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Livro sobre a história do desmonte do Morro do Castelo será lançado em dezembro no Rio de Janeiro

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Em um momento em que se discute o projeto Reviver Centro, uma iniciativa que busca revitalizar o patrimônio histórico e cultural do Centro comercial e histórico da cidade, impactado nos últimos anos pela crise econômica e, em especial, pela pandemia do Covid-19, o livro ‘De colina sagrada a dente cariado: A modernidade carioca e o desmonte do Morro do Castelo (1822-1922)’, lança luz sobre a importância da preservação da história do Rio de Janeiro. O lançamento acontece no dia 9 de dezembro, a partir das 11h, na Livraria Folha Seca (Rua do Ouvidor, 39 – Centro – RJ).

Os autores da obra, Antonio Edmilson Martins Rodrigues, historiador e professor da UERJ e PUC-Rio e professor aposentado da UFF, e Luciene Carris, historiadora, professora e pesquisadora, uniram seus conhecimentos e habilidades para lançar uma obra que reflete sobre aspectos da evolução urbana da cidade.

O livro se destaca como uma obra indispensável para estudiosos e interessados na história do Rio de Janeiro. A colina sagrada que foi o berço da cidade no século XVI, se transformou em um ‘dente cariado’ como os seus contemporâneos apelidavam, pois, atrapalhava a expansão da cidade, sem questionar ou refletir o impacto que teria nos habitantes do Morro do Castelo, que foram deslocados e removidos para outros cantos, distantes do Centro e do seu local de trabalho.

Segundo Luciene Carris, “o livro tem como foco principal a análise do controverso desmonte do Morro do Castelo em 1922, durante o mandato do prefeito Carlos Sampaio, mas também recupera os discursos dos engenheiros e dos médicos do século XIX, que pensavam na irradiação da Colina. Cem anos depois, em 2023, o projeto Reviver Centro, procura revitalizar o centro histórico da cidade e repensar as formas de ocupação e moradia, que atendam critérios da preservação de antigos casarios através de técnicas como o retrofit. Acredito que este livro nos faz refletir hoje sobre os desafios enfrentados no passado e no presente, quando a modernização e o crescimento urbano levaram à demolição de partes importantes da cidade”.

Os autores mergulharam minuciosamente nos motivos que levaram à demolição do Morro do Castelo, abordando questões sanitárias, teorias relacionadas a miasmas e interesses ligados à especulação financeira. Nesse contexto, a controvérsia em torno da demolição não passou despercebida pela sociedade da época, e a atuação de figuras como Lima Barreto nos jornais é destacada, revelando como a história envolveu indivíduos comprometidos com a preservação da memória da cidade.

Lima Barreto é a importância da preservação da memória urbana

Para Lima Barreto, a demolição do Morro do Castelo seria a destruição do patrimônio histórico e da memória da cidade, além da remoção abrupta dos moradores mais pobres.

Uma figura verdadeiramente cativante que emerge na narrativa através da obra ‘O subterrâneo do Morro do Castelo’, de Lima Barreto, é a Condessa Lambertini, mais conhecida como Dona Graça. Ela acrescenta uma camada de mistério, de romance e intriga à trama, entrelaçando eventos de forma fascinante, como a lenda do tesouro dos jesuítas que, segundo a crença dos cariocas da época, estaria escondido nas galerias subterrâneas do Morro do Castelo.

Ao contestar as visões tradicionais sobre o modernismo brasileiro na década de 1920, os autores oferecem uma análise convincente da cultura carioca da época estabelecendo, segundo Antonio Edmilson, “uma querela que envolveu os modernos, aqueles que ocuparam a prefeitura da cidade desde Pereira Passos e seus críticos que definiam novas perspectivas para a cidade, em especial, realizando uma distinção entre a cidade e a capital moderna”, destacando a importância de figuras como Lima Barreto.

O livro ‘Da colina sagrada a dente cariado’ examina um evento importante na história do Rio de Janeiro, mas também contribui para uma reavaliação crítica da historiografia, mostrando que os artistas e intelectuais da passagem do século XIX para o XX estavam imersos na busca do moderno e envolvidos pelas tendências europeias da época num grande debate que envolvia tendências nacionalistas e sua crítica.

