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Iniciativa humanitária busca arrecadar US$ 1 milhão para agricultores ucranianos
Cerca de 300 agricultores ucranianos solicitaram assistência e aproximadamente 1.000 estão sendo avaliados para receber ajuda humanitária do Farmerhood, um coletivo global composto por companhias agrícolas para auxiliar os produtores que tiveram suas atividades interrompidas pelos ataques da Rússia. Mais de U$S 300 mil foram arrecadados em dinheiro desde o final de maio, quando a iniciativa foi lançada, e os agricultores foram beneficiados com cartões de combustível e gás, sementes e insumos agrícolas, serviços de reparos em imóveis e em equipamentos utilizados nas lavouras e monitoramento da safra por meio de satélite. O projeto tem como meta arrecadar US$ 1 milhão este ano e US$ 2 milhões em 2024. Cada agricultor com produção de trigo, girassol, cevada e, em alguns casos, legumes e frutas, com menos de 500 hectares de área plantada recebe, em média, US$ 10 mil.
A invasão russa dizimou a produção agrícola da Ucrânia para cerca de metade de seu volume pré-guerra. Segundo a EarthDaily Agro, divisão da EarthDaily Analytics Corporation, que monitora safras por satélite, a produção de trigo na Ucrânia foi de 33 milhões de toneladas em 2021, montante reduzido em 2022 para 21,5 milhões de toneladas.
Atualmente, o volume está em 17,5 milhões de toneladas, mesmo com condições climáticas satisfatórias e boa produtividade. É o pior desempenho nos últimos 11 anos. Houve diminuição na área plantada de 7,4 milhões de hectares em 2021 para 5,6 milhões de hectares em 2022. Atualmente, a área está em 4,3 milhões de hectares.
Já a produção de milho, que atingiu 41,9 milhões de toneladas em 2021, caiu para 27 milhões de toneladas na temporada passada e, em 2023, ficará entre 25 e 26 milhões de toneladas. A área plantada saiu de 5,47 milhões de hectares em 2021 para 4 milhões em 2022 e deve chegar a 3,9 milhões em 2023.
“Os países que mais dependem da produção ucraniana não são nações particularmente ricas. Mesmo com economias muito grandes como a China experimentando desaceleração do crescimento econômico e, portanto, diminuição da demanda de grãos, os maiores importadores de grãos ucranianos – países mais pobres como Egito, Indonésia, Paquistão e outros – vivem em uma realidade diferente, onde a demanda é tão alta quanto antes. E agora essa produção essencial não tem para onde ir devido ao bloqueio feito pela Rússia”, afirma Mickael Attia, analista de safra da EarthDaily Agro.
Analistas de safra da EarthDaily Agro vêm ajudando os agricultores a acompanhar o desempenho das lavouras, usar os recursos com eficiência, detectar sinais precoces para gerar alertas de problemas ambientais e otimizar recursos para manter as operações funcionando. Parceira na fundação do Farmerhood – que reúne atualmente mais de 50 empresas – a empresa tem como objetivo permitir que os produtores garantam a segurança alimentar em suas comunidades.
Os agricultores enfrentam desafios tanto para o plantio quanto para a colheita, como falta de recursos financeiros, altos preços de sementes, combustível e fertilizantes. Há minas nos campos, prédios e equipamentos foram danificados e parte do rebanho bovino foi morto em ataques russos.
Sobre Farmerhood
Farmerhood é um projeto solidário desenvolvido por líderes agrícolas para ajudar agricultores ucranianos em áreas devastadas pela guerra a manter suas operações comerciais, restaurar fazendas e apoiar a força de trabalho agrícola. A iniciativa estabeleceu um modelo global de doação de agricultor para agricultor e uma plataforma digital para permitir um suporte fácil e confiável. Milhares de agricultores ucranianos têm a oportunidade de se registrar por meio da plataforma Farmerhood e, uma vez validado, recebem ajuda de agricultores de todo o mundo.
Além do EarthDaily Agro, os parceiros da Farmerhood incluem Syngenta, Feodal, Kernel, Dar Foundation, Alight e Land O’Lakes. Outros parceiros são Arriba, You Control, Latifundist, Zeep, Growex, Kartoza, Agrilab, Baker Tilly Ukraine, AgroNews, Deep State, o All-Ukrainian Congress of Farmers, UAC Agro Connection, OKKO, Epicentrk e Trend & Hedge Club.
“A resposta da indústria tem sido clara: mobilizar-se para apoiar os agricultores da Ucrânia é um compromisso pelo qual muitas organizações são apaixonadas”, disse Dave Gebhardt, gerente geral da EarthDaily Agro. “Nosso objetivo é transformar intenções em ação, unindo algumas das melhores empresas agrícolas do mundo para ajudar nossos colegas agricultores necessitados. E a indústria tem se empenhado ansiosamente para ajudar.”
