Saúde
Imunoterapia antes da cirurgia aponta menor reincidência do melanoma
A imunoterapia tem se mostrado eficiente no tratamento de pacientes com melanoma antes da cirurgia para a retirada do tumor, diminuindo a recidiva da doença. A neoadjuvância foi realizada em pacientes com estágio III do melanoma, com linfonodos positivos. A conclusão faz parte do estudo NADINA, apresentado durante a plenária do Amercian Society of Clinical Oncology (ASCO), o maior Congresso Oncológico do mundo, realizado em Chicago (EUA), na última semana. O novo protocolo é discutido no mês em que a conscientização sobre a doença ganha espaço por meio da campanha Junho Preto.
O mês que marca a chegada do inverno no hemisfério sul e, consequentemente, do tempo mais frio, também reforça para a necessidade da proteção solar, para evitar um dos tumores mais agressivos: o melanoma, responsável por duas mil mortes por ano no Brasil. Embora pouco incidente, representando apenas 4% de todos os tumores de pele, o melanoma apresenta altas chances de metástase. Vinícius Conceição, oncologista clínico e sócio do Grupo SOnHe, explica que o protocolo apresentado no ASCO é direcionado para os pacientes que apresentam o tumor em fase inicial, sem a incidência de metástase. “O que ficou evidente é que, nesses casos, utilizar a imunoterapia antes da retirada do tumor traz menos chances de recidiva do tumor em comparação aos pacientes que foram tratados com a imunoterapia após a cirurgia”, explica o oncologista.
O melanoma é mais frequente em adultos de pele branca, com mais de 40 anos, e pode se desenvolver em qualquer parte da pele, inclusive nas mucosas. No Brasil, esse tipo de tumor é mais frequente nas regiões sul e sudeste. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve diagnosticar até 2025, cerca de 9 mil casos do tumor por ano. Um dos principais fatores de risco é a exposição solar. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a doença, assim como a prevenção dela. O mês de junho recebe o laço preto, reforçando os cuidados com a pele mesmo num mês em que a exposição ao sol tende a ser menor, em função do tempo mais frio. Débora Curi, oncologista clínica do Grupo SOnHe, explica que a proteção solar deve ocorrer independentemente da estação do ano. “Por mais que seja inverno e não estejamos na piscina ou na praia, precisamos ter o hábito de usar o filtro solar e tantos outros acessórios como bonés e chapéus. A incidência dos raios ultravioleta existe independentemente da estação do ano”, explica a oncologista.
Por ser um tumor pouco incidente na população, as caraterísticas do melanoma, muitas vezes, são desconhecidas pela população. Sendo assim, Débora Curi, oncologista do Grupo SOnHe, elenca 5 fatos que todos devem saber sobre a doença.
5 fatos que todo mundo deveria saber sobre o melanoma:
- O que é o melanoma?
- O melanoma é um tipo de câncer de pele que se desenvolve a partir dos melancócitos, as células que produzem o pigmento da pele. O melanoma pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mesmo nas áreas que não estão expostas ao sol.
- Quais os fatores de risco?
- A exposição ao sol é um dos principais fatores de risco do melanoma, assim como o histórico de queimaduras solares. A pele clara, os olhos e os cabelos claros são fatores naturais de risco, assim como o histórico familiar de melanoma e a imunossupressão.
- Quais os sintomas?
- Muita atenção às pintas. Mudanças de cor, tamanho ou forma, além de manchas, coceira, sangramento ou inflamações na pele devem ser investigadas com cuidado.
- Como prevenir?
- A proteção solar é uma das maiores aliadas à prevenção do melanoma. Portanto, é fundamental o uso regular de filtro solar, óculos escuros, bonés e chapéus. Evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas e não utilizar as camas de bronzeamento artificial.
- Como diagnosticar e tratar?
- O diagnóstico é feito por meio da análise da pele do paciente, geralmente por um médico dermatologista, e de uma biópsia no local onde existe a suspeita. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de cura. O tratamento envolve cirurgia para a remover a lesão, imuno ou radioterapia, dependendo do estágio e do perfil da doença. A imunoterapia tem sem mostrado extremamente eficiente antes da cirurgia, em tumores no estágio III.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia nasceu em 29 de maio de 2017 e é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Oncologia Vera Cruz e Hospital PUC-Campinas. O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 15 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres e Nayara Nardini e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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