“Esta obra é uma leitura essencial para compreender a complexa interação entre modernidade, cultura e histórias na cidade do Rio de Janeiro, e sua publicação é oportuna, pois nos lembra da importância de preservar a história e o patrimônio enquanto buscamos um olhar para o futuro, para nossa cidade, comprometido com uma outra cidade e um outro tipo de desenvolvimento, respeitando o direito à memória, tradições e moradia”, diz os autores.

A capa do livro apresenta uma releitura de um desenho do pintor austríaco Thomas Ender, que veio com a Missão Austríaca ao Brasil em 1817. A aquarela realizada pelo artista e historiador Alcides Oliveira retrata a antiga Ladeira da Misericórdia, a primeira rua calçada com pé de moleque no Rio de Janeiro e o principal acesso ao Morro do Castelo. Atualmente, no local, restaram a Igreja da Nossa Senhora de Bonsucesso, que teve sua origem na Capela da Irmandade da Misericórdia, colado à Santa Casa da Misericórdia na rua Santa Luzia, e um pequeno trecho da Ladeira que não leva a lugar algum. Além disso, o espaço é ocupado por um batalhão de policiamento voltado para a segurança da região do Centro.

Colóquio Modernismo no Rio

Durante o ‘Colóquio Modernismos no Rio’ que acontecerá nos dias 4 e 5 de dezembro no Salão Dourado do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, na Praia Vermelha, Urca, haverá uma conferência do professor Antonio Edmilson, no dia 5, às 16 horas, seguida por uma roda de choro, que começa às 17 horas, e o pré-lançamento do livro ‘De colina sagrada a dente cariado: A modernidade carioca e o desmonte do Morro do Castelo (1822-1922)’.

No dia 9, a partir das 11 horas, os autores estarão na Livraria e Edições Folha Seca, na Rua do Ouvidor, 39 – Centro.

SERVIÇO:
Lançamento do livro ‘De colina sagrada a dente cariado: A modernidade carioca e o
desmonte do Morro do Castelo (1822-1922)’, de Antonio Edmilson Martins Rodrigues e Luciene Carris, Editora Ayran, 2024, 220 páginas, R$ 60,00.

Datas e locais:
Dia 5 de dezembro: Conferência de Antonio Edmilson durante o Colóquio Modernismo no Rio no Salão Dourado do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, na Praia Vermelha, Urca, às 16h, logo em seguida ocorre uma roda de choro e o lançamento do livro.
Dia 9 de dezembro: a partir das 11h, na Livraria Folha Seca (Rua do Ouvidor, 39 – Centro).

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Fotos de Rodrigo Menezes

No mês da Consciência Negra, o clássico da literatura infantil “Violeta, a Princesa Cor de Bombom”, escrita por Veralinda Menezes, ganha uma nova temporada de lançamento literário. Dessa vez será no dia 08/11, às 16h, no Sesc Niterói, no Centro da cidade.

A programação inclui contação de histórias com dramatização e música, rodas de conversa com crianças, palestra sobre a importância da diversidade nos contos de fadas e sessão de autógrafos com a autora. O projeto propõe uma reflexão sobre o protagonismo negro nos contos de fadas e a representação feminina como agente de poder no imaginário coletivo.

Contemplado pelo edital Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar – Apresentação Literária, o projeto “Dezesseis Anos de Violeta, Princesa Cor de Bombom” reafirma a importância de representatividade no universo lúdico e mágico das histórias infantis, trazendo à cena a primeira princesa negra da literatura brasileira. Mais do que um conto de fadas, a obra propõe um diálogo sobre empoderamento feminino, identidade e diversidade.

O livro foi lançado em 2008 e desde então se transformou em contação de histórias, CD com canções originais e apresentações em feiras literárias por todo o país. “Violeta nasceu para mostrar que meninas negras também podem ser princesas, heroínas, rainhas e guerreiras. O imaginário infantil é uma semente poderosa: quem se vê no conto, se reconhece no mundo real”, explicou Veralinda Menezes.

A classificação etária é livre, a entrada é gratuita e o Sesc Niterói fica na R. Padre Anchieta, 56 no Centro de Niterói.

