Economia
Evite esses erros e fuja da malha fina do Imposto de Renda
Prencher a declaração do Imposto de Renda de forma correta é tão importante quanto entregar tudo no prazo. Cada vez mais tecnológica e cruzando informações de fontes diversas quase em tempo real, a Receita Federal consegue pegar os pequenos erros. Por vezes, o contribuinte deixa de declarar parte de uma renda, como um bônus salarial, ou mesmo o recebimento de um pagamento por uma palestra. Ao se deparar com qualquer divergência no cruzamento dos dados, o processamento da declaração é interrompido para análise. E isso é tudo o que basta para você seguir direto para a malha fina.
Esse processo pode gerar um atraso na liberação da restituição ou mesmo um imposto a pagar com multa. Daniel de Paula, especialista de Imposto de Renda da IOB, smart tech que entrega conteúdo de legislação e sistemas de gestão contábil e empresarial, explica que alguns erros são muito fáceis de serem evitados. O contribuinte precisa apenas ter um pouco de atenção. Confira os erros mais comuns:
1- Informações sobre dependentes
É preciso prestar atenção para não declarar uma pessoa como dependente quando ela já está como dependente em outra declaração do IR. Esse problema acontece muito com pais separados, por exemplo. Uma exceção a essa vedação seria nos casos de alteração na relação de dependência no ano-calendário.
2- Erros de digitação
Por vezes, na correria ou mesmo por falta de atenção, o contribuinte esquece e não coloca uma vírgula antes dos centavos. Isso pode fazer com que o programa transforme R$ 100,00 em R$ 10.000,00. Se o erro foi durante o preenchimento do pagamento de uma consulta a um dentista, por exemplo, pode haver uma divergência como valor declarado pelo profissional. E estes valores divergentes levam a declaração para malha fina.
3 – Despesas médicas sem comprovantes
A dedução dos gastos com saúde do cálculo do IR é sempre motivo de análise por parte da Receita. Lembre-se de lançar apenas as despesas que puderem ser legalmente comprovadas. E é muito importante guardar todos os recibos por cinco anos a partir da data da entrega da declaração. Lembrando que gastos que tenham sido reembolsados pelo plano de saúde ou mesmo remédios comprados em farmácias não podem ser declarados.
4 – Fontes Pagadoras e Rendimentos
Se o contribuinte tiver mais de uma fonte pagadora precisará informar todos os valores recebidos. E isso vale para tudo mesmo, como pró-labore, salários, alugueis pagos ou recebidos. Muitas vezes o inquilino não declara o aluguel pago, mas o proprietário informa a renda recebida. Essa omissão da informação pelo inquilino pode gerar uma multa de 20% sobre o valor do aluguel pago e não declarado.
5- Bens financiados
Quem comprou qualquer bem financiado precisa prestar atenção no momento de preencher as informações. É preciso colocar apenas o valor já pago pelo carro ou apartamento, por exemplo. É importante verificar também qual a modalidade de financiamento foi contratado para avaliar se há alguma particularidade na hora de declarar.
6 – Incompatibilidade entre patrimônio e renda
Por último, mas não menos importante, lembramos que toda variação patrimonial incompatível com a renda será analisada pela Receita Federal. O padrão de gastos de todo contribuinte deve ser compatível com a renda declarada. Quem declara um rendimento de R$ 50 mil no ano, por exemplo, mas informa a compra de um carro de R$ 200 mil à vista, tem grandes chances de chamar atenção do Fisco.
IOB. Poder para transformar
A IOB é uma smart tech que reúne o melhor de dois mundos: conhecimento e tecnologia. Um universo de possibilidades construído por mais de 1 mil colaboradores, que potencializam o dia a dia de mais de 130 mil clientes entre micro, pequenas, médias e grandes empresas de diversos setores econômicos e empresas de contabilidade. Referência nas áreas fiscal, contábil, tributária, trabalhista, previdenciária e jurídica, se destaca pela credibilidade e tradição aliadas a soluções tecnológicas, humanizadas e centradas individualmente em cada um de nossos clientes. A marca também é dona do IOB 360, que transforma o dia a dia dos contadores por meio de experiências completas.
