Em tempos de trabalho híbrido e home office, manter equipes engajadas e motivadas é um dos desafios encarados pelas gestões remotas
A quebra do paradigma do trabalho presencial, ocorrido principalmente no pós-pandemia, fez com que o trabalho híbrido ou totalmente remoto se tornasse algo muito mais normal. Os últimos dados do IBGE comprovam esta tendência. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua demonstrou que cerca de 8,3% dos brasileiros trabalham de casa, com espaço para crescimento.
Hoje, muitas vagas já são oferecidas neste modelo. A oferta de vagas híbridas ou totalmente remotas é, inclusive, um diferencial, além do desejo de muitos trabalhadores. A qualidade de vida propiciada por este regime de trabalho é tida frequentemente como um ponto positivo, devido à flexibilidade de horários e a redução dos custos e do tempo despendido no deslocamento para o posto de trabalho.
Contudo, há ainda grande resistência. Para muitas pessoas, o ambiente corporativo proporciona uma sensação de trabalho em equipe, facilitando assim a troca de ideias e o trabalho coletivo, em geral. Para empregadores, a questão fica por conta da entrega de resultados, em que muitos afirmam não ser a mesma que no presencial. Afinal, manter as equipes motivadas e produtivas é um desafio para a gestão remota.
O que é a gestão remota?
A gestão remota, ou liderança remota, é a coordenação de tarefas feita a distância. Nela, toda comunicação e controle de resultados e desempenho por parte da chefia é feita por meios digitais, o que não significa que seja mais simples. Muitos desafios que enfrentam são iguais aos do presencial, podendo ser até maiores. Comunicação ruim e vínculos fracos com a equipe, por exemplo, tendem a causar até mais problemas no remoto.
Ferramentas e características essenciais para as lideranças
Logo, uma gestão remota eficiente precisa agir de acordo com a especificidade. No que tange à comunicação, usar meios como o Microsoft Teams e o Zoom para mensagens e reuniões, canais diferentes para cada necessidade, como um só para demandas urgentes e outro para informalidades, e manter uma comunicação clara, sucinta e pontual são estratégias para obter sucesso na área.
A boa comunicação é fundamental também para o bom desempenho e engajamento das equipes. Como não é possível para a chefia supervisionar a produção de cada trabalhador, uma vez que estão a distância, é preciso que metas de produção sejam traçadas de maneira clara e objetiva, mudando assim o foco de medida de produtividade por hora trabalhada por produtividade por resultado alcançado.
Assim, com metas e prazos bem definidos, o gestor pode medir o desempenho de cada um, ao mesmo tempo que evita problemas com atrasos. Prazos também permitem uma melhor organização e um melhor planejamento das tarefas a serem desempenhadas. Arestas podem ser aparadas com reuniões regulares, o que acaba por reforçar também o espírito de equipe.
Cada setor pode se beneficiar de uma ferramenta
Diferentes setores podem se beneficiar de diferentes ferramentas para acompanhar os desempenhos. Existem diversos softwares para gestão de projetos, como o Trello e o Asana, que podem ser de grande auxílio na organização do gestor – geralmente, são usados pelos setores de projetos e gerências.
Outros medem a produtividade individual ou coletiva. Porém, por monitorarem o tempo gasto em atividade, podem recair sobre o problema do microgerenciamento – algo a ser evitado. Costumam ser usados por gestores e supervisores diretos. O lado positivo é que identificam gargalos que podem estar atrapalhando a produtividade.
No geral, setores como o financeiro podem se beneficiar de uma plataforma de gestão financeira, por exemplo. Estas ferramentas automatizam muitas tarefas, reduzindo erros e gargalos, e permitem um acesso a dados muito mais fidedigno, de maneira rápida, auxiliando na tomada de decisão.
