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Eric Lenate dirige versão de The Money Shot, comédia perversa do autor estadunidense Neil LaBute que estreia no dia 24 de outubro no Teatro Vivo

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Eric Lenate dirige versão de The Money Shot, comédia perversa do autor estadunidense Neil LaBute que estreia no dia 24 de outubro no Teatro Vivo
Crédito: Leekyung Kim
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Estrelado por Lavínia Pannunzio, Fabiana Gugli, Jocasta Germano e Fernando Billi, espetáculo usa humor ácido para criar uma reflexão sobre arte, ambição, status e sexo em Hollywood

A toxidade da indústria de entretenimento norte-americana é discutida na comédia perversa The Money Shot, do autor estadunidense Neil LaBute. O espetáculo ganha uma versão brasileira dirigida por Eric Lenate que estreia no dia 24 de outubro no Teatro Vivo, onde segue em cartaz até 6 de dezembro. As apresentações acontecem às terças e quartas-feiras, às 21h.

O elenco é formado por Lavínia Pannunzio, Fabiana Gugli, Jocasta Germano e Fernando Billi. A peça ainda tem tradução de Jorge Minicelli, direção assistente de Vitor Julian, figurinos de João Pimenta, desenho de luz de Aline Santini, trilha sonora original de L. P. Daniel e produção de Luque Daltrozo.

The Money Shot explora o humor ácido para criar uma reflexão sobre ambição, arte, status, sexo na indústria do entretenimento norte-americana. A peça narra o drama de Karen e Steve, estrelas do cinema que não conseguem mais emplacar um grande sucesso nas telonas. Desesperados para parar de despencar na cadeia alimentar de Hollywood, eles apostam todas as suas cartas em um famoso diretor europeu que pode mudar tudo com seu próximo filme.

“O texto tem personagens extremamente privilegiadas. Elas têm o mundo aberto à sua frente, mas são incapazes de enxergar as questões que são próprias da realidade de pessoas que não fazem parte de seu território de privilégio. Estão sempre tentando se proteger e autopromover. E estão inseridas em um processo de retroalimentação das neuroses da branquitude, que tem medo de perder seus lugares de privilégio”, comenta o diretor Eric Lenate.

A história tem como ambiente a luxuosa mansão de Karen e sua companheira Bev, que trabalha na área de pós-produção da indústria cinematográfica. Elas recebem para um jantar Steve e Missy, a jovem esposa dele que aspira à carreira de atriz. “É um encontro requintado, regado a muita bebida alcoólica, que faz com que a situação entre essas figuras vá se desenrolando de uma maneira cada vez mais feia. Queremos criar um contraste entre o refinamento e a feiura dessas personagens”, acrescenta o encenador.

Para representar esse ambiente, Lenate, que também assina a arquitetura cênica da peça, revela que optou por reproduzir a sala dessa casa. “Estamos pensando em um espaço que tenha bastante luxo e opulência, mas que também tenha certa cafonice”, revela.

Já a encenação é bastante pontuada pelo jogo entre as três atrizes e o ator. “É um trabalho bastante calcado na verborragia do texto. São quatro personagens em cena que falam o tempo todo, tentando discutir um assunto que sempre se perde. Eles começam a fazer o desfile de egos deles e a situação fica cada vez mais esquisita, até chegar em um desenlace que vai fazer com que as pessoas fiquem bastante atônitas”, garante o diretor.

Sobre Neil LaBute
Neil LaBute recebeu seu diploma de Mestre em Belas Artes em redação dramática pela New York University. Recebeu uma bolsa literária para estudar no Royal Court Theatre, em Londres, e também frequentou o Playwrights Lab do Sundance Institute.

Entre seus filmes, estão “In the Company of Men” (Prêmio do Círculo de Críticos de Nova York de Melhor Primeira Longa-Metragem e Troféu dos Cineastas no Festival de Cinema de Sundance), “Seus Amigos e Vizinhos”, “Enfermeira Betty”, “Possessão”, “The Shape of Things” (uma adaptação cinematográfica de sua peça com o mesmo título), “The Wicker Man”, “Lakeview Terrace” e “Death at a Funeral”.
E entre as peças destacam-se “Bash: Latter-Day Plays”, “The Shape of Things”, “The Mercy Seat”, “The Distance From Here”, “Autobahn (Uma coleção de cinco de suas peças de um ato)”, “Fat Pig”, “Algumas Garotas”, “Isso é Assim Que Vai”, “Em Uma Casa Escura” e “Razões Para Ser Bonita”, que foi indicado ao prêmio Tony de melhor peça.

LaBute também é autor de várias peças de ficção que foram publicadas no “The New York Times”, “The New York Times Magazine”, “Harper’s Bazaar” e “Playboy”, entre outros. “Seconds of Pleasure”, uma coleção de seus contos, foi publicada pela Grove Atlantic.


Sinopse
Karen e Steve são estrelas do cinema com uma coisa em comum: o desespero. Faz anos que ambos não conseguem emplacar um grande sucesso, mas um diretor europeu famoso pode mudar isso com seu próximo filme. Até onde eles vão se deixar ir para não despencar ainda mais na cadeia alimentar de Hollywood? Sexy, ousada, sombriamente hilária, THE MONEY SHOT é uma comédia perversa e perspicaz sobre ambição, arte, status e sexo em uma era – e uma indústria – onde muito pouco é sagrado e quase nada é tabu.


Ficha Técnica
Autor: Neil LaBute
Direção: Eric Lenate
Tradução: Jorge Minicelli
Elenco: Lavínia Pannunzio, Fabiana Gugli, Jocasta Germano e Fernando Billi
Direção Assistente: Vitor Julian
Arquitetura cênica: Eric Lenate
Desenho de luz: Aline Santini
Figurinista: João Pimenta
Trilha sonora original e desenho de som: L. P. Daniel
Cabelos: Marcos Ribeiro
Designer Gráfico: Laerte Késsimos
Fotos: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produtora executiva: Camila Bevilacqua
Diretor de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo
Realização: Daltrozo Produções


Serviço
The Money Shot, de Neil LaBute
Temporada: 24 de outubro a 6 de dezembro de 2023
Às terças e quartas-feiras, às 20h
Teatro Vivo – Av. Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi – São Paulo/SP – 04583-110
Ingressos: R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada)
Venda online em https://bileto.sympla.com.br/event/86906/d/216351/s/1457672
Bilheteria: (11) 3430-1524. Abre duas horas antes do espetáculo.
Estacionamento no local
Entrada pela Av. Roque Petroni Jr, 1464
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
Capacidade: 274 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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