Economia
Arrecadação federal chega a R$ 261,9 milhões em outubro e bate recorde
A arrecadação total de tributos federais somou R$ 261,9 milhões em outubro, o maior valor já registrado para o mês. O resultado representa expansão real (acima da inflação do período) de 0,92% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já no acumulado dos dez primeiros meses do ano, as receitas federais chegam a R$ 2,4 trilhões, representando acréscimo real de 3,2% na comparação com igual período de 2024.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pela Receita Federal, em Brasília.
“Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório, tanto para outubro quanto para o período acumulado”, frisou a instituição.
Os valores se referem a tributos federais, como Imposto de Renda de pessoas físicas e empresas, receita previdenciária, Imposto sobre Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), PIS/Cofins, entre outros. Arrecadação com royalties e depósitos judiciais, que não são apurados pela Receita Federal, também entram na conta.
Destaques
Ao detalhar a evolução dos tributos, a Receita Federal destacou o IOF, que somou R$ 8,1 milhões em outubro de 2025, alta de 38,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
“Esse desempenho pode ser justificado pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira e pelas operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, ambas decorrentes de recentes alterações na legislação”, cita a Receita.
Em junho deste ano, o governo aumentou a cobrança em algumas operações de crédito, por meio do Decreto 12.499/2025. A medida foi derrubada posteriormente.
Outro destaque apontado pela Receita foi o IRRF-Capital (cobrança de imposto em cima de lucro com aplicações financeiras). A arrecadação chegou a quase R$ 11,6 milhões, representando acréscimo real de 28,01% ante outubro de 2024.
A Receita explica que o desempenho está relacionado ao lucro que investidores tiveram em aplicações de renda fixa e Juros sobre Capital Próprio (JCP) ─ forma de uma empresa dividir parte do lucro com os acionistas.
Desaceleração
Apesar do recorde nos dez primeiros meses do ano, que representou salto de 3,2% na comparação com o mesmo período de 2024, o desempenho mostra desaceleração, ou seja, o crescimento da arrecadação tem perdido força.
Em julho de 2025, a evolução chegou a ser de 4,41%, mas a diferença positiva foi se reduzindo mês a mês.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, reconhece que esse comportamento arrecadatório é um reflexo da desaceleração econômica no país.
“A gente continua crescendo, porém a taxas decrescentes, a taxas menores.”
Ele acrescenta que o resultado não é surpresa, pois acompanha projeções do próprio Ministério da Fazenda e de agentes do mercado financeiro.
“Já se previa uma certa contração na atividade econômica”, afirma Malaquias, que chama atenção para a resiliência de alguns fatores, como o setor de serviços e a massa salarial dos trabalhadores.
Freio dos juros
A perda de fôlego citada é um efeito direto da política monetária (controle da taxa de juros) exercida pelo Banco Central (BC). A taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006 (15,25%).
O BC mantém o juro alto como forma de esfriar a economia e puxar para baixo a inflação, que está há 13 meses acima da meta do governo, de 3% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, podendo ir até 4,5%.
Em outubro, a inflação oficial acumulava 4,68% em 12 meses, porém em trajetória de desaceleração.
“A arrecadação tributária é um dos termômetros da atividade econômica. Quando a arrecadação vai bem, a gente costuma dizer que a atividade econômica, responsável pela maior parte do resultado da arrecadação, também está indo bem”, conclui Malaquias.
Arrecadação com bets explode
A arrecadação das atividades de exploração de jogos de azar e apostas subiu quase 10.000% em outubro de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024.
A explicação está na regulamentação da atividade das casas de apostas virtuais, as chamadas bets, que passou a valer apenas em 2025.
A comparação ficou extremamente alta pois essas plataformas pagavam bem menos impostos. Em outubro de 2024, a arrecadação proveniente dessas atividades foi de R$ 11 milhões, valor que saltou para R$ 1 bilhão em outubro de 2025.
No acumulado dos dez primeiros meses de 2025 ante o mesmo período de 2024, a evolução foi de mais de 16.000%, indo de R$ 49 milhões para R$ 8 bilhões.
