A literatura guarulhense vivenciou um momento especial de celebração durante o Festival Literário da Universidade Guarulhos (FliUNG). O evento reuniu autores, professores, estudantes e agentes culturais em uma programação dedicada à valorização da produção local. Além disso, houve uma homenagem ao poeta, contista e folclorista Bosco Maciel, fundador da Casa dos Cordéis, referência na preservação da cultura popular, assim como a entrega da Menção Honrosa “Sociedade, Paz e Educação 2025” aos escritores que contribuem para a valorização da cultura e da educação no município.
A cerimônia contou com a presença da professora Renata Borges Antunes, gerente da Universidade Guarulhos, representando o reitor Yuri Neiman. Também participaram o presidente da Academia Guarulhense de Letras, Jaques Miranda; o coordenador do curso de Comunicação Social da UNG e idealizador do FliUNG, professor Alex Francisco; e a escritora Edilane Soares, representando a literatura regional.
Alex Francisco destacou o fortalecimento do movimento literário da cidade. “Ver tantos autores se expressando de formas diversas, contribuindo para uma literatura viva e plural, é emocionante”, afirmou. Segundo ele, um dos indicadores desse crescimento é o retorno de participantes de edições anteriores como autores convidados para lançamentos de livros.
A escritora Edilaine Soares destacou a importância da valorização da literatura, especialmente a produzida nas periferias. Em seu discurso, ressaltou o papel da arte como forma de resistência e permanência. “A oportunidade que a Universidade nos dá é muito importante, pois fortalece o trabalho dos escritores. Estou representando não só os presentes, mas também a literatura periférica, onde há muitos talentos”, afirmou.
Um dos pontos altos do evento foi a homenagem a Bosco Maciel. O momento emocionou o público ao relembrar suas trajetórias literária e social. “Estar aqui é um privilégio. A literatura é parte fundamental na formação de uma sociedade melhor. Sempre acreditei no poder da educação e da cultura como instrumentos de transformação”, declarou. A homenagem foi reforçada por declamações de poemas feitas por seus colegas da Academia Guarulhense de Letras (AGL), Fátima Gilioli, Valdir Carleto e José Roberto Jerônimo.