Leitura
Lançamento de AUREA acontece em 2 de setembro, no Goethe-Institut São Paulo; livro tem como foco ‘resgate da memória individual’
Lançamento do romance escrito a quatro mãos por Áurea Pereira Steberl e Paula Macedo Weiss terá bate-papo entre autoras, senador Eduardo Suplicy e performance da atriz Jessica Madona
No sábado, dia 2 de setembro, às 16h, o auditório do Goethe-Institut São Paulo recebe as escritoras Áurea Pereira Steberl e Paula Macedo Weiss, o senador Eduardo Suplicy e a atriz Jessica Madona em torno do romance Aurea, obra-testemunho das desafiadoras encruzilhadas na vida de Áurea Pereira Steberl, mulher vinda de um Brasil que tatua em seus corpos violências sistêmicas como o racismo, pobreza, misoginia, xenofobia e continuidade da escravidão, mas, acima de tudo, um livro que fala da força ancestral que quebra barreiras.
Do encontro entre duas mulheres brasileiras em diáspora – ambas moram em Frankfurt, na Alemanha -, nos seus diferentes lugares sociais, nasce a fala, a escuta, a confiança mútua e a partilha, conforme diz Betânia Ramos Schröder, socióloga, ativista, membro da Associação BrasilNilê; do Coletivo Afrobras; e da diretoria da Pan-African Women’s Empowerment & Liberation Organisation, que assina a orelha da obra.
Após o bate-papo – mediado pela jornalista Adriana Monteiro, com leitura dramática da atriz Jessica Madona – haverá sessão de autógrafos.
Sobre o livro
Aurea, romance de auto-ficção de Áurea Pereira Steberl e Paula Macedo Weiss é resultado de um exercício de alteridade e vulnerabilidade; de uma troca constantemente entre as autoras, onde uma tentou entender o lugar da outra, pautadas na luta contra o racismo, iniquidades e esquecimento.
A autoria compartilhada pressupõe a aceitação da outridade e é um grande exercício de autorreflexão, de desconstrução e de aprendizado. Desta forma, a obra é uma junção de criatividade; cada uma das autoras na sua competência colaborou para a realização deste romance.
Não obstante baseada numa história real, não se trata de uma biografia propriamente dita, pois na soma criaram uma história singular, moldada pelas suas diferentes lentes, pelos seus lugares de fala, pela cumplicidade, criando uma ficção compartilhada.
“Há tempos eu pensava em escrever minha história, mas não sabia por onde começar. Com Paula o sonho se torna realidade. Minha vontade era ser reconhecida, ter voz, ser ouvida. Queria deixar um exemplo para outras mulheres em situações parecidas: por mais que tentem te oprimir, vá em frente, confie em você e tenha fé”, diz Áurea.
Apesar das vivências e posições sociais distintas, as duas autoras eram duas expatriadas vivendo na Alemanha, com bagagem cultural e valores semelhantes, ambas de temperamento forte e um entendimento muito parecido de amizade e família. “Aurea é uma leoa na defesa da filha e dos quatro netos, provedora nata. Aprendi a ser mãe com ela. Ela viu meus quatro filhos nascerem, crescerem, me amparou em diversos momentos, assim como eu a ela. No início, nossos diálogos eram mais cotidianos. As conversas nunca foram impessoais, mas a pandemia nos aproximou quando impôs um desaceleramento”, esclarece Paula.
“Duas andarilhas sempre na busca, aterramos, criando um espaço seguro compartilhado. Foi numa escuta sobre os seus inúmeros infortúnios, violências, resistências e superações que surgiu a ideia. ‘Topa escrever minha história?’, ela perguntou. Aceitei de pronto, honrada e sentindo o peso da responsabilidade e do desafio”, completa Paula.
Impressões sobre a obra
“Este livro me chegou como um abraço. Em tempos de banalização de ferramentas de expansão humana, como livros de autoajuda e massificação de discursos motivacionais propagados, principalmente por pessoas que claramente não têm sabedoria e vivência o bastante para entender o quanto as questões sociais impactam nas desmotivações, nas angústias e afetos tristes experimentados pelas vias psíquicas, tornando o fardo da existência, comum a todos, ainda mais penoso para alguns grupos (como o das mulheres negras, por exemplo), ter contato com esse trabalho foi um afago.”
(Joice Berth, arquiteta e urbanista, assessora política, curadora, psicanalista e escritora, escreveu o livro Empoderamento (Jandaira/2019); seu novo título em lançamento é Se a cidade fosse nossa)
“Paula Macedo Weiss, com mãos afetuosas e comprometidas, escreve a quatro mãos, as memórias de celebração da vida de Áurea, que é ela mesma, transbordante, ao se fazer soberana em memória, em escrita. Uma história de nos tirar o fôlego, do esperançar. E com isso nos provocar sobre nossos lugares e compromissos, essencialmente, contra as desigualdades sistêmicas no mundo.”
