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Lei de Igualdade Salarial entre Homens e Mulheres: Avanços Rumo à Equidade de Gênero no Mercado de Trabalho.

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Lei de Igualdade Salarial entre Homens e Mulheres: Avanços Rumo à Equidade de Gênero no Mercado de Trabalho.
Foto: Divulgação

A igualdade salarial entre homens e mulheres tem sido uma questão central no movimento pela igualdade de gênero. Historicamente, as mulheres têm enfrentado disparidades salariais significativamente em relação aos homens, mesmo exercendo as mesmas funções ou semelhantes. No entanto, medidas têm sido tomadas em muitos países para abordar essa desigualdade, e uma dessas medidas é a promulgação de leis de igualdade salarial. Este artigo abordará a importância e o impacto da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres.

 A Lei 14.611 DE 03 DE JULHO DE 2023 Sancionada  dispõe sobre a igualdade salarial e critérios remuneratórios entre mulheres e homens, alterando o Art.461 da CLT. A Lei 14.611 foi publicada no Diário Oficial da União da última terça-feira (04/07) e teve origem no PL 1.085/2023 onde estipula a obrigatoriedade de igualdade salarial e critérios remuneratórios entre mulheres e homens.

De acordo com a Lei, se houver discriminação por motivo de: sexo, raça, etnia, origem ou idade, o pagamento das diferenças salariais devidas ao empregado discriminado não afasta seu direito de ação de indenização por danos morais, considerando as circunstâncias especificas do caso concreto. Caso ocorra a identificação de desigualdade salarial ou exista critérios remuneratórios, as empresas privadas são obrigadas, a criar planos de ação para mitigar a desigualdade existente, com metas e prazos, garantindo a participação de representantes das entidades sindicais e de representantes dos empregados nos locais de trabalho. Em caso de descumprimento dessas disposições resultará em multa administrativa de até 3% da folha de salários do empregador, limitado a 100 (cem) salários-mínimos, sem prejuízo das sanções aplicáveis aos casos de discriminação salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens.

Definição e finalidade da lei de igualdade salarial

Uma lei de igualdade salarial entre homens e mulheres é uma legislação que busca garantir que as mulheres recebam salários justos e iguais aos homens por trabalho de igual valor. Essas leis visam eliminar a distinção racial baseada no gênero, promovendo a igualdade de oportunidades e o tratamento equitativo no local de trabalho.

O principal objetivo de uma lei de igualdade de direitos é assegurar que homens e mulheres recebam salários iguais para trabalho igual ou de valor atendidos, independentemente do gênero. Essas leis têm o propósito de combater as disparidades salariais injustas e promover a equidade de gênero no mercado de trabalho.

Motivos para a existência de disparidades salariais

Antes de discutirmos a importância da lei de igualdade salarial, é essencial entendermos as razões pelas quais persistem as disparidades salariais. Vários fatores contribuíram para essa desigualdade, incluindo:

  1. Discriminação de gênero: As mulheres têm sido historicamente discriminadas em muitas áreas da sociedade, incluindo o mercado de trabalho.
  2. Estereótipos de gênero: Estereótipos de gênero arraigados podem influenciar a percepção do valor do trabalho realizado por homens e mulheres. Certas profissões e setores são frequentemente considerados “trabalho feminino” e, consequentemente, são menos valorizados e remunerados.
  3. Falta de transparência salarial: A falta de transparência nos tratamentos torna-se difícil para as mulheres identificarem discrepâncias salariais e negociarem igualdade salarial.

