Popularmente conhecida como “pressão alta”, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares quando não controlada, podendo levar a complicações como insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal e acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico, colaborando de forma expressiva para a perda de anos de qualidade de vida da população.
Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão revelam que a doença atinge 30% dos adultos. Em números, ela alcança 38 milhões de pessoas e mata 300 mil brasileiros anualmente, contabilizando 820 mortes por dia, 30 por hora ou 1 a cada 2 minutos, conforme registros do Ministério da Saúde. Os dados acendem o alerta para o objetivo do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, datado no dia 26 de abril, e que busca conscientizar sobre a importância de um diagnóstico preventivo e do tratamento adequado para conter as complicações da HAS.
Apesar de geralmente ser silenciosa, sendo importante aferir regularmente a pressão, os principais sinais de alerta da hipertensão são: tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão. A doença é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, ou seja, quando está acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio) – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
Ela pode ser primária, quando surge sem causa clara; ou secundária, quando é decorrente de outros problemas de saúde. “A primária é o caso mais comum nos consultórios e geralmente acomete as pessoas mais velhas ou indivíduos de meia idade. Já a secundária pode ser decorrente de outros problemas de saúde como doenças renais, da tireoide ou das suprarrenais. É fundamental diagnosticar a origem do problema, para que seja introduzido o tratamento adequado”, explica o médico Coordenador de cardiologia do Hospital Mater Dei Salvador e do Hospital Mater Dei Emec, em Feira de Santana, Nivaldo Filgueiras.
90% dos casos são hereditários
A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos, conforme afirma o Ministério da Saúde. Em uma minoria, ela pode ser causada por medicamentos ou uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Além disso, fatores de riscos como: o hábito de fumar, uso excessivo de bebidas alcoólicas, estresse, consumo exagerado de sal, níveis altos de colesterol e falta de atividade física, podem favorecer.
“Pessoas que possuem familiares hipertensos têm uma tendência ainda maior a desenvolver a doença. Por isso, o ideal é que pessoas dentro desse grupo de risco averiguem a pressão três vezes ao ano, enquanto as outras devem medir pelo menos uma vez, durante o check-up anual”, orienta o especialista.
Acompanhamento de rotina
A prática de atividades físicas, alimentação balanceada e controle do estresse são algumas das formas de combater a doença que ataca os vasos, coração, rins e cérebro, podendo levar à morte. No entanto, o cardiologista acrescenta que o primeiro passo é o acompanhamento de rotina com um especialista para a avaliação do nível da pressão arterial.
“Os cuidados começam com o acompanhamento de rotina para a avaliação do nível da pressão arterial e identificação dos valores. Caso estejam acima do normal em pelo menos duas consultas consecutivas ou se for identificado alguma lesão em órgãos alvo, ou ainda se o indivíduo, por exemplo, realizar o exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (M.A.P.A.), e esses níveis demonstrarem como elevados, é confirmado o diagnóstico de HAS”, destacou o especialista.
Tratamento e cuidados após o diagnóstico
Na grande maioria dos casos a hipertensão não tem cura, no entanto pode ser controlada e o indivíduo pode viver bem. O tratamento não se resume ao uso de medicamentos, sendo imprescindível a orientação de um especialista e adoção de um estilo de vida mais saudável, com reeducação dos hábitos alimentares, redução do consumo de álcool e fumo e, sobretudo, no consumo do sal, fator de risco para hipertensos com pressão controlada.
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