O próximo ano desponta como um marco para a evolução tecnológica em diversos setores estratégicos, que prometem transformar a forma como vivemos e conduzimos negócios. Áreas como segurança eletrônica, computação em nuvem, cibersegurança, conectividade e data centers estão no centro dessa revolução. Com inovações que combinam inteligência artificial, conectividade avançada e sustentabilidade, essas tecnologias definem o futuro de um mundo cada vez mais digital e interligado.
Na segurança eletrônica, as tecnologias inteligentes estão ganhando destaque. Câmeras equipadas com inteligência artificial já conseguem analisar comportamentos em tempo real, alertando automaticamente sobre possíveis ameaças. A biometria, por sua vez, continua a evoluir, substituindo métodos tradicionais de autenticação por sistemas mais precisos e eficientes. Além disso, a integração da segurança com a Internet das Coisas (IoT) cria ambientes mais seguros, permitindo que dispositivos domésticos e empresariais trabalhem de forma colaborativa para prevenir incidentes.
A computação em nuvem também segue em expansão, alinhada aos dados apresentados pelo relatório da Huawei Cloud. Segundo o estudo, cada dólar adicional investido em nuvem pode gerar até quatro dólares a mais no Produto Interno Bruto (PIB), além de criar um impacto significativo no mercado de trabalho. A cada 10 postos de trabalho diretos gerados no setor de nuvem, outros 55 postos de trabalho indiretos são criados, refletindo o potencial de crescimento e transformação econômica proporcionado por essa tecnologia. Essa evolução demonstra a importância da nuvem para a competitividade e resiliência dos negócios. Além disso, o conceito de edge computing — que traz o processamento de dados para mais perto de sua origem — está revolucionando setores como saúde, transporte e manufatura, garantindo maior agilidade e eficiência.
No campo da cibersegurança, o cenário é desafiador. Embora 94% das organizações afirmem estar preparadas para mitigar ataques cibernéticos, 71% admitem que é provável que enfrentem um incidente no próximo ano, conforme aponta um estudo recente da Kyndryl e da Amazon Web Services (AWS). Esse paradoxo reflete a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas, que continuam a evoluir em ritmo acelerado. A abordagem de confiança zero (Zero Trust) é outra tendência importante, estabelecendo a verificação contínua de acessos a sistemas e dados, enquanto soluções avançadas de proteção contra ransomware se tornam essenciais para proteger empresas de todos os tamanhos. Além disso, ferramentas baseadas em inteligência artificial estão se tornando indispensáveis, capazes de identificar e neutralizar ataques em tempo real.
Já na conectividade, o 5G continua a redefinir padrões, enquanto a expectativa em torno do 6G começa a ganhar tração. A velocidade e a capacidade de dispositivos conectados estão permitindo novos níveis de integração, como em cidades inteligentes e na automação industrial. Esse avanço também sustenta o crescimento do uso de dispositivos IoT, que oferecem conectividade pervasiva em todos os aspectos da vida cotidiana.
Por sua vez, o mercado de data centers, está em plena expansão, especialmente na América do Sul. De acordo com um estudo da JLL, o setor deve crescer 67% nos próximos anos, com o Brasil atraindo impressionantes 75% dos investimentos planejados. Além de se tornarem mais sustentáveis, os data centers estão adotando modelos híbridos e distribuídos para lidar com o aumento exponencial de dados. A necessidade de maior segurança e resiliência também leva à implementação de tecnologias como computação quântica e infraestrutura definida por software.
Por fim, uma das tendências mais importantes em 2025 será o foco no valor agregado. Consumidores e empresas demandam cada vez mais soluções que não apenas resolvam problemas específicos, mas que também ofereçam benefícios adicionais. No caso da segurança eletrônica, por exemplo, espera-se que as novas tecnologias protejam e também aumentem a eficiência operacional ou melhorem a experiência do usuário. Na computação em nuvem, o diferencial estará na capacidade dos provedores de integrar serviços complementares, como análises preditivas e suporte técnico altamente qualificado. Essa busca por valor agregado se estende a todos os setores, promovendo uma competição saudável e impulsionando a inovação.
Dessa forma, ao olhar para 2025, fica claro que as tecnologias emergentes irão moldar o futuro e, além disso, impulsionarão um ciclo de inovação contínua. A integração entre segurança, conectividade, cloud e cibersegurança simboliza uma convergência estratégica que beneficiará tanto empresas quanto consumidores. No centro de tudo, o valor agregado se destaca como uma diretriz fundamental, redefinindo o que significa viver e trabalhar em um mundo hiperconectado.
* Por Severino Sanches, CEO da Agora Distribuidora.