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Douglas Mam homenageia a sétima arte em canções autorais de seu segundo álbum, Cine Solidão

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Douglas Mam homenageia a sétima arte em canções autorais de seu segundo álbum, Cine Solidão
Foto: Visconde
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Cine Solidão, segundo disco autoral do cantor e compositor Douglas Mam, traz canções que o artista compôs ou arranjou ao longo dos últimos 20 anos. Na obra, ele interliga o repertório do álbum a filmes icônicos, que traduzem emoções vivenciadas por Mam e impressas em suas canções.

O álbum foi concebido em meio ao distanciamento social imposto pelo contexto pandêmico, quando Mam experienciou reviravoltas e marcos pessoais importantes. O momento de ruptura, descobertas e recomeços que vivia, impulsionou um movimento de revisão de sua própria biografia. Nesse mergulho para dentro, o artista percorreu toda sua produção musical e revisitou filmes do cinema nacional e internacional, que o tocavam ou despertavam memórias. Mam, então, identificou pontos de conexão entre suas músicas e o cinema – arte pelo qual tem profunda reverência.

Em um segundo momento, sentindo a necessidade de compartilhar esse processo criativo, Mam convidou Lucas Gonçalves, Victor José, João Rocchetti e Rodrigo Cambará, para realizar a coprodução musical do álbum. Juntos testaram sonoridades, misturando estilos sonoros como o rock, o folk e o MPB. O resultado foi um disco em 3 atos, com nuances autobiográficas: nascimento, vida e morte – que alterna momentos de solidão, melancolia, esperança, exaustão, acolhimento e solitude.

Douglas ainda propôs um eco de vozes para ressoar os sentimentos experimentados pelo artista ao ter contato com cada obra cinematográfica abordada no disco. Assim, convidou Mário Bortolotto, Tatá Aeroplano, Mauro Schames, Daniel Perroni Ratto, Keila Ribeiro e Paulo César de Carvalho para declamar citações de trechos de filmes como: “São Paulo Sociedade Sociedade Anônima”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Que Horas Ela Volta?”, entre outros. Por fim, duas últimas participações e, talvez, as mais especiais, fazem parte do álbum, reforçando as reverberações pessoais que a feitura da obra trouxe para o artista: as vozes de Dona Gessi, sua mãe, e Nina, sua filha.

Cine Solidão: Um disco em 3 atos
O álbum, dividido em três atos, simboliza a trajetória recorrente às biografias humanas: infância, maturidade e a velhice.

O primeiro bloco de canções – Monte Olimpo, Amalgamar de Rosas e Trem de Papel – tem um tom alusivo à infância e adolescência. “O tom às vezes onírico, outras lúdico, traz referências arquetípicas. É o material que molda e forma o ser humano: as primeiras experiências e descobertas, o olhar e atitude inocente, a imaginação, o primeiro amor, o novo, o espanto… O pano de fundo é bucólico e nostálgico. O passado em tons de sépia, como em uma fotografia antiga”. Explica, Douglas Mam.

Holerite, Mão com Mão e Ventríloquo compõem o segundo ato, para tratar de temas da vida adulta, como o trabalho, os relacionamentos amorosos, as rupturas, as escolhas, a reconstrução e o recomeço. Os impasses da maturidade também ficam explícitos, como é o caso da música Ventríloquo, que apresenta dois momentos antagônicos: a citação do filme ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’ – “Você pode ficar revoltado com destino, pode xingar os deuses! Mas quando chegar hora, você tem que aceitar” – e o verso criado por Mam: “Se apaixone pelo destino.”

No terceiro e último ato, o disco remete à velhice e aos movimentos que, normalmente, são inerentes a esse momento. A revisão da vida vivida, a consciência da finitude, o legado, a solidão e a busca pela solitude aparecem nas canções Tivemos um Talvez, Cine Solidão e É algo. Essa última traz uma citação pinçada por Mam do filme ‘O Bandido da Luz Vermelha’ e que remonta seu próprio entendimento sobre a vida: “Sozinho a gente não vale nada”.

Douglas Mam
O cantor, compositor, arranjador e poeta paulistano, lançou, em 2019, Fahrenheit, seu primeiro disco solo, que convergia literatura e poesia para sua obra musical e teve produção musical de Juliano Gauche. Antes disso, o músico, compositor, arranjador e poeta passou por diversas bandas da capital, como Os Babilaques, Dondoka Junkie, Os Pilotos, entre outras. Ainda em 2019 criou o festival Era Uma Vez no Oeste. Além de idealizador, atuou como curador e diretor de produção do evento, que tinha o objetivo de celebrar aqueles que pavimentaram o folk nacional e, ao mesmo tempo, ser uma lente de aumento para a cena independente do estilo – mais de 30 artistas se apresentaram em suas 9 edições. Entre 2020 e 2022, com o advento da pandemia, Mam passou por um período introspectivo onde revisitou composições de seus 20 anos como músico. Esse processo culminou em seu segundo disco ‘Cine Solidão’, que homenageia o cinema e será lançado em 2023.

Ouça “Cine Solidão” nas plataformas digitais: http://tratore.ffm.to/douglasmamcinesolidao

Assista ao clipe da faixa Holerite: https://www.youtube.com/watch?v=2C0kDDbh0KU

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