Por Roberto Roni, psicólogo especialista em neurociência e comportamento
Em meio à correria do dia a dia, o sono costuma ser a primeira necessidade a ser negligenciada. No entanto, ele é um dos pilares mais importantes da saúde mental e emocional. Dormir bem não é um luxo — é uma necessidade fisiológica que impacta diretamente nosso equilíbrio psicológico, nossa produtividade e até mesmo nossas relações.
“Quando dormimos mal ou pouco, nosso cérebro entra em estado de alerta constante. Isso afeta a regulação emocional, a capacidade de tomar decisões e o controle da ansiedade. A privação de sono, por mais sutil que pareça, pode desencadear ou agravar sintomas de depressão, irritabilidade e esgotamento mental”, explica o psicólogo Roberto Roni, especialista em neurociência e comportamento.
Durante o sono, o cérebro realiza uma verdadeira faxina neurológica. É nesse momento que processamos memórias, equilibramos hormônios e restauramos as funções cognitivas. É também no sono profundo que a mente consegue organizar as experiências do dia e reduzir os impactos do estresse acumulado.
Muitas vezes, a insônia ou o sono de má qualidade são vistos como problemas isolados, mas na verdade são sinais de desequilíbrios mais profundos. “O sono é um termômetro da saúde emocional. Quando algo está em conflito dentro de nós — mesmo inconscientemente — o corpo responde, e o sono é um dos primeiros afetados”, diz Roni.
Mais do que contar horas na cama, é preciso cuidar da qualidade desse repouso. Criar uma rotina noturna, evitar estímulos digitais antes de dormir, desacelerar o corpo e a mente, e entender a origem do estresse são passos importantes para quem busca mais equilíbrio na vida.
Por isso, cuidar da saúde mental também passa por cuidar do sono. Dormir bem é uma forma silenciosa — mas extremamente poderosa — de fortalecer a mente, prevenir transtornos psicológicos e viver com mais clareza, energia e bem-estar.