inteligência Artificial não deve ser um privilégio de poucos. Uma transição justa para uma economia de baixo carbono também exige amplo acesso a tecnologias de energia limpa”, complementou.

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