Não há como pensar na existência humana sem fazer um convite à reflexão sobre a arquitetura e o urbanismo, que impactam diretamente sobre moradia, mobilidade, acessibilidade, sustentabilidade e condições de trabalho. Essa profissão está no centro da vida, da busca pela qualidade vida. É sobre onde habitamos, transitamos e ganhamos o pão nosso de cada dia. A partir da necessidade de debater temas relevantes, necessários e urgentes sobre arquitetura e urbanismo que os palcos EGOV e Sociedade 5.0, do Rio Innovation Week, darão protagonismo à profissão que se conecta com todas as pessoas, em todo o planeta.
Sob a curadoria da arquiteta e urbanista Michelle Beatrice, vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), os painéis desses espaços, localizados no Armazém 3, do Pier Mauá, irão abordar, entre os dias 12 e 15 de agosto, questões relacionadas à profissão que está presente em todas as esferas da vida: da saúde à tecnologia, da mobilidade urbana à habitação social, das políticas públicas à inovação.
“Falar de Sociedade 5.0 sem falar de arquitetura e urbanismo é ignorar aquilo que mais importa: o ser humano. Todos os espaços por onde passamos, seja para morar, trabalhar ou apenas transitar, foram pensados por arquitetos e urbanistas”, afirma Michelle Beatrice, que estará, entre outros, no painel “Arquitetura Humanizada e o Futuro do Cuidado na Gestão Pública”, ao lado de representantes da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. “Na ocasião, assinaremos uma parceria entre o CAU/RJ e a secretaria com o objetivo de auxiliar com a saúde da população através da contribuição da arquitetura e do urbanismo”, complementa a vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro.
O programa CAU/RJ Favela, idealizado para buscar soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram em comunidades do estado, também terá destaque no palco Sociedade 5.0, no Rio Innovation Week. O presidente do Conselho, Sydnei Menezes, vai comandar o painel “Cultura, Território e a Potência dos Invisíveis”. O objetivo é trilhar caminhos para que a sociedade seja mais igualitária, sensível e inclusiva.
“O CAU/RJ Favela é um movimento que objetiva levar o arquiteto, arquiteta e urbanista para as comunidades. A arquitetura e urbanismo é um direito de todos e os profissionais da área precisam cumprir seu papel social. Eu estou cansado de debates, hoje eu prefiro a questão prática, e vejo que não temos a implementação de políticas públicas nesse sentido”, ressalta Sydnei Menezes.
Curadora dos palcos EGOV e Sociedade 5.0, do Rio Innovation Week, há quatro anos, Michelle Beatrice chama a atenção para a importância da arquitetura ser atração principal desses importantes palcos do evento que leva milhares de pessoas ao Pier Mauá.
“É preciso dar visibilidade à atuação dos arquitetos, arquitetas e urbanistas como agentes de transformação social, evidenciando que construir o futuro passa, necessariamente, por repensar os espaços e os modos de habitar.”, conclui a arquiteta e urbanista.