Benefícios da lei de igualdade salarial

A implementação de uma lei de igualdade de direitos entre homens e mulheres traz uma série de benefícios para a sociedade como um todo. Alguns desses benefícios incluem:

  1. Equidade e justiça: A lei de igualdade salarial é um passo importante para garantir a equidade e a justiça no mercado de trabalho. Ela reconhece o valor do trabalho das mulheres e busca corrigir as disparidades salariais processadas no gênero.
  2. Empoderamento econômico das mulheres: Ao receber direitos justos, as mulheres são capacitadas economicamente e têm maior autonomia financeira. Isso permite que elas façam escolhas e tomem decisões com base em suas próprias necessidades e aspirações, promovendo a igualdade de gênero em todos os aspectos da vida.
  3. Redução da pobreza feminina: A igualdade salarial contribui para a redução da pobreza feminina, uma vez que as mulheres terão acesso a melhores tratamentos e condições de trabalho. Isso possibilita uma melhoria nas condições de vida e bem-estar das mulheres e de suas famílias.
  4. Estímulo ao crescimento econômico: Ao eliminar as disparidades salariais de gênero, a lei de igualdade de direitos cria um ambiente mais justo e igualitário no mercado de trabalho. Isso pode estimular o crescimento econômico, pois as empresas podem se beneficiar da diversidade e do talento de todos os seus funcionários, independentemente do gênero.
  5. Igualdade de oportunidades: A igualdade salarial é um componente essencial para garantir a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho. Quando homens e mulheres são atendidos iguais por trabalho igual ou de valor atraente, as oportunidades de carreira e recrutamento profissional se tornam mais acessíveis para todos, independentemente do gênero.

Desafios e superação

Apesar dos benefícios e da importância da lei de igualdade salarial, a sua implementação e eficácia enfrentam ainda desafios duradouros. Alguns dos desafios incluem:

  1. Cultura organizacional: Mudar a cultura organizacional e as atitudes arraigadas em relação ao gênero é um desafio complexo. É necessário combater os estereótipos de gênero e promover uma mentalidade de igualdade e inclusão no local de trabalho.
  2. Transparência salarial: Garantir a transparência salarial é fundamental para identificar e corrigir as disparidades salariais de gênero. As empresas devem ser incentivadas a divulgar informações salariais e adotar políticas de remuneração equitativas.
  3. Implementação e fiscalização: É essencial que as leis de igualdade salarial sejam efetivamente implementadas e fiscalizadas. Os governos devem garantir a aplicação rigorosa dessas leis e promover a conscientização sobre os direitos das mulheres em relação à igualdade salarial.

Conclusão

A lei de igualdade salarial entre homens e mulheres desempenha um papel crucial na busca pela equidade de gênero no mercado de trabalho. Ao eliminar as disparidades salariais exigidas no gênero, essa legislação promove a justiça, o empoderamento econômico das mulheres, a igualdade de oportunidades e o estímulo ao crescimento econômico. No entanto, para obter resultados efetivos, é necessário enfrentar os desafios e obstáculos que ainda existem em relação à implementação e à mudança cultural. A igualdade salarial é um direito fundamental e um passo significativo para alcançar uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

Dra. Fernanda Ramos – Advogada – Especialista em Direito e Processo do Trabalho /Sócia da Chaves & Ramos Sociedade de Advogados

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Defesa diz que Bolsonaro não usou celular durante visita de Nikolas

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A defesa de Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (27) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente não usou aparelho celular durante a visita que foi realizada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) no dia 21 de novembro, data na qual ele ainda cumpria prisão domiciliar.

A manifestação dos advogados foi enviada ao STF após o ministro dar prazo de 24 horas para a defesa explicar imagens que mostram o deputado utilizando o celular durante o encontro com Bolsonaro.

Segundo Moraes, a visita do parlamentar foi autorizada, mas a utilização de celulares estava proibida. A medida é válida para o ex-presidente e para visitantes.

O suposto uso do aparelho foi flagrado por veículos de imprensa e também foi denunciado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que enviou ao Supremo uma notícia-crime contra Nikolas.

Segundo a defesa, o ex-presidente não usou o celular nem fez contato visual com o aparelho do parlamentar. 

“O peticionário reafirma que sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, reiterando que não fez o uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo de todo o período em que esteve submetido à prisão domiciliar”, afirmou a defesa.

Atualmente, Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em uma sala localizada na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. A pena foi definida na ação penal da trama golpista.

