Saúde
Fase pós-bariátrica exige rotina moderada de exercícios
Em 2023 foram realizadas 52,4 mil cirurgias bariátricas no Brasil, segundo dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O procedimento é indicado para tratar casos de obesidade grave, sendo o seu principal benefício a redução do peso corporal.
No entanto, a manutenção do peso pós-cirurgia depende de um conjunto de práticas saudáveis. Além de uma alimentação equilibrada, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) destaca a prática regular de atividade física como fundamental para a recuperação e a melhoria da qualidade de vida.
A recomendação é realizar pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana, distribuídos ao longo dos dias. Para aumentar a chance de manter uma rotina ativa, é importante escolher exercícios agradáveis, lembrando que o ganho de massa muscular deve ser sempre uma prioridade.
Isso é importante porque, além de uma grande redução de gordura, a cirurgia também promove considerável perda de massa muscular, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). O músculo coopera com a postura, a taxa metabólica basal e está envolvido em vários processos importantes para a saúde, tais como o sistema imunológico.
Por isso, atividades físicas que envolvem treinamento de força são essenciais, como a musculação e os treinamentos funcionais. O tempo esperado para iniciar a prática de exercícios vai depender da avaliação do médico, que levará em consideração o tipo de procedimento realizado, conforme explica a SBCBM.
As cirurgias realizadas por videolaparoscopia permitem retorno mais rápido, enquanto as cirurgias “abertas” demoram um pouco mais. No entanto, exercícios como a caminhada podem ser realizados, de uma forma geral, ainda no primeiro mês após o procedimento. O ideal é iniciar com atividades leves e aumentar gradualmente a intensidade, conforme a recuperação permitir.
A SBCBM aponta ainda que a escolha da roupa fitness feminina ou masculina deve sempre levar em consideração o conforto. Além de restringir os movimentos, roupas muito apertadas podem sobrecarregar os músculos e articulações durante a realização de movimentos simples.
Para uma boa cicatrização, o corpo precisa evitar a sobrecarga e a tensão na área operada. Escolher um conjunto de academia com boa elasticidade e tecidos que absorvam o suor é a melhor opção.
Exercícios antes do procedimento são benéficos
De acordo com a SBCBM, é fundamental iniciar o processo de mudança de estilo de vida ainda no pré-operatório, conforme avaliação da equipe cirúrgica sobre o quadro clínico do paciente. Fazer exercícios físicos antes da bariátrica melhora a função cardiorrespiratória, reduz o risco de complicações cirúrgicas, facilita a cicatrização e melhora a recuperação pós-operatória.
Doenças cardiovasculares, osteoartrite, lombalgias e outras não excluem a prática de exercícios físicos, apenas restringem algumas modalidades. O programa de exercícios deve iniciar de forma gradativa, respeitando os limites de cada um. Pequenas quantidades de exercícios já promovem benefícios.
Atividades físicas ajudam na sensação de saciedade
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), a prática de atividade física por pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica é capaz de regular a sensação de saciedade e aumentar a conectividade entre o hipotálamo, região cerebral responsável pela regulação do apetite e do metabolismo energético, e as áreas sensoriais.
Além disso, ela reduz a ligação entre as estruturas cerebrais DMN (sigla em inglês para “rede de modo padrão”) e a região do cérebro envolvida em processos de tomada de decisão, conhecida como rede de saliência (SAL), cuja conectividade é aumentada em pessoas com obesidade.
Bruno Gualano, professor da Faculdade de Medicina da USP e autor correspondente do artigo publicado no International Journal of Obesity, explica à Agência Fapesp que a regulação do consumo energético é governada por múltiplos sinais internos e externos. Segundo ele, pessoas com obesidade apresentam desregulações importantes na ativação e comunicação de regiões cerebrais associadas com fome e saciedade.
“Verificamos que o exercício físico contribui com a cirurgia bariátrica na ‘normalização’ dessas redes complexas no sentido de melhorar o controle central do consumo de alimentos. Quando o indivíduo está exposto a um alimento gorduroso ou açucarado, por exemplo, algumas dessas áreas estudadas se ativam e se conectam com mais intensidade em pessoas com obesidade, aumentando a vontade de comer. Vimos que os exercícios contrapõem, pelo menos em parte, esse efeito”, esclarece Gualano.
Os resultados sugerem que os exercícios podem ainda incrementar os conhecidos benefícios da cirurgia bariátrica para os pacientes, como a redução de fatores de risco cardiometabólicos, a preservação da massa muscular e da saúde óssea.
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
-
São Paulo1 dia atrásAstronauta Brasileiro, Marcos Pontes recebe troféu #BrazilsBest Peace Award
-
Notícias1 semana atrásFragmentação de Placas Tectônicas Revela Novos Riscos Sísmicos nas Américas
-
Saúde1 semana atrásAnsiedade sazonal: por que o fim do ano aumenta o estresse — e como preparar corpo e mente para o verão
-
Notícias1 semana atrásArtista plástico Gerson Fogaça estreia exposição “Caos In Itinere” na Argentina
-
Notícias1 semana atrásMovimento negro exige investigação independente após operação policial no Rio com 121 mortos
-
Gospel5 dias atrásMake America Revival Again: O clamor pelo retorno ao altar
-
Entretenimento4 dias atrásTrader brasileiro Rafael Schroeder se destaca entre os investidores internacionais da NASDAQ
-
Internacional5 dias atrásSinais de trégua em Washington: Senado dos EUA esboça movimentos para encerrar paralisação recorde do governo