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Assessoria de Imprensa
Assessoria de Imprensa

A nova edição da coletânea reúne 42 autores e traz um capítulo escrito pela assistente social Maria das Graças de Alcântara Rocha, em coautoria com Carolina Fernandes e Úrsula Braga, sobre relações de trabalho e serviço social na indústria do petróleo – o caso do Sindipetro-NF.

O lançamento será no dia 21/10, às 18h30, no auditório do IHS da UFF Rio das Ostras.
Mais um registro importante da história e das lutas sociais da nossa região.

Organização: Profa. Vânia Noeli Ferreira de Assunção
Pré-venda: R$ 80 | Pix: vanianoeli@uol.com.br

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Aprender jogando: Curso de empreendedorismo cultural chega à Mata Norte e ao Sertão de Pernambuco

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Projeto idealizado pela Liga Criativa utiliza a gamificação como metodologia de participação interativa com os alunos e é totalmente gratuito

Estão abertas até o dia 15 de outubro as inscrições para o curso “Empreender na Cultura: o Jogo!”, realizado pela Liga Criativa com incentivo do Funcultura Pernambuco. A formação será oferecida em dois polos: Serra Talhada, no Sertão, de 17 a 19 de outubro, no Museu do Cangaço, e Paudalho, na Mata Norte, de 24 a 26 de outubro, na Escola Municipal Genilda Martins.

O curso será dividido em dois módulos: o presencial, com 20 horas de carga horária, dedicado a desenvolvimento pessoal e à estruturação de negócios e carreiras artísticas; e o virtual, com 12 horas, voltado à captação de recursos e elaboração de projetos culturais. Ao todo, são 50 vagas disponíveis para interessados em aprofundar conhecimentos em empreendedorismo cultural.

As aulas serão conduzidas por Eliz Galvão, profissional com ampla experiência em formações presenciais, virtuais e híbridas, que já orientou mais de 80 turmas e 8 mil artistas em todo o Brasil. A proposta de gamificação estimula a participação ativa, colaborativa e interativa dos inscritos.

“Realizamos esse projeto em várias edições pelo estado e sempre percebemos que ele funciona como um apoio essencial para os fazedores de cultura que desejam empreender de forma independente. Todo o processo formativo é pensado para proporcionar uma experiência prática dentro do mercado cultural e contribuir para o sucesso dos participantes”, destaca Eliz Galvão.

A metodologia combina aulas teóricas, dinâmicas de grupo, exercícios práticos individuais e análise coletiva de casos. Durante o curso, os conteúdos serão adaptados ao perfil e ao nível de conhecimento dos participantes, incluindo rodas de diálogo com produtores e empreendedores culturais.

No Sertão, o projeto contará com a participação da artista Jéssica Caitano e de Modesto Lopes, do Centro Dramático do Pajeú. Na Mata Norte, participam o mestre forrozeiro Baixinho dos Oito Baixos e Jane Ribeiro, do Ponto de Cultura Poço Comprido/AFAV. A iniciativa busca promover a troca de experiências entre alunos e artistas atuantes no mercado, incentivando o compartilhamento de vivências e saberes.

As vagas terão prioridade para mulheres (cis ou trans), pessoas com mobilidade reduzida, baixa visão ou deficiência motora, pessoas pretas e pardas, além de indivíduos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Também será reservado percentual de participação para estudantes das instituições de ensino onde a formação será realizada, desde que tenham interesse na temática.

Sobre a trajetória do “Empreender na Cultura”

O curso “Empreender na Cultura: o Jogo!” foi criado a partir da experiência de Eliz Galvão e da Liga Criativa, estruturando conteúdos de gestão de negócios, administração e marketing em linguagem acessível à classe artística e alinhada às especificidades do setor cultural. O projeto já passou por cidades como Petrolina, Nazaré da Mata, Caruaru, Goiana, Arcoverde, Glória do Goitá, Belo Jardim, Recife e Limoeiro, formando 11 turmas de artistas e produtores culturais interessados em fortalecer suas trajetórias.

SERVIÇO:

Curso “Empreender na Cultura: o Jogo” – Sertão
Inscrição: Instagram @ligacriativa
Período de inscrição: Até o dia 15 de outubro
Local das aulas: Museu do Cangaço, em Serra Talhada e Escola Municipal Genilda Martins, em Paudalho
Informações: (81) 99813-0124 (WhatsApp)

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