Partindo das máquinas de Carlos Drummond de Andrade (o poema “A Máquina do Mundo”), Clarice Lispector (um capítulo de “A Paixão Segundo G.H.”) e Machado de Assis (“O delírio de Brás Cubas”), “Máquinas do Mundo” é o disparador de uma máquina de ver mundos composta de múltiplas linguagens como literatura, artes visuais, figurinos, iluminação, trilha sonora e atuação
_Grátis_
créditos de fotos decena de Renato Mangolin – https://drive.google.com/drive/folders/1sw-_pgbOjs6MCjYWmJj5qQ0aNwDbpC52
“Máquinas do Mundo” é uma obra híbrida composta por multilinguagens, que reúne narrativa, artes visuais, ação cênica ao vivo e instalação em movimento. Idealizada pela artista visual Laura Vinci e desenvolvida coletivamente por profissionais de diferentes práticas artísticas MÁQUINAS DO MUNDO vai circular a partir de 02 de agosto a 29 de setembro por quatro cidades: Ribeirão Preto, Santos, Franco da Rocha e Campinas. A instalação “Máquinas do Mundo” e as performances têm classificação indicativa LIVRE PARA TODAS AS IDADES. Os bate-papos e as oficinas culturais são indicados para maiores de 16 anos.
Criada em diálogo intrínseco ao lugar onde se encontra, a obra em site specific abrange instalação de artes visuais para visitação pública, performances, bate-papos e oficinas, sempre com acessibilidade a todos os públicos.
Em cada cidade ficará em cartaz de sexta a domingo, sendo 3 dias de instalação aberta à visitação até o fim da tarde, 3 apresentações da performance no período da noite, 1 bate-papo entre a equipe de criação e o público aos sábados e aos domingos 1 oficina cultural direcionada às pessoas interessadas, além das atividades de acessibilidade como a visita tátil para pessoas cegas, LIBRAS e audiodescrição.
Criar máquinas de ver novos mundos foi o mote da criação de “Máquinas do Mundo”, obra-performance-instalação inspirada no poema de Carlos Drummond de Andrade “A Máquina do Mundo”, publicado originalmente em Claro Enigma (1951) e considerado uma das obras-primas do escritor mineiro e posteriormente no livro lançado em 2018 pela Companhia das Letras, Maquinação do Mundo: Drummond e a Mineração (304 páginas), de José Miguel Wisnik, consultor do projeto.
Somados a Drummond, Clarice Lispector e Machado de Assis, autores de grande importância para a literatura nacional, e as potencialidades estéticas contidas nos textos literários “O delírio” de Brás Cubas (Capítulo VII de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis), e um capítulo de “A Paixão segundo G.H.”, de Clarice Lispector foram igualmente investigados pelos artistas. “Os três textos, do ponto de vista teatral, são máquinas de ações envolvendo corpos, elementos concretos e etéreos, vestuário, luz, sons e palavras que apresentam um estado de coisas que nos remete a um estado de atualidade”, comenta Laura Vinci, artista visual idealizadora da obra.
Como numa engrenagem de muitas peças, são obras literárias que se comunicam entre si a partir de situações de encontro entre o Homem, a Máquina e a Natureza. Através da maquinação de Drummond que vê na máquina o próprio mundo e os seus dispositivos de dominação e exploração, vislumbra-se o diálogo amplificado das personagens de Machado e Clarice: Brás Cubas em seu delírio pós-morte com Pandora, entidade da Natureza e em Clarice, com a mulher.
Os elementos contidos na obra-instalação permitem interações variadas com o espaço físico onde é montada e onde ocorre a ação performativa. A forma como eles se combinam no desenvolvimento de cada apresentação fazem de “Máquinas do Mundo” uma experiência única. A obra pode ser vista tanto como uma instalação quanto como uma cena, independentemente da presença dos atores.
“Cada apresentação é adaptada ao espaço em que ocorre, permitindo uma experiência singular e impactante, que nasce da interação entre a obra, o público e o espaço”, diz Laura.
A interação entre a obra e o ambiente cria um diálogo enriquecedor, despertando reflexões sobre a relação entre arte, espaço e sociedade. A influência do local modifica e agrega significados distintos à criação, permitindo interseções e interpretações do público, promovendo uma conexão emocional e simbólica entre a arte, o ambiente e a própria história local.
Sinopse:
“Máquinas do Mundo” é uma obra de multilinguagens idealizada por Laura Vinci e desenvolvida coletivamente por artistas de diferentes vocações. Situado entre as artes plásticas, a literatura e o teatro, se localiza na zona de contágio entre essas diferentes práticas artísticas, através de um experimento performativo site specific que reúne narrativa, artes visuais, ação cênica ao vivo e instalação em movimento.
“Máquinas do Mundo” já passou por lugares como Sesc Pinheiros, Teatro Oficina e Flip 2019 em Paraty.