(Betânia Ramos Schröder, socióloga, ativista, mãe e autora, membro da Associação BrasilNilê; do Coletivo Afrobras; e da diretoria da Pan-African Women’s Empowerment & Liberation Organisation)
“Neste livro está a comovente história de Aurea, menina negra de 10 anos, bonita com seu vestido de crepe e babados, no quarto ano do colégio em Belo Horizonte, que se preparava para dançar quadrilha na festa junina. Ao chegar na escola animada, a professora lhe diz: ‘Você foi substituída por outra menina’. A servente da escola esclareceu: ‘Você foi substituída porque é negra’. Em tantas ocasiões ao longo de sua vida, ora em Belo Horizonte; ora em São Paulo; no Rio de Janeiro; em Angra dos Reis; em Brasília; no garimpo, no Pará; e na Alemanha, essa bela mulher, de extraordinária fibra e determinação, que não teve apoio do pai, senão para ser empregada doméstica, conseguiu superar inúmeros obstáculos. Em cada momento dessa vibrante leitura, refleti sobre como teria sido diferente sua vida se já tivéssemos em vigência no Brasil o direito de todas as pessoas, não importa sua origem, raça, sexo, idade, condição civil ou socioeconômica de receberem uma renda básica de cidadania, universal e incondicional, suficiente para atender suas necessidades básicas como um direito inalienável.”
(Eduardo Suplicy, senador)
Sobre as autoras
Áurea Pereira Steberl nasceu em 1955, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Mudou-se para Alemanha em 1995. Separada, vive em Frankfurt com a filha e quatro netos. Este é seu primeiro livro.
Paula Macedo Weiss nasceu em 1969, em Londrina, Paraná. Mudou-se para a Alemanha em 1994. Casada, vive com seu marido e os quatro filhos em Frankfurt. É autora de Entre nós e Democracia em movimento, ambos publicados pela Folhas de Relva Edições e republicados na Alemanha.
Sobre a editora
A Folhas de Relva Edições foi criada em 2018 como braço editorial da revista literária São Paulo Review, pelo escritor e editor Alexandre Staut, para a publicação de seu romance O incêndio, que, na ocasião, ganhou o Fomento de Literatura da Secretaria de Cultura de São Paulo. A partir daí, a editora publicou livros de amigos e, em seguida, o catálogo foi aumentando com romances, livros de contos, poesia, além de obras de não-ficção, sempre com foco na literatura contemporânea produzida no Brasil. Hoje, cinco anos após o início do projeto, o catálogo conta com mais de 50 títulos, que giram em torno de temas como as diversidades raciais e de gênero.
Ficha técnica do livro
Ano: 2023
Assunto: Romance
Idioma: Português
País de Produção: Brasil
ISBN: 978-65-80672-57-8
Peso: 0,180 kg
Nº de Páginas: 86
Capa e projeto gráfico: Osvaldo Piva
Foto da capa: Eustáquio Neves
Link do link da editora: https://www.editorafolhasderelva.com.br/aurea-pre-venda
Serviço
Goethe-Institut São Paulo | Centro Cultural Brasil-Alemanha
Rua Lisboa, 974, Pinheiros, São Paulo
Sábado, 2 de setembro, 16h.
Grátis
Leitura
Sesc Niterói recebe oficina literária gratuita em homenagem ao mês da Consciência Negra
No mês da Consciência Negra, o clássico da literatura infantil “Violeta, a Princesa Cor de Bombom”, escrita por Veralinda Menezes, ganha uma nova temporada de lançamento literário. Dessa vez será no dia 08/11, às 16h, no Sesc Niterói, no Centro da cidade.
A programação inclui contação de histórias com dramatização e música, rodas de conversa com crianças, palestra sobre a importância da diversidade nos contos de fadas e sessão de autógrafos com a autora. O projeto propõe uma reflexão sobre o protagonismo negro nos contos de fadas e a representação feminina como agente de poder no imaginário coletivo.
Contemplado pelo edital Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar – Apresentação Literária, o projeto “Dezesseis Anos de Violeta, Princesa Cor de Bombom” reafirma a importância de representatividade no universo lúdico e mágico das histórias infantis, trazendo à cena a primeira princesa negra da literatura brasileira. Mais do que um conto de fadas, a obra propõe um diálogo sobre empoderamento feminino, identidade e diversidade.
