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Documentário traz visão de crianças sobre violência policial em favela

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© Cartas Pela Paz/Divulgação

“Mais de 135 anos após o fim da escravidão do povo preto e continuam nos tratando da mesma forma, como bichos, e, não, seres humanos. Parem de nos matar! Essa carta é um pedido de socorro, espero que dessa vez vocês nos ouçam”.

Esse é um dos trechos da carta que Luiz Fernando, um adolescente de 14 anos, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ex-morador do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, ele pede ajuda contra a violência policial nas favelas. Argumenta, convicto, de que a chamada “guerra às drogas” é, na verdade, uma “guerra contra pretos e pobres”.

O pedido de socorro de Luiz Fernando está no documentário Cartas pela Paz, que começa a ser exibido nesta quinta-feira (3), no Festival É Tudo Verdade, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O curta, com duração de 26 minutos, é uma coprodução da Amana Cine, Jac Produções e Piloto Filmes, financiado pela RioFilme. Foi gravado em julho e agosto de 2023, no Complexo da Maré e na Cidade de Deus.

>>> Movimentos de favela e vítimas da polícia defendem ADPF das Favelas

 

Na produção, cinco meninos e meninas moradores de favelas reivindicam o direito de brincar, estudar e viver sem medo.

“Neste momento, dá um medo. O coração começa a bater rápido, frio na barriga, um desespero e pânico. Então, fizemos o que minha mãe ensina. Trancamos a porta e ficamos abaixados na parte da casa que tem mais paredes para nos proteger dos possíveis tiros”, escreve Luiz Fernando em um dos trechos da carta.

“Só queremos nossos direitos, porque, na Zona Sul, eles entram na sua casa com um mandado de busca e apreensão. E na favela, não é assim? Por que as operações na favela não são executadas igual as de Copacabana, por exemplo?”, diz outro trecho.

O curta-metragem estreia em meio às discussões sobre a ADPF 635, também conhecida como ADPF das Favelas, que voltou a ser julgada nesta quinta-feira (3) pelo STF.

>>> Confira o resultado do julgamento da ADPF das Favelas

“O nosso objetivo é sensibilizar os ministros do STF e a sociedade como um todo. Para que, na hora de julgar a ADPF, eles saibam como é a vida das pessoas, especialmente das crianças, que vivem nas favelas. Porque é como se elas fossem impedidas de ter um futuro”, diz a diretora e roteirista Thays Acaiabe.

A ideia de produzir o filme surgiu, segundo as diretoras, depois de uma reportagem que mostrava uma iniciativa de moradores do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, de recolher 1.500 cartas de moradores e enviar ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em 2019. Os pedidos eram para que as operações policiais respeitassem os termos da Constituição Brasileira.

“A partir do olhar das crianças, a gente quer questionar a política de segurança pública no Brasil. A gente não é contra as operações policiais, mas pede que elas aconteçam conforme a Constituição. A gente quer que os direitos fundamentais sejam respeitados nos territórios de favelas, como são respeitados em bairros como Leblon e Ipanema. O que a gente está pedindo é igualdade”, diz Thays Acaiabe.

Cartas Pela Paz terá quatro sessões no Festival É Tudo Verdade, que este ano comemora sua 30ª edição. A produção que ganhar o prêmio de melhor curta na mostra competitiva será qualificada para a disputa pela indicação de melhor curta documentário do Oscar.

 

 

Exibições do documentário Cartas pela Paz

São Paulo

04/04 – 15:00 – Cinesesc (Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César)

08/04 – 14:30 – Cinemateca (Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino)

Rio de Janeiro

07/04 – 18:30 – Estação Net Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 – Botafogo)

10/04 – 16:00 – Estação Net Rio (Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo)

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Tornados são fenômenos rápidos e difíceis de prever

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© Ari Dias/AEN

Tornados, como o que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, são fenômenos localizados, de curta duração e difíceis de prever. De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Danilo Siden, eles se formam dentro de nuvens de tempestade e causam estragos quando atingem o solo.

“Com a formação do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, a gente teve também a formação de uma frente fria na parte mais norte desse ciclone, ou seja, no Paraná. Dentro dessa frente fria, nós temos vários fenômenos, como chuvas intensas, tempestades de raios, queda de granizo, e há a possibilidade de uma dessas nuvens formar um tornado”, informou o meteorologista do Inmet.

“É um fenômeno bem intenso, mas de curta duração, que a gente sabe que pode ocorrer dentro de uma frente fria, mas a gente não tem como fazer previsão porque ele é bem localizado”, acrescenta Danilo.

No caso de Rio Bonito do Iguaçu, a nuvem que deu origem ao tornado foi chamada de “supercélula” pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná. Como os ventos ultrapassaram 250 quilômetros por hora (km/h), o tornado foi classificado como F3, na escala Fujita, que vai de 0 a 5. Isso representa danos severos.