“A agressão militar da Rússia impediu substancialmente a capacidade dos agricultores ucranianos de alimentar a si mesmos, suas famílias, suas comunidades e o mundo”, disse Gebhardt. “Diante de desafios tão profundos, cada unidade de produção de um único agricultor assume importância elevada. Os agricultores ucranianos alimentam o mundo e, hoje, precisam da nossa ajuda. O Farmerhood é nossa maneira de usar o poder da boa vontade e da união para apoiar os produtores em seus momentos de necessidade. Pretendemos ficar com os pequenos produtores até o fim da guerra e, também, ajudá-los a reconstruir suas propriedades”.
Empresas, agricultores e pessoas físicas são convidados a doar ao fundo de apoio ao Farmerhood. Para saber mais e fazer uma doação, visite www.farmerhood.org
Sobre EarthDaily
A EarthDaily Analytics Corporation (EDA), com sede em Vancouver, é uma empresa de software e análise espacial. Por meio de sua subsidiária EarthDaily Agro, a EDA tem um histórico de 35 anos como líder em análise de dados de valor agregado para o setor agrícola.
Desenvolvido por uma equipe de especialistas da indústria espacial e cientistas de dados, a próxima Constelação de satélites da EarthDaily levará a detecção de mudanças globais a níveis avançados.
Com previsão para entrar em atividade em 2024, a Constelação da EarthDaily operará em conjunto com o EarthPipeline, o primeiro pipeline a fornecer dados de observação da Terra de nível científico cobrindo todos os lugares, todos os dias. Com isso, a EDA irá atender a diversas aplicações em agricultura, recursos naturais, infraestrutura, mudanças climáticas, segurança nacional e marítima, finanças e seguros e ESG.
Notícias
Tornados são fenômenos rápidos e difíceis de prever
Tornados, como o que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, são fenômenos localizados, de curta duração e difíceis de prever. De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Danilo Siden, eles se formam dentro de nuvens de tempestade e causam estragos quando atingem o solo.

“Com a formação do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, a gente teve também a formação de uma frente fria na parte mais norte desse ciclone, ou seja, no Paraná. Dentro dessa frente fria, nós temos vários fenômenos, como chuvas intensas, tempestades de raios, queda de granizo, e há a possibilidade de uma dessas nuvens formar um tornado”, informou o meteorologista do Inmet.
“É um fenômeno bem intenso, mas de curta duração, que a gente sabe que pode ocorrer dentro de uma frente fria, mas a gente não tem como fazer previsão porque ele é bem localizado”, acrescenta Danilo.
No caso de Rio Bonito do Iguaçu, a nuvem que deu origem ao tornado foi chamada de “supercélula” pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná. Como os ventos ultrapassaram 250 quilômetros por hora (km/h), o tornado foi classificado como F3, na escala Fujita, que vai de 0 a 5. Isso representa danos severos.
Formação de tornados
De acordo com o meteorologista, algumas características podem favorecer a formação de tornados, como a presença de ar mais quente próximo ao solo, e a mudança rápida na direção ou velocidade do vento, mas mesmo em locais que têm sistema de alertas só conseguem prevê-los com cerca de 15 minutos de antecedência.
No Brasil, os tornados parecem raros, mas não são. A engenheira ambiental e pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e do Instituto Serrapilheira, Celina Rodrigues, explica que a Região Sul do país é um dos locais com maior incidência da América do Sul, ao lado da Argentina e do Paraguai.
“Esse fenômeno é relativamente frequente, mas suas consequências ficam mais evidentes quando atingem áreas povoadas. É mais comum no período de transição entre a primavera e o verão”, disse Celina.
Apesar de ter ocorrido após a formação de um ciclone extratropical, a engenheira ambiental revelou também que os dois fenômenos não são iguais, e nem sempre ocorrem juntos.
“Os tornados são fenômenos de pequena extensão, que variam de dezenas a centenas de metros, podendo atingir poucos quilômetros, e têm uma duração que vai de segundos a minutos. Por outro lado, os ciclones atmosféricos são fenômenos de grande escala, que afetam grandes áreas. Sua duração geralmente é de alguns dias, cobrindo de centenas a milhares de quilômetros.”
O ciclone que ainda atua na costa das regiões Sul e Sudeste do país é chamado de extratropical por ser formado por massas de ar quente e fria. Além de causar ventos fortes, ele provocou o deslocamento de uma frente fria, levando chuvas intensas para diversos pontos dessas duas regiões.
Notícias
SaferNet tira dúvidas de pais e mães sobre segurança na internet
Entidade com a missão de preservar direitos humanos na internet, sobretudo, de crianças e adolescentes, a SaferNet realiza nesta quinta-feira (6), às 19h, a transmissão ao vivo Famílias Conectadas: tira dúvidas sobre estratégias de supervisão familiar. 

A proposta é dar orientações a pais e responsáveis sobre como acompanhá-los no ambiente digital de forma segura, capacitando-os a detectar comportamentos que podem indicar que estão sob risco, sendo expostos a conteúdos inadequados ou mesmo interagindo com alguém de falsa identidade ou que tem intenção de aliciá-los.