MÁQUINAS DO MUNDO
SERVIÇOS
Acessibilidade:
* atividades com libras
** atividades com audiodescrição / visita tátil
A performance tem duração de 60 minutos
A oficina de VIEWPOINTS tem duração de 4horas
Franco da Rocha
13/09 – 15/09
Franco da Rocha (Festival Soy Loco por Ti Juquery)
13/09 SEXTA
20h – apresentação da performance
14/09 SÁBADO
14-19h – visitação da instalação
20h – apresentação da performance seguida de bate-papo com o público * com libras
14-18h – oficina de VIEWPOINTS * com LIBRAS
15/09 DOMINGO
14-17h – visitação da instalação
16h – visita guiada + visita tátil
LOCAL:Complexo Hospitalar do Juquery – Av. dos Coqueiros, 300 – Centro Franco da Rocha – SP
Instalação, apresentações:
capacidade: 60 pessoas
classificação indicativa: Livre
Oficina de Viewpoints:
capacidade: 20 pessoas
classificação: 16 anos
FICHA TÉCNICA
textos
Carlos Drummmond de Andrade
Clarice Lispector
Machado de Assis
elenco
Luah Guimarãez
Mariano Mattos Martins
Well Duarte
direção
Alessandra Domingues
Diogo Costa
Flora Belotti
Joana Porto
Laura Vinci
Mariano Mattos Martins
Marília Teixeira
Rafael Matede
Roberta Schioppa
Rogério Romualdo Pinto
direção de arte
Flora Belotti
Laura Vinci
Marília Teixeira
Roberta Schioppa
direção de cena
Rafael Matede
figurino
Diogo Costa
Joana Porto
Rogério Romualdo Pinto
luz
Alessandra Domingues
operação de luz
Benedito Beatriz
música e som
Guilherme Calzavara
Jean Rebeldia
José Miguel Wisnik
preparação corporal
Tarina Quelho
preparação de atores
Diego Moschkovich
coordenação geral
Laura Vinci
Mariano Mattos Martins
assessoria de imprensa
Adriana Monteiro
produção
Associação SÙ de Cultura e Educação
Dani Correia
Luiza Alves
Marisa Riccitelli Sant’ana
Rachel Brumana
Veni Barbosa
ATIVIDADES GRATUITAS/Todas as atividades deste projeto serão gratuitas ao público.
VISITAS GUIADAS
Às sextas-feiras, durante o final de semana de abertura do trabalho ao público, será oferecida uma experiência gratuita de visita à instalação, conduzida e comentada pelos membros da equipe de criação de “Máquinas do Mundo”. Esta atividade, com duração aproximada de 01 hora será destinada a grupos, de no máximo 30 pessoas, que contemplem “alunos e professores de escolas públicas ou universidades, públicas ou privadas, que tenham estudantes do Programa Universidade para Todos (Prouni), bem como aos profissionais de saúde, preferencialmente aqueles envolvidos no combate à pandemia, e a pessoas integrantes de grupos e coletivos culturais e de associações comunitárias, ou de atividades em espaços públicos de sua comunidade, de forma gratuita (conforme artigo 10, inciso I da Lei Complementar nº 195/2022).”
Em acréscimo às visitas guiadas, o coletivo também prevê visitas táteis conduzidas por profissional capacitado para o atendimento de público de pessoas cegas ou com baixa visão.
BATE-PAPOS
Aos sábados, após a performance, haverá um bate-papo entre o público e os artistas criadores com duração aproximada de 60 (sessenta) minutos. Nesta ocasião serão compartilhados os processos de criação da obra a partir das impressões trazidas pelo público. São oportunidades enriquecedoras do ponto vista cultural na medida em que aproximam de forma significativa o artista e a obra do público, aprofundado esta relação que é essencial para a experiência apresentada por “Máquinas do Mundo”.
OFICINAS
Aos sábados, será oferecida uma oficina gratuita de Viewpoints, com Luah Guimarãez, para até 20 pessoas, com carga horária total de 04 horas, aberta a artistas da cena e estudantes dos diversos campos da arte.
| O que é VIEWPOINTS? |
Trata-se de um sistema que proporciona a prática cênica por meio de sessões de improvisação, circunscritas por princípios filosóficos ligados a categorias diferenciadas de TEMPO e ESPAÇO. Treinar VIEWPOINTS convoca o intérprete a considerar o público durante todo o tempo de treinamento, bem como institui procedimentos de trabalho coletivo e autoral. É uma técnica de improvisação.
Viewpoints é uma das práticas teatrais desenvolvidas como treinamento pela SITI Company (Saratoga International Theatre Institute), companhia teatral sediada em Nova York, fundada em 1992 pelos diretores Tadashi Suzuki e Anne Bogart. A abordagem sobre Viewpoints desenvolvida na SITI Company resulta da articulação dos Six Viewpoints, técnica originalmente criada nos anos 1970 pela coreógrafa Mary Overlie – professora da New York University que faleceu em 2020. Em 2014 retornei a NY e tive o prazer de passar um dia ao lado de Mary Overlie, assistindo sua aula e trocando com ela.
Recomendamos a leitura da Revista Urdimento que foi publicada em dezembro de 2021 especificamente sobre Viewpoints com um relato de Luah Guimarãez.
Mais informações:
https://su.art.br/projetos/maquinas-do-mundo/
LINK PARA INSCRIÇÃO NAS OFICINAS DE VIEWPOINTS:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc_PecTV89P-b0Wj3AinJrf23KJKXLI_w366GA5I2EvlKKqfg/viewform