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Exposição fotográfica ‘Até Quando?’ denuncia crimes contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil

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(Foto: Genilson Coutinho)
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“Até Quando?” é o nome da exposição do fotógrafo baiano Genilson Coutinho, questionamento de pessoas LGBTQIA+ aos diversos casos de violência contra a comunidade. A exposição, que retrata a importância do combate a LGBTfobia no país, será aberta ao público em 15 de agosto, às 19h, no Museu Histórico de Jequié. A mostra continua em cartaz até 28 de setembro.

Cada imagem traz a história de uma vida perdida para LGBTfobia, apresentando a história familiar e o impacto das dores causadas pelas perdas. Na exposição, o público vai poder conhecer o primeiro caso de homofobia documentado no Brasil, em 1614, com a execução do indígena Tibira do Maranhão, tema de livro lançado em 2014 pelo antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luíz Mott. Tibira do Maranhão foi executado com um tiro de canhão em 1614, por ser homossexual. O indígena da etnia tupinambá teve seu destino definido por lideranças religiosas católicas em missão no Brasil.

“‘Até Quando?’ é um grito de alerta para a LGBTfobia. Levar essa exposição a Jequié é fundamental para fortalecer a luta em prol da comunidade LGBTQIAPN+ no combate às violências contra a comunidade por meio da minha arte. A arte aqui não é só estética — é denúncia, é resistência e é sonho de um futuro mais justo para todos”, afirma Genilson Coutinho, idealizador da mostra.

Na exposição, também há referências à morte do estudante Itamar Ferreira, na fonte da Praça do Campo Grande; ao assassinato da artista transformista Andressa Larmac, nas proximidades da Estação da Lapa; e à morte de Teu Nascimento na sua residência, em Cajazeiras. Além desses crimes ocorridos na capital baiana, a mostra retrata o assassinato do jovem ativista Alex Fraga, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

“A exposição ‘Até Quando?’, em Jequié, é um marco relevante para a cultura e para os direitos humanos em nosso município. A mostra reforça a promoção do respeito, da diversidade e da inclusão. A arte tem o poder de transformar realidades e provocar reflexões profundas, e o evento alerta contra a violência e o preconceito que ainda persistem no Brasil. Para nós, é uma honra recebermos essa exposição na nossa cidade e uma oportunidade única de oferecer à população um conteúdo artístico de forte relevância social. Que essa exposição seja uma semente para um diálogo mais empático, mais justo e mais humano”, declara o secretário de Cultura e Turismo de Jequié, Domingos Ailton.

A curadoria da exposição é do professor Leandro Colling, que faz parte do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades (NuCus) do Instituto de Humanidades da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A exposição foi contemplada nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.

Serviço

Exposição “Até Quando?” – Reflexão e grito de alerta sobre a LGBTfobia no Brasil

Data: 15 de agosto

Horário: 19h

Local: Museu Histórico de Jequié (Av. Rio Branco – Centro, Jequié)

Gratuito

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