Saúde
Importância de estimular e intervir antes mesmo de um diagnóstico de transtorno
Estímulos adequados desde os primeiros meses de vida podem acelerar o desenvolvimento cognitivo, social e motor de crianças
No Brasil existem cerca de 2,4 milhões de pessoas com autismo, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre as faixas etárias, o grupo de maior prevalência são crianças de 5 a 9 anos. A psicóloga Juliana Moura, especialista em desenvolvimento infantil, explica por que a intervenção precoce é benéfica mesmo na ausência de um diagnóstico formal e destaca que estímulos adequados desde os primeiros meses de vida podem acelerar o desenvolvimento cognitivo, social e motor.
Juliana Moura explica como identificar possíveis transtornos em crianças, a exemplo do transtorno do espectro autista (TEA). “O atraso na linguagem, quando a criança tem muita dificuldade ou não se comunica, não aponta para o item desejado, ou aponta, mas não consegue verbalizar, como esperado pela idade dela. Quando ela brinca, geralmente não dá atenção desejada ao brinquedo, não atende quando chamada pelo nome, dificuldade de estabelecer interação social ou contato visual, entre outros”, explica. No entanto, o autismo se manifesta em cada pessoa de formas diferentes.
Já em casos de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), onde se manifesta não só no corpo, mas também na mente, é possível notar pela agitação da criança e a falta de controle dos impulsos. Também existe a grande dificuldade de se concentrar, de se manter atenta a um determinado tema. “Os sintomas prevalentes do TDAH começam a se destacar na vida acadêmica, que é um momento aonde os pais identificam mais, ao contrário do autismo que pode ser identificado desde bebês”, explica a psicóloga.
Além do atraso na fala ser indicação de um possível transtorno, o atraso no neurodesenvolvimento também pode ser um fator que requer atenção dos pais. Quando a criança não recebe estímulo em casa e fica muito nas telas, então acaba resultando em atrasos no marco de desenvolvimento. “Por isso é muito importante que se a criança não indica ou verbaliza no tempo correto, é importante passar por uma avaliação com profissional para identificar o que essa criança tem”, orienta Juliana Moura.
Crianças típicas, ou seja, aquelas que não são diagnosticadas com transtornos, podem também apresentar características relacionadas ao TEA, como dificuldade na interação social e verbal, caminhar nas pontas dos pés, seletividade alimentar, processamento sensorial, entre outros.
No entanto, esses aspectos comportamentais devem ser avaliados por profissionais qualificados para o diagnóstico, como o neuropsicólogo e/ou psicólogo comportamental infantil, que fazem uma série de análises na criança para saber se são realmente transtornos ou apenas aspectos no desenvolvimento que precisam ser trabalhados.
De acordo com a psicóloga, o diagnóstico quanto mais precoce, melhor, tanto para a diminuição dos sintomas, quanto para a autonomia de vida da criança, futuramente um indivíduo. Ao contrário do que possam imaginar, a intervenção precoce não prejudica a criança, e é fundamental para entender os seus limites. “As maiores janelas de aprendizagem, as maiores conexões neurais se dão até os cinco anos de idade. Então é o ápice do neurodesenvolvimento”, conclui Juliana.
Serviço
Pauta: A importância dos estímulos no desenvolvimento da criança mesmo antes de diagnóstico de transtornos
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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