Formação de tornados

De acordo com o meteorologista, algumas características podem favorecer a formação de tornados, como a presença de ar mais quente próximo ao solo, e a mudança rápida na direção ou velocidade do vento, mas mesmo em locais que têm sistema de alertas só conseguem prevê-los com cerca de 15 minutos de antecedência.

No Brasil, os tornados parecem raros, mas não são. A engenheira ambiental e pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e do Instituto Serrapilheira, Celina Rodrigues, explica que a Região Sul do país é um dos locais com maior incidência da América do Sul, ao lado da Argentina e do Paraguai.

“Esse fenômeno é relativamente frequente, mas suas consequências ficam mais evidentes quando atingem áreas povoadas. É mais comum no período de transição entre a primavera e o verão”, disse Celina.

Apesar de ter ocorrido após a formação de um ciclone extratropical, a engenheira ambiental revelou também que os dois fenômenos não são iguais, e nem sempre ocorrem juntos.

“Os tornados são fenômenos de pequena extensão, que variam de dezenas a centenas de metros, podendo atingir poucos quilômetros, e têm uma duração que vai de segundos a minutos. Por outro lado, os ciclones atmosféricos são fenômenos de grande escala, que afetam grandes áreas. Sua duração geralmente é de alguns dias, cobrindo de centenas a milhares de quilômetros.”

O ciclone que ainda atua na costa das regiões Sul e Sudeste do país é chamado de extratropical por ser formado por massas de ar quente e fria. Além de causar ventos fortes, ele provocou o deslocamento de uma frente fria, levando chuvas intensas para diversos pontos dessas duas regiões.

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SaferNet tira dúvidas de pais e mães sobre segurança na internet

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© Antônio Cruz/Agência Brasil

Entidade com a missão de preservar direitos humanos na internet, sobretudo, de crianças e adolescentes, a SaferNet realiza nesta quinta-feira (6), às 19h, a transmissão ao vivo Famílias Conectadas: tira dúvidas sobre estratégias de supervisão familiar.

A proposta é dar orientações a pais e responsáveis sobre como acompanhá-los no ambiente digital de forma segura, capacitando-os a detectar comportamentos que podem indicar que estão sob risco, sendo expostos a conteúdos inadequados ou mesmo interagindo com alguém de falsa identidade ou que tem intenção de aliciá-los.

Realizado em parceria com o Google, o encontro será conduzido por especialistas da área. Perguntas poderão ser enviadas pelo chat da página do YouTube onde será feita a transmissão.

Uma das ferramentas abordadas será Family Link, produto do Google. Ela permite à família exercer o papel de mediadora, estabelecendo, por exemplo, limite de tempo de uso de navegação e que se monitore as páginas da internet acessadas pela criança ou adolescente e seus deslocamentos de um local para outro. A Family Link está disponível para uso em navegadores e apps.

No encontro online, também será apresentado o SafeSearch, recurso do Google para filtrar conteúdos sensíveis, como imagens de violência ou sexo explícitos. Na primeira atividade, disponível na internet, a SaferNet compartilhou reflexões sobre a temática. 

Guia de combate à violência sexual 

No final de outubro, o Instituto Liberta divulgou um guia para auxiliar crianças a compreenderem o funcionamento de seu próprio corpo e seus sentimentos e a desenvolver um senso de autoproteção. Há uma publicação voltada a cuidadores e familiares e outras específicas para os pequenos, separadas em três faixas etárias: de 0 a 4 anos, de 5 a 7 anos e de 8 a 10 anos. Também foram elaborados vídeos que as acompanham. 

O instituto ressalta a importância de se ensinar corretamente os nomes das partes do corpo, o que facilita essa autoproteção e, ainda, o desenvolvimento saudável de sua identidade e autoestima. Além disso, esse simples gesto contribui muito para que se familiarizem com esses termos, normalizando-os e fazendo com que cresçam com uma perspectiva positiva e natural quanto ao próprio corpo, não de vergonha e inclinada ao tabu ou estigma.

Entre as orientações, está a de que, ao interagir com a criança, não é recomendável falar expressando nojo ou incômodo diante de funções fisiológicas e comuns, como o xixi e o cocô, e de partes íntimas. A cartilha mostra que os pais e cuidadores precisam ser receptivos nos momentos em que a criança fizer alguma pergunta, não a censurando por isso, e fazer com que assimilem pelo exemplo, no sentido de manifestar respeito e cuidado pelo próprio corpo, para que isso seja repetido pelos filhos.

Artifícios de suporte, como literatura infantil, bonecos e bichinhos de pelúcia também são indicados no processo de aprendizagem. 

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A diretora-adjunta do Instituto Liberta, Cristina Cordeiro, afirma que, atualmente, há, na sociedade, resistência a esse tipo de instrução. Segundo ela, o guia é capaz de descomplicar a questão, em famