Depois de pouco mais de uma semana da redução do preço dos combustíveis, a gasolina deve voltar a ficar mais cara nos postos nesta semana. O aumento dos preços se dá pela mudança da no modelo de tributação do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que é cobrado pelos estados, que agora terá alíquota única de R$ 1,22 por litro.
O diretor de tributação da Exactus Contabilidade, André Casado, explica que a nova alíquota vai encarecer em 20 centavos o preço final nas refinarias e mesmo com o desconto dado pela Petrobras o preço final para o consumidor vai ficar mais caro.
“Essa medida vai encarecer o preço dos combustíveis. Vale a pena lembrar que esse regramento de ICMS, foi aprovado em março do ano passado e vai valer para todos os estados. A medida além de estabelecer um valor único em todo o país, também vai fazer com que imposto passe a ser cobrado apenas de produtores e importadores, e não mais de toda a cadeia, incluindo distribuidores e revendedores”, explica.
De acordo com Casado, a mesma medida já está valendo para o gás de cozinha e para o diesel, mas para esses dois produtos a nova modalidade de cobrança do imposto já está valendo.
“Nos casos de diesel e gás de cozinha, a mudança já foi implementada em maio e está valendo. O preço do botijão, por exemplo, já foi pressionado pelo novo ICMS, que neste caso tem uma alíquota de R$ 7,50 superior à cobrada antes”.
Segundo o especialista, essas altas acabam refletindo em toda a cadeia e deve encarecer o preço dos alimentos.
“Quando falamos em aumento no preço dos combustíveis sempre teremos impactos consideráveis na questão da venda de alimentos. Isso acontece por conta do modelo de transporte dos produtos, que depende do óleo diesel para chegar até os mercados. O reflexo deve começar a aparecer na segunda metade do mês de junho”, finaliza.