Os campeões do Brasileiro de Vela de Oceano 2025 apresentado por Asa Alumínio serão definidos neste domingo (20), com as duas regatas finais programadas para acontecer no ICAB – Iate Clube Armação de Búzios.
A competição, que integra a Energisa Búzios Sailing Week, reúne quase 30 embarcações das classes ORC e BRA-RGS, com mais de 500 velejadores de diversos estados do Brasil e da Argentina.
Com organização da ABVO – Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, apoio técnico da CBVela e um nível técnico elevado, o Brasileiro de Oceano chega ao último dia com cenário aberto nas principais categorias, após dias de regatas com ventos variados e muita competitividade.
“Estou muito feliz com o nível técnico do Brasileiro de Oceano e com as disputas na raia. Búzios está sendo Búzios com condições ideais e muita competitividade. Vamos para o final com tudo aberto na ORC e na BRA-RGS vemos que as equipes estão cada vez mais treinadas, uma pena a quebra do Nativo 3, que estava na ponta”, disse Bayard Neto, comodoro da ABVO.
O comodoro do ICAB e campeão olímpico Marcos Soares destacou o equilíbrio técnico do campeonato: “É raro ver três barcos disputando ponto a ponto no final. O nível está muito alto e, em poucos dias, tivemos vento fraco, médio e forte. Isso exige muito das tripulações. Amanhã será uma final emocionante.”
A tabela da classe ORC mudou completamente após as regatas deste sábado (19), quando os ventos nordeste entre 12 e 16 nós favoreceram os barcos de maior porte. Com o descarte do pior resultado incluído e duas vitórias seguidas, o TP52 Crioula, de Eduardo Plass (VDS), alcançou 10 pontos e empatou na liderança com o Magia IV (Torben Grael – ILC 30 – RYC) e o +Bravissimo (Nacho Giamonna – Felci 315 – ICES).
“Estávamos engasgados com os resultados dos primeiros dias, muito afetados pelos ventos fracos. Mas hoje foi um dia típico de Búzios. Fizemos duas boas regatas e voltamos à briga pelo título. Entramos determinados a virar o jogo, e deu tudo certo”, celebrou o tático Samuel Albrecht, do Crioula TP52.
Na BRA-RGS, a quebra do Nativo 3 (Eduardo Harabedian – BR Marinas) durante a quarta regata tirou temporariamente o barco da liderança. Com isso, o Kaluanã (Leonardo Soldon – Bracuhy) assumiu a ponta com 7 pontos, seguido de perto por Sossegado (Marco Hidalgo – GVI) com 11, e Beleza Pura II (Felipe Ferraz – Ubalegria) com 13.
“Foram duas regatas difíceis, com muito vento. Nosso barco tem 30 pés, o que exige muito nessas condições. Mesmo assim, assumimos a liderança. É uma pena o que aconteceu com o Nativo, mas faz parte. Amanhã promete ainda mais vento”, comentou Soldon.
BRA-RGS Geral Top 5
1º – Kaluanã – 7 pts
2º – Sossegado – 11 pts
3º – Beleza Pura II – 13 pts
4º – Nativo 3 – 14 pts
5º – Tangará II La Borie – 18 pts
RGS A
1º – Kaluanã – 7 pts
2º – Nativo 3 – 11 pts
3º – Sossegado – 11 pts
4º – Beleza Pura II – 13 pts
5º – Tangará II La Borie – 16 pts
RGS B
1º – Absoluto – 5 pts
2º – Bierkaai – 8 pts
3º – Santeria – 9 pts
ORC Geral Top 5
1º – Crioula 52 (Eduardo Plass – TP52 – VDS) – 10 pts
2º – Magia IV (Torben Grael – ILC 30 – RYC) – 10 pts
3º – +Bravissimo (Nacho Giamonna – Felci 315 – ICES) – 10 pts
4º – Duma (Haakon Lorentzen – Farr 11S – ICRJ) – 16 pts
5º – Inaê Soto (Bayard Umbuzeiro Neto – S40 OD – Pier 27) – 17,5 pts
ORC – Cruising Racer
1º – +Bravissimo – 4 pts
2º – Dona Bola – 11 pts
3º – Xamã – 13 pts
4º – Bravo – 14 pts
5º – Ventaneiro 3 – 19 pts
ORC – Performance
1º – Crioula 52 – 7 pts
2º – Magia IV – 8 pts
3º – Duma – 11 pts
4º – Inaê Soto – 11 pts
5º – Eurus 30 – 17 pts
Sobre a ABVO
Fundada em 1955, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano é a única entidade de promoção da Vela de Oceano no Brasil. Braço oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a ABVO é responsável por organizar competições anuais e contribuir para o legado de um dos esportes mais vitoriosos do país, tanto nas classes olímpicas quanto nas não olímpicas.
A ABVO tem o santista Bayard Umbuzeiro Neto como Comodoro, o bicampeão olímpico Torben Grael como 1º Vice-Comodoro, e Paulo Cezar Gonçalves, o Pileca, como 2º vice-Comodoro.
Dentre os objetivos da atual gestão, estão promover a otimização e a racionalização do calendário nacional, estreitar o relacionamento com os clubes para viabilizar eventos e agregar um maior número de barcos participantes das diversas flotilhas regionais, oferecer suporte técnico em todos os níveis para as competições, otimizar a apuração instantânea dos resultados e articular com o Governo Federal incentivos tributários e melhores condições para a importação de embarcações, entre outros.