Economia
Setor de e-commerce deve movimentar mais de R$ 230 bilhões em 2025, segundo ABComm
Previsão reflete forte avanço das lojas virtuais e mudança nos hábitos de consumo digitais
O setor de comércio eletrônico no Brasil deve movimentar cerca de R$ 234,9 bilhões neste ano, segundo estimativas da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O número representa um avanço de 15% em relação ao ano anterior e reflete o ritmo acelerado de crescimento das lojas virtuais no país, impulsionado por novos hábitos de consumo, tecnologia e integração de canais.
De acordo com a entidade, o país deve ultrapassar a marca de 94 milhões de compradores digitais, com um ticket médio estimado em R$ 539. O relatório da ABComm destaca que o ambiente digital deixou de ser apenas um canal alternativo e passou a ser uma das principais fontes de receita do varejo nacional.
Crescimento das lojas virtuais
Entre os principais fatores que explicam o crescimento do e-commerce estão a popularização das vendas via redes sociais, o fortalecimento dos marketplaces e o uso de automação em marketing e logística. A experiência de compra mais fluida, com meios de pagamento integrados e prazos de entrega reduzidos, também tem fortalecido a confiança dos consumidores nas lojas virtuais.
Outro ponto de destaque é a diversificação do público. Se antes o comércio eletrônico era concentrado em grandes capitais, hoje regiões menores e negócios locais têm se beneficiado das plataformas digitais para vender em todo o país.
Avanço tecnológico e comportamento do consumidor
Com o aumento da conectividade e o uso de inteligência artificial, as empresas estão ampliando a personalização da jornada do consumidor. Essa tendência, segundo analistas, deve continuar em 2025.
Segundo Tiago Winter, diretor de sucesso do cliente da Nuvemshop, plataforma que atende milhares de empreendedores digitais, o varejo online caminha para uma nova fase.
“Sabemos que gerenciar a loja virtual e escalar o negócio, enquanto se oferece um atendimento próximo e personalizado, é um grande desafio. Pensando nisso, unimos inteligência artificial a um atendimento humanizado para ajudar o lojista a vender mais e se relacionar melhor com o cliente”, afirmou.
Desafios e perspectivas
Mesmo com o cenário otimista, o setor ainda enfrenta desafios. Questões logísticas, principalmente fora dos grandes centros, continuam elevando custos e prazos de entrega. Além disso, a concorrência crescente pressiona margens e exige das empresas uma diferenciação clara em atendimento, branding e experiência de compra, focando na construção de relacionamento direto com o consumidor.
Especialistas também apontam a importância da segurança digital e da educação financeira dos empreendedores como pontos críticos para o amadurecimento do mercado. Ainda assim, a tendência é de expansão contínua, especialmente com a entrada de novas tecnologias e a consolidação do comércio conversacional via aplicativos de mensagem.
Já existem soluções, por exemplo, que permitem que toda a compra seja realizada diretamente via WhatsApp, inclusive a etapa de pagamento. Essa facilidade promete impulsionar as vendas pela internet.
O e-commerce brasileiro, portanto, finaliza 2025 com uma projeção histórica. Com o faturamento acima dos R$ 230 bilhões e um consumidor cada vez mais digital, as lojas virtuais consolidam-se como o novo eixo de crescimento do varejo nacional, um movimento que redefine a maneira como os brasileiros compram, vendem e se relacionam com as marcas.
Economia
5 estratégias para montar uma lista de compras inteligente e evitar exageros na Black Friday
Economista explica como o planejamento prévio ajuda a economizar de verdade e evitar arrependimentos
A Black Friday permanece como uma das datas mais aguardadas pelo consumidor brasileiro, e em 2025, a expectativa é de ainda mais movimentação no varejo. Uma pesquisa recente do Google indica que 40% dos brasileiros pretendem gastar mais este ano em relação a 2024, enquanto 35% já estão em busca ativa de ofertas. Além disso, 38% planejam adquirir uma quantidade maior de itens, distribuídos, em média, por seis categorias diferentes de produtos. O quadro reforça que, mesmo diante do apelo do evento, a organização financeira é fundamental para evitar exageros.
Nesse cenário, especialistas alertam que o entusiasmo das promoções pode ser perigoso para quem não se prepara. De acordo com o economista Ricardo de Almeida, diretor financeiro do Cartão de TODOS, a lista de compras é um mecanismo simples que ajuda a garantir escolhas inteligentes, compras conscientes e proteção do orçamento, principalmente em um período marcado por forte estímulo ao consumo.