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MP do Rio pede afastamento de gestores do Rioprevidência

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) expediu nesta quarta-feira (26), recomendação ao Fundo de Pensão dos Servidores do Estado do Rio (Rioprevidência) e à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-RJ) para a adoção de medidas destinadas a proteger o patrimônio previdenciário e recuperar eventuais perdas decorrentes da liquidação extrajudicial do Banco Master.

A recomendação é do Grupo de Atuação Especializada da Integridade e Repressão à Sonegação Fiscal que enumerou, entre as medidas,” a abertura de processo administrativo interno para apurar responsabilidades de gestores, consultores e membros de comitês que autorizaram ou mantiveram os investimentos, além do afastamento cautelar de agentes diretamente envolvidos e a propositura de eventuais ações cabíveis para a reparação do dano apurado”.

Após a liquidação extrajudicial do Banco Master, o Rioprevidência informou, em comunicado, ter aplicado cerca de R$ 960 milhões na instituição, entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos previstos para 2033 e 2034. A instituição nega que o valor de investimento seja superior a R$ 2,6 bilhões, como foi veiculado mais cedo. 

“O montante relativo ao investimento que vem sendo equivocadamente veiculado se deve a um cálculo feito pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) que, inclusive, já foi esclarecido pelo Rioprevidência em recurso apresentado à Corte de Contas”, diz a nota.

O MPRJ fixou prazo de 10 dias para que os órgãos notificados informem as providências adotadas e advertiu que o descumprimento poderá resultar em medidas administrativas e judiciais, inclusive responsabilização por dano ao erário.

A atuação do MPRJ decorre da liquidação da instituição financeira decretada pelo Banco Central, motivada por graves irregularidades e pela deterioração de sua situação patrimonial. Conforme registrado na recomendação, o Rioprevidência mantinha aplicações de volume expressivo no banco, cuja insolvência expôs recursos do regime próprio a um risco de crédito considerado desproporcional e incompatível com os parâmetros de segurança exigidos para investimentos dessa natureza. O quadro gerou risco direto sobre valores destinados ao pagamento de benefícios previdenciários.

A medida esclarece que falhas na gestão desses investimentos resultaram na perda do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), o que levou o estado do Rio à inscrição no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (CAUC), ao impedimento de transferências voluntárias da União e à contratação de operações de crédito com bancos federais. De acordo com o documento, o impacto extrapola o âmbito previdenciário e afeta o equilíbrio fiscal do estado, razão pela qual o MPRJ enfatiza a responsabilidade direta da Secretaria de Fazenda no saneamento das pendências. Segundo a recomendação, cabe à Fazenda estadual atuar de forma conjunta e coordenada com o Rioprevidência para regularizar o CRP, restabelecer a possibilidade de repasses federais e conter os prejuízos decorrentes da irregularidade.

O MPRJ recomenda ainda a apresentação pelo Rioprevidência e a Sefaz-RJ, no prazo de 30 dias, de um plano conjunto de saneamento para regularização do CRP, retirando o impedimento de transferências voluntárias da União, além da publicação de informações detalhadas sobre os investimentos afetados, incluindo datas, volumes, responsáveis e medidas de mitigação de danos.

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Por unanimidade, STF valida prisões de Bolsonaro e mais 6 condenados

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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo

Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta terça-feira (25) referendar as decisões do ministro Alexandre de Moraes que determinaram as execuções das condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais seis réus da trama golpista.

Após assinar os mandados de prisão, Moraes pediu a convocação de uma sessão virtual para o julgamento do caso.

O colegiado formou placar de 4 votos a 0 para manter as prisões. Além de Moraes, os votos foram proferidos pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.

Somente os quatro ministros vão votaram. No mês passado, o ministro Luiz Fux deixou o colegiado após votar pela absolvição de Bolsonaro e foi para a Segunda Turma da Corte.

Mais cedo, o trânsito em julgado do processo foi reconhecido por Alexandre de Moraes após o fim do prazo para apresentação de novos recursos, que terminou ontem (24). O ministro rejeitou os recursos e determinou o início das penas. 

No dia 14 deste mês, por unanimidade, a Primeira Turma da Corte rejeitou o primeiro recurso de Bolsonaro e dos demais réus. 

Confira as informações do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil

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