O livro foi lançado em 2008 e desde então se transformou em contação de histórias, CD com canções originais e apresentações em feiras literárias por todo o país. “Violeta nasceu para mostrar que meninas negras também podem ser princesas, heroínas, rainhas e guerreiras. O imaginário infantil é uma semente poderosa: quem se vê no conto, se reconhece no mundo real”, explicou Veralinda Menezes.
A classificação etária é livre, a entrada é gratuita e o Sesc Niterói fica na R. Padre Anchieta, 56 no Centro de Niterói.
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Lançamento do livro “Mosaico Riostrense – Volume 2
A nova edição da coletânea reúne 42 autores e traz um capítulo escrito pela assistente social Maria das Graças de Alcântara Rocha, em coautoria com Carolina Fernandes e Úrsula Braga, sobre relações de trabalho e serviço social na indústria do petróleo – o caso do Sindipetro-NF.
O lançamento será no dia 21/10, às 18h30, no auditório do IHS da UFF Rio das Ostras.
Mais um registro importante da história e das lutas sociais da nossa região.
Organização: Profa. Vânia Noeli Ferreira de Assunção
Pré-venda: R$ 80 | Pix: vanianoeli@uol.com.br
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Aprender jogando: Curso de empreendedorismo cultural chega à Mata Norte e ao Sertão de Pernambuco
Projeto idealizado pela Liga Criativa utiliza a gamificação como metodologia de participação interativa com os alunos e é totalmente gratuito
Estão abertas até o dia 15 de outubro as inscrições para o curso “Empreender na Cultura: o Jogo!”, realizado pela Liga Criativa com incentivo do Funcultura Pernambuco. A formação será oferecida em dois polos: Serra Talhada, no Sertão, de 17 a 19 de outubro, no Museu do Cangaço, e Paudalho, na Mata Norte, de 24 a 26 de outubro, na Escola Municipal Genilda Martins.
O curso será dividido em dois módulos: o presencial, com 20 horas de carga horária, dedicado a desenvolvimento pessoal e à estruturação de negócios e carreiras artísticas; e o virtual, com 12 horas, voltado à captação de recursos e elaboração de projetos culturais. Ao todo, são 50 vagas disponíveis para interessados em aprofundar conhecimentos em empreendedorismo cultural.
As aulas serão conduzidas por Eliz Galvão, profissional com ampla experiência em formações presenciais, virtuais e híbridas, que já orientou mais de 80 turmas e 8 mil artistas em todo o Brasil. A proposta de gamificação estimula a participação ativa, colaborativa e interativa dos inscritos.
“Realizamos esse projeto em várias edições pelo estado e sempre percebemos que ele funciona como um apoio essencial para os fazedores de cultura que desejam empreender de forma independente. Todo o processo formativo é pensado para proporcionar uma experiência prática dentro do mercado cultural e contribuir para o sucesso dos participantes”, destaca Eliz Galvão.
A metodologia combina aulas teóricas, dinâmicas de grupo, exercícios práticos individuais e análise coletiva de casos. Durante o curso, os conteúdos serão adaptados ao perfil e ao nível de conhecimento dos participantes, incluindo rodas de diálogo com produtores e empreendedores culturais.
No Sertão, o projeto contará com a participação da artista Jéssica Caitano e de Modesto Lopes, do Centro Dramático do Pajeú. Na Mata Norte, participam o mestre forrozeiro Baixinho dos Oito Baixos e Jane Ribeiro, do Ponto de Cultura Poço Comprido/AFAV. A iniciativa busca promover a troca de experiências entre alunos e artistas atuantes no mercado, incentivando o compartilhamento de vivências e saberes.
As vagas terão prioridade para mulheres (cis ou trans), pessoas com mobilidade reduzida, baixa visão ou deficiência motora, pessoas pretas e pardas, além de indivíduos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Também será reservado percentual de participação para estudantes das instituições de ensino onde a formação será realizada, desde que tenham interesse na temática.
Sobre a trajetória do “Empreender na Cultura”
O curso “Empreender na Cultura: o Jogo!” foi criado a partir da experiência de Eliz Galvão e da Liga Criativa, estruturando conteúdos de gestão de negócios, administração e marketing em linguagem acessível à classe artística e alinhada às especificidades do setor cultural. O projeto já passou por cidades como Petrolina, Nazaré da Mata, Caruaru, Goiana, Arcoverde, Glória do Goitá, Belo Jardim, Recife e Limoeiro, formando 11 turmas de artistas e produtores culturais interessados em fortalecer suas trajetórias.
SERVIÇO:
Curso “Empreender na Cultura: o Jogo” – Sertão
Inscrição: Instagram @ligacriativa
Período de inscrição: Até o dia 15 de outubro
Local das aulas: Museu do Cangaço, em Serra Talhada e Escola Municipal Genilda Martins, em Paudalho
Informações: (81) 99813-0124 (WhatsApp)
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