Desde janeiro de 2025, com Donald Trump à frente da presidência dos Estados Unidos, diversas medidas relacionadas à imigração têm sido ajustadas. Entre as mudanças mais recentes, destacam-se o fim da exigência de vacinação contra a COVID-19 para solicitantes de visto de imigrante e a proposta de ampliação da análise de redes sociais no processo de obtenção do Green Card e da cidadania.
A partir de 11 de março de 2025, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA removeu a obrigatoriedade de vacinação contra a COVID-19 das instruções técnicas para médicos credenciados. Dessa forma, consulados e embaixadas americanas não poderão mais negar pedidos de visto de imigrante com base na ausência de comprovação da imunização. Solicitantes que foram considerados inelegíveis unicamente por não apresentarem a vacinação poderão refazer o exame médico sem custos adicionais, desde que ainda estejam dentro do prazo de validade exigido. Para isso, devem entrar em contato com a embaixada ou consulado responsável por seu processo.
Paralelamente, o Serviço de Imigração e Cidadania dos EUA (USCIS) propôs uma nova medida que amplia a triagem de imigrantes, exigindo que candidatos ao Green Card e à cidadania forneçam informações sobre suas redes sociais. Desde 2019, formulários de solicitação de visto, como o DS-160 e DS-260, já requerem que solicitantes informem suas contas nos últimos cinco anos. Agora, a proposta do USCIS sugere um exame ainda mais detalhado desses perfis, utilizando-os como ferramenta de verificação de identidade e análise de comportamento.
O advogado Dr. Vinicius Bicalho, membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), explica que essa prática busca identificar inconsistências nas declarações dos solicitantes e possíveis riscos à segurança nacional. “O governo americano utiliza essas informações para confirmar a identidade do candidato e verificar se ele está alinhado com os padrões exigidos para admissão nos EUA”, afirma.
A revisão de redes sociais pode impactar diretamente os processos de imigração. “Já acompanhamos casos de clientes que tiveram o visto negado por participarem de grupos online ligados à imigração ilegal”, alerta o Dr. Bicalho. Além disso, qualquer atividade que contrarie as permissões do visto pode gerar complicações futuras, dificultando a permanência legal no país.
Com essas mudanças, os imigrantes enfrentam um cenário de regras mais rigorosas e maior fiscalização sobre seu histórico digital. A recomendação de especialistas é que os candidatos revisem suas redes sociais e busquem orientação jurídica para evitar entraves em seus processos imigratórios.
