Jornalista e colunista Tânia Voss foi inspiração para personagem na série mais esperada do Brasil
A série “Notícias Populares” já estreou no Canal Brasil, como parte das comemorações de 25 anos do canal. Criada pelo jornalista André Barcinski e pelo cineasta Marcelo Caetano, a obra retorna aos anos 1990 e aborda com bom humor as principais histórias do jornal ‘Notícias Populares’, o ‘NP’, que circulou em São Paulo por quase 38 anos, entre outubro de 1963 e janeiro de 2001.
Com coprodução do Canal Brasil, a trama é protagonizada por Luciana Paes e ainda conta com Ana Flávia Cavalcanti, Ary França e Rejane Faria no elenco, além de uma participação especial de Bruna Linzmeyer. Os sete episódios inéditos vão ao ar sempre às sextas, às 22h30, e ficam disponíveis no Globoplay + Canais a partir do dia 29.
O roteiro foi escrito por Barcinski em parceria com Marcelo Caetano, Ana Carolina Francisco e Ricardo Grynszpan e cada um dos sete episódios traz uma história que foi manchete do jornal. “A ideia foi ter uma grande reportagem do ‘NP’ por episódio, além, é claro, de retratar os próprios personagens do jornal”, afirma Barcinski. Na busca pelas histórias foram realizadas pesquisas em mais de 1000 exemplares do jornal e várias entrevistas. “Entrevistamos, entre outros, Paulo César Martin, que era editor de esportes e um grande colecionador de ‘causos’ da redação, a jornalista Laura Capriglione, que foi editora do jornal.
Tânia Voss, a primeira colunista negra do País sobre Celebridades, foi contratada após a saída do saudoso Gugu Liberato, que segue em atuação até hoje (com participação na série também na cena de carnaval de salão junto a Rogéria) e o Conceição, que era fotojornalista do ‘NP’ e fez oficinas para os atores, além de fazer uma participação especial no primeiro e no segundo episódios”, conta Caetano.
A atriz Ana Flavia Cavalcante interpreta a personagem Greta Von, inspirada na jornalista e colunista Tânia Voss, que nos anos 90 foi responsável pelas matérias de famosos e furos de reportagens.
“A importância da minha entrada no NP marca o período de transformação e renovação do NP. Um novo projeto gráfico, a entrada dos computadores na redação, nova linguagem de texto com nova colunista que falasse do mundo artístico e que ainda não fosse famosa e não tivesse o rabo preso.
Gugu Liberato havia abandonado o posto de colunista e nasceu Tânia Voss após passar por testes exigidos pela editora”, conta a jornalista.
Enquanto trabalhou no NP colecionou homenagens, troféus, livros e teses sobre seu trabalho como jornalista.
Primeira colunista negra do Brasil
“Meu sobrenome VOSS surgiu através do saudoso Otávio Frias Filho, que me batizou como Tânia Voss, (assinava Tânia Santos) ele queria um nome chique e poderoso, também uma homenagem ao Colégio Ennio Voss, onde ele estudou. Mas quem me descobriu foi o jornalista Álvaro Pereira Jr e o amigo Tatu quando trabalhávamos na Revista Química e Derivados.
Na condição de editor-chefe no NP trabalhamos juntos, Depois fez carreira no Fantástico, TV Globo .
Mais tarde, como eu era a primeira colunista negra do Brasil, fui contratada pela revista Raça Brasil e criamos a coluna “Fofocas Black”sobre famosos e também representante da revista Raça Brasil e Raça Visual por todo o Brasil e exterior ao lado do criador e diretor Aroldo Macedo, grande profissional e amigo.
Atualmente com colunas no cartão de visita do Portal R7, Portal IG e tenho meu próprio Portal Voss, além da VOSS assessoria de imprensa.
Muita gratidão a toda a equipe da Série, André Barcinski, Marcelo Caetano, Ana Flávia Cavalcanti, pessoal da Kuarup entre outros.
Salve, as Gretas, somos leoninas. Pra mim um orgulho, uma homenagem em vida, ser inspiradora para uma atriz tão importante como a Ana Flávia Cavalcanti”
Série NP
A história central se passa no início dos anos 1990, quando o jornal está em crise e sofrendo críticas pelo teor sensacionalista. Paloma (Luciana Paes), antiga correspondente em Paris de um dos maiores jornais do Brasil, é convocada para uma dura missão: chefiar os repórteres e modernizar o ‘NP’. Ela terá que driblar seus próprios preconceitos para cobrir casos espetaculares como as histórias do bebê diabo, do bando de palhaços e de uma rebelião de prostitutas. A redação é formada por repórteres com métodos questionáveis, porém, quanto mais absurda é a capa, mais o jornal é vendido.
“A minha personagem não existiu, só que ela é a maneira que o espectador vai ter para observar o ‘NP’, com esse olhar de ‘normalidade’ sobre o que acontecia no jornal. Aos poucos ela vai se transformando e transformando a maneira com que ela vê o Brasil, porque o ‘NP’ tem muito essa coisa desse jogo de cintura brasileiro, de uma série de coisas que você não acharia possíveis e a maneira como se lidava com essas coisas representava o Brasil”, comenta Luciana sobre a sua personagem.
O elenco também traz nomes como o de Ana Flávia Cavalcanti no papel de Greta, jornalista com foco em celebridades; Rui Ricardo Diaz aparece na pele do editor-chefe do NP Matias; Clayton Mariano é o repórter Hélcio, que adora uma pauta sensacionalista; Luiz Bertazzo vive o colunista de cinema Luna, que batalha para escrever críticas para o grande público; Rejane Faria aparece como a fotógrafa experiente Marina; Lucas Andrade interpreta o “foca” Adilson, além de Ary França, Fábio Herford, Tuna Dwek, Ed Moraes, Hugo Villavicenzio, Teka Romualdo, Jackie Obrigon, Flow Kountouriotis, Henrique Zanoni, Verónica Valenttin e Germano Mello.
A série conta com a participação especial de Bruna Linzmeyer, que vive Rata, jornalista em uma das principais emissoras de TV do país. A repórter rivaliza com o ‘NP’ na busca por matérias inusitadas e consegue dar furos históricos, como o Gari Galã (Ricardo Teodoro), deixando Paloma preocupada com a concorrência.
Greta Von
O Globo- Coluna Patrícia Kogut – Por Ana Luiza Santiago
“Greta com certeza é leonina. Uma mulher muito extravagante pra, fora. Ela pode não estar bem por dentro, mas mostra para a sociedade o seu alto astral. Ela ama as celebridades, adora conhecer gente famosa. Sua coluna é muito importante. A personagem dá desde notícias de artistas muito renomados até notas sobre shows de travestis e sobre garotas de programa. O jornal está sempre na busca pelo encalhe zero. Hoje em dia, seria o equivalente a ter muitos likes e views e viralizar” — explica Ana.
Para se preparar, a atriz conversou com Tânia Voss, colunista social da época:
— “Não sou uma atriz que abre tanto a vida. Toda vez que falo algo pessoal, percebo que há um interesse muito maior. Agora, estou vendo o outro lado com a Greta. A parte do jornal que mais faz vender é a dela. É uma personagem importante na história.”