Lista de compras protege o bolso em meio a tantas ofertas
O volume de promoções e comunicações publicitárias nesta época faz com que o consumidor fique mais vulnerável ao impulso. Almeida enfatiza que partir para as compras sem estrutura aumenta significativamente o risco de perda de controle financeiro.
“A Black Friday é uma avalanche de ofertas, mas sem lista, o risco é ser levado pela correnteza do impulso”, alerta. Para o economista, a falta de organização pode transformar a promessa de economia em um problema real, pois “a chance de transformar economia em endividamento é enorme”.
O profissional recomenda que o consumidor estabeleça prioridades de forma clara. “Antes de sair clicando e comprando, defina o que é essencial, organize por nível de urgência e pesquise os preços”, destaca. Segundo ele, “a lista é o freio emocional que protege o bolso”.
Para definir quais produtos entram na lista de compras, o economista explica que ela deve refletir as verdadeiras necessidades do consumidor, e não apenas seus desejos momentâneos. Almeida orienta que o processo de seleção seja guiado pela reflexão sobre prioridades. “Comece pelos itens de necessidade imediata, depois avalie os de média e baixa prioridade”, recomenda.
Ele orienta que o consumidor questione sua própria motivação: “eu preciso disso agora? Vai me trazer algum benefício concreto ou estou sendo seduzido pelo preço?” Para ele, esse filtro é essencial para evitar arrependimentos e faz parte de um passo a passo cuidadoso para quem quer fazer da Black Friday um momento de economia real: “classifique, ajuste com o seu orçamento e só então vá às compras”.
5 estratégias práticas para montar uma lista de compras inteligente
Organizar uma lista eficiente é o primeiro passo para evitar gastos desnecessários e conduzir as compras com foco. A seguir, veja cinco estratégias práticas para estruturar uma lista realmente útil para a Black Friday:
1) Classifique os itens por categorias (eletrônicos, casa, mercado, beleza, vestuário). Isso facilita a visualização do que é necessidade e evita inserir produtos aleatórios.
2) Crie três níveis de prioridade: urgente, necessária e opcional. Só inclua itens na última categoria se o orçamento permitir.
3) Pesquise modelos e versões antes da promoção, para não tomar decisões por impulso com base apenas no preço.
4) Inclua o preço médio atual de cada item, para facilitar a comparação com valores anunciados durante a Black Friday.
5) Revise e enxugue a lista antes do evento, retirando produtos que não fazem mais sentido, não se encaixam no orçamento ou entraram por empolgação.
Pagamento: parcelar ou pagar à vista?
Com a ampliação das opções de pagamento no varejo — Pix, carteiras digitais, crédito, débito e parcelamentos — cresce também a necessidade de analisar qual modelo faz mais sentido para o bolso. Almeida explica que o consumidor deve avaliar sempre os possíveis benefícios antes de decidir.
“Verifique se há desconto para pagamento à vista, via Pix ou boleto. Se o valor for o mesmo, avalie o impacto no seu orçamento e se o parcelamento sem juros pode te beneficiar”, orienta. Segundo ele, o problema não está no parcelamento, mas na falta de controle. “Tudo depende de disciplina e controle, o problema não é parcelar, é esquecer que a fatura chega”.
Além da lista bem estruturada, Almeida indica práticas essenciais para evitar que o entusiasmo das promoções comprometa o orçamento:
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Defina um limite de gastos antes de começar a buscar promoções, e não ultrapasse, mesmo que a oferta pareça imperdível.
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Compre em lojas confiáveis, utilizando métodos de pagamento seguros e verificando a reputação dos sites.
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Evite uso desenfreado do cartão de crédito; se faltar disciplina, prefira pagamentos à vista.
Para o economista, o verdadeiro benefício da Black Friday não está no valor apresentado nas vitrines, mas nas escolhas do consumidor, pois isso dita se a data será de economia ou endividamento. “O consumidor que planeja, compara e respeita o próprio orçamento transforma a promoção em oportunidade, não em armadilha”, afirma.
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