Atleta de 41 anos vence nas categorias Gi e NoGi e forma campeões brasileiros através do projeto social Alegria
Em uma performance inspiradora, o atleta Fabrício Batista se sagrou campeão brasileiro de jiujitsu olímpico pela CBJJO em duas categorias durante o campeonato realizado no domingo, 22 de junho, no Olaria Atlético Clube. Aos 41 anos, o competidor conquistou os títulos nas modalidades Gi (com kimono) e NoGi (sem kimono), concluindo a final finalizando seu adversário.
“É muito gratificante esta vitória pois ela serve de incentivo aos meus alunos”, declarou Fabrício, que também atua como professor e responsável por um projeto social de jiujitsu próximo à comunidade do Engenho da Rainha. A conquista representa o primeiro título inédito para um responsável de projeto social na Confederação Brasileira de Jiujitsu Olímpico.
O sucesso do atleta se reflete diretamente no desenvolvimento dos jovens talentos que ele treina. O projeto Alegria já revelou campeões brasileiros: Manuella Luiza, de apenas 7 anos, e Miguel Nunes, de 9 anos, conquistaram os títulos pela CBJJD no evento realizado no clube municipal da Tijuca em 21 de junho. Daniel Moura, também de 9 anos, completou o pódio ficando em segundo lugar em sua categoria.
Em apenas três meses de competições, os atletas do projeto acumulam 10 medalhas entre o pan-americano de jiujitsu e o campeonato brasileiro da FJJD. “Agora elas pegaram o gosto e não querem mais parar”, comemora o professor, que oferece aulas gratuitas todos os dias da semana para crianças dos bairros de Inhaúma e Pilares.
A trajetória de Fabrício demonstra que idade não é barreira para o alto rendimento. Durante o campeonato, ele chegou a lutar em categorias de idade mais novas, provando que a dedicação e o preparo técnico superam qualquer limitação. “Devia esta vitória a seus alunos para incentivá-los a nunca desistirem”, explicou o campeão.
O trabalho desenvolvido pelo professor-atleta revela talentos que, segundo ele, enfrentam dificuldades financeiras como principal barreira para demonstrar seu potencial em competições. “Existem muitos atletas bons nas comunidades, mas sem oportunidade de demonstrar seu potencial em competições”, destacou Fabrício, que segue formando novos campeões através do projeto social.