Realizado em parceria com o Google, o encontro será conduzido por especialistas da área. Perguntas poderão ser enviadas pelo chat da página do YouTube onde será feita a transmissão.
Uma das ferramentas abordadas será Family Link, produto do Google. Ela permite à família exercer o papel de mediadora, estabelecendo, por exemplo, limite de tempo de uso de navegação e que se monitore as páginas da internet acessadas pela criança ou adolescente e seus deslocamentos de um local para outro. A Family Link está disponível para uso em navegadores e apps.
No encontro online, também será apresentado o SafeSearch, recurso do Google para filtrar conteúdos sensíveis, como imagens de violência ou sexo explícitos. Na primeira atividade, disponível na internet, a SaferNet compartilhou reflexões sobre a temática.
Guia de combate à violência sexual
No final de outubro, o Instituto Liberta divulgou um guia para auxiliar crianças a compreenderem o funcionamento de seu próprio corpo e seus sentimentos e a desenvolver um senso de autoproteção. Há uma publicação voltada a cuidadores e familiares e outras específicas para os pequenos, separadas em três faixas etárias: de 0 a 4 anos, de 5 a 7 anos e de 8 a 10 anos. Também foram elaborados vídeos que as acompanham.
O instituto ressalta a importância de se ensinar corretamente os nomes das partes do corpo, o que facilita essa autoproteção e, ainda, o desenvolvimento saudável de sua identidade e autoestima. Além disso, esse simples gesto contribui muito para que se familiarizem com esses termos, normalizando-os e fazendo com que cresçam com uma perspectiva positiva e natural quanto ao próprio corpo, não de vergonha e inclinada ao tabu ou estigma.
Entre as orientações, está a de que, ao interagir com a criança, não é recomendável falar expressando nojo ou incômodo diante de funções fisiológicas e comuns, como o xixi e o cocô, e de partes íntimas. A cartilha mostra que os pais e cuidadores precisam ser receptivos nos momentos em que a criança fizer alguma pergunta, não a censurando por isso, e fazer com que assimilem pelo exemplo, no sentido de manifestar respeito e cuidado pelo próprio corpo, para que isso seja repetido pelos filhos.
Artifícios de suporte, como literatura infantil, bonecos e bichinhos de pelúcia também são indicados no processo de aprendizagem.
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A diretora-adjunta do Instituto Liberta, Cristina Cordeiro, afirma que, atualmente, há, na sociedade, resistência a esse tipo de instrução. Segundo ela, o guia é capaz de descomplicar a questão, em famílias nas quais ainda há tabu e, inclusive, de aplacar o medo entre aquelas que se preocupam em antecipar etapas no desenvolvimento infantil, ao tratar do assunto por sua conta, sem referência nenhuma.
“Ensinar crianças pequenas a reconhecer situações desconfortáveis e a nomear corretamente as partes do corpo reduz o risco de abuso sexual e facilita a revelação de violência sofrida”, argumenta.
De acordo com Crisitina Cordeiro, O guia atua como instrumento de transformação social, mostrando que falar com responsabilidade é uma forma de proteger crianças e adolescentes.”
Economia
Estudantes do Pé-de-Meia podem escolher como investir benefício
A partir desta sexta-feira (7), os estudantes beneficiários do Programa Pé-de-Meia poderão escolher como investir o incentivo de R$ 1 mil recebido pela conclusão do ensino médio. As opções estarão disponíveis no aplicativo Caixa Tem, da Caixa Econômica Federal.

O valor poderá ser mantido na poupança ou aplicado no Tesouro Selic, conforme as regras do programa, estabelecidas por portaria conjunta dos Ministérios da Educação (MEC) e da Fazenda, editada no início de outubro.
A nova funcionalidade será liberada para os estudantes que já receberam as parcelas de incentivo referentes à conclusão do primeiro e do segundo ano do ensino médio.
Para os menores de idade que desejarem migrar o valor da poupança para o Tesouro Selic, será necessário obter nova autorização do responsável legal, também feita pelo aplicativo. Após a confirmação da conclusão do ensino médio pelo MEC, os estudantes poderão manter os recursos investidos ou movimentá-los livremente.
Orientações e suporte
Agente financeiro do programa, a Caixa fornecerá orientações e acompanhamento da rentabilidade das aplicações dentro do Caixa Tem. O banco também é responsável pela abertura das contas e pelo oferecimento dos incentivos aos estudantes indicados pelo MEC.
Sobre o programa
Criado pela Lei 14.818/2024, o Pé-de-Meia oferece incentivos financeiros a estudantes do ensino médio regular e da educação de jovens e adultos (EJA) que mantenham frequência escolar adequada e cumpram as demais exigências do programa.
Mais informações podem ser consultadas no site da Caixa ou diretamente pelo aplicativo Caixa Tem.
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