A divulgação de dados mostrando a estagnação da economia chinesa resultou em pressão sobre o mercado financeiro, com o dólar subindo pelo terceiro dia consecutivo, ultrapassando os R$ 4,90, e a bolsa de valores sofrendo a sétima queda seguida, atingindo o menor patamar em três semanas.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,905, registrando um aumento de apenas 0,15%, mas com oscilações ao longo do dia. O valor chegou a cair para R$ 4,87, por volta das 9h40, antes de se inverter e subir após a abertura dos mercados norte-americanos, atingindo a máxima de R$ 4,92.
Com esse desempenho, o dólar alcançou seu valor mais alto desde 6 de julho, quando atingiu R$ 4,93. No acumulado de agosto, a moeda apresenta alta de 3,7%, mas já registra queda de 7,1% no ano de 2023.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou com uma queda de 0,57%, atingindo 118.409 pontos, o menor nível desde 20 de julho. As ações de bancos e mineradoras foram as mais afetadas.
Fatores tanto domésticos quanto externos influenciaram o mercado financeiro. No cenário internacional, os países emergentes estão sendo prejudicados pela estagnação da economia chinesa, que apresentou deflação em julho. Esse declínio levanta preocupações sobre a eficácia dos estímulos econômicos implementados para a segunda maior economia global.
No Brasil, os investidores estão atentos aos projetos econômicos em andamento no Congresso, como a votação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados e a proposta de alteração na votação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) no Senado. Desde que o Banco Central reduziu a Taxa Selic, os juros básicos da economia, o dólar começou a subir e a bolsa de valores a cair, enquanto os mercados aguardam desdobramentos da agenda política.
A partir de agora, a Agência Brasil fornecerá informações sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em ocasiões excepcionais, sem divulgar diariamente a cotação do dólar e o nível da bolsa de valores.