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Jogos de Azar x Educação Financeira: Como Prevenir as Crianças

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Jogos de Azar x Educação Financeira: Como Prevenir as Crianças
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O fácil acesso à internet e às tecnologias trouxe muitas vantagens, mas também expôs crianças e adolescentes a riscos, como os jogos de azar online. Enquanto muitos pais focam em ensinar o valor do dinheiro, poucos percebem a importância de proteger os filhos do apelo dos jogos de apostas. O pedagogo Caio Daltro, da Rede Daltro, destaca a relevância da educação financeira como uma forma de prevenir o envolvimento dos jovens com práticas prejudiciais e de longo impacto negativo.

“Ensinar educação financeira desde cedo é uma ferramenta poderosa para ajudar as crianças a tomarem decisões conscientes em relação ao dinheiro e evitarem comportamentos arriscados, como os jogos de azar”, explica Caio Daltro. Ele reforça que, com a abordagem correta, é possível prevenir que o interesse por essas atividades cresça na adolescência.

Confira oito dicas essenciais do pedagogo para proteger as crianças e adolescentes dos perigos dos jogos de azar e garantir uma base sólida de educação financeira:

1. Explique o que são os jogos de azar

As crianças precisam entender o que são os jogos de azar e como eles funcionam. “É importante que os pais conversem de forma clara, explicando que, em jogos de azar, o dinheiro ou os recursos investidos são, na maioria das vezes, perdidos”, ressalta Caio. Essa compreensão básica já pode ser um primeiro passo para afastá-las do interesse por essas atividades.

2. Desenvolva o conceito de valor e esforço

Ensinar às crianças que o dinheiro é fruto de trabalho e esforço é essencial. “A noção de que é preciso empenho para conseguir algo ajuda a reduzir o apelo de promessas fáceis, como as dos jogos de azar, que parecem oferecer recompensas rápidas sem esforço”, explica o pedagogo.

3. Use a mesada como ferramenta educativa

Uma mesada pode ser usada como uma ferramenta prática para ensinar responsabilidade financeira. Segundo Caio Daltro, “dar uma quantia fixa e orientar a criança a administrar esse dinheiro ao longo do mês pode ajudar a criar hábitos saudáveis e responsáveis em relação ao consumo e ao planejamento financeiro”.

4. Fale sobre as consequências dos jogos de azar

As crianças devem entender não só como os jogos de azar funcionam, mas também os riscos que eles envolvem. Caio Daltro recomenda que os pais abordem temas como dívidas, vícios e problemas emocionais que podem surgir a partir desse comportamento. “Essa conscientização desde cedo pode prevenir o envolvimento no futuro”, afirma.

5. Estimule o planejamento financeiro

Incentivar as crianças a planejar suas compras e a pensar a longo prazo é uma forma eficaz de criar bons hábitos. “Ensinar as crianças a economizar para algo que desejam comprar faz com que elas desenvolvam paciência e autocontrole, habilidades que podem protegê-las da impulsividade presente nos jogos de azar”, diz o pedagogo.

6. Ofereça alternativas de diversão saudáveis

Para afastar o interesse pelos jogos de azar, é essencial oferecer alternativas saudáveis de entretenimento. “Atividades como esportes, leitura e jogos educativos são formas de incentivar comportamentos positivos, sem a necessidade de recorrer ao mundo dos jogos de apostas”, aconselha Caio.

7. Monitore o uso de dispositivos e internet

O acesso à internet deve ser supervisionado, especialmente para crianças menores. “Muitos jogos de azar estão apenas a alguns cliques de distância, e sem o devido controle, as crianças podem facilmente ser expostas a esse universo”, alerta o pedagogo. Estabelecer regras claras sobre o uso de dispositivos e orientar sobre os riscos da internet são medidas fundamentais.

8. Ensine sobre investimentos e como fazer o dinheiro crescer

Além de ensinar o básico sobre o valor do dinheiro e o planejamento financeiro, é essencial que crianças e adolescentes aprendam sobre investimentos. Segundo Caio Daltro, esse conhecimento pode ajudá-los a desenvolver uma mentalidade de longo prazo e a evitar a tentação de “ganhos rápidos” que os jogos de azar oferecem. “Quando as crianças entendem que o dinheiro pode ser usado para gerar mais dinheiro por meio de investimentos conscientes e responsáveis, elas começam a visualizar o dinheiro como uma ferramenta de crescimento, e não apenas algo para gastar ou economizar”, explica o pedagogo.

Ele sugere que os pais introduzam conceitos básicos de investimento, como poupança, renda fixa e ações de forma lúdica, mostrando como os recursos podem crescer com o tempo. “Ensinar uma criança a investir em algo que rende frutos no futuro é uma maneira poderosa de incentivá-la a pensar estrategicamente sobre o dinheiro, desenvolvendo resiliência e paciência – características que podem protegê-la dos riscos de curto prazo e de decisões impulsivas como os jogos de azar”, complementa Caio.

Além disso, Caio Daltro destaca que na Rede Daltra a educação financeira faz parte do currículo, com o objetivo de preparar os alunos para lidar de maneira consciente com o dinheiro desde cedo. A inclusão de conceitos práticos de investimento reforça essa formação, mostrando como o conhecimento pode ser aplicado no cotidiano e na construção de um futuro mais seguro.

Com essa abordagem, os pais podem dar aos filhos as ferramentas necessárias para construir uma base financeira sólida, evitando comportamentos prejudiciais e cultivando uma mentalidade saudável em relação ao dinheiro e ao futuro.

Caio Daltro conclui lembrando que, com a combinação de educação financeira, incluindo o ensinamento sobre investimentos, e diálogo aberto, é possível proteger as crianças dos jogos de azar e prepará-las para lidar com as questões financeiras de forma saudável e responsável ao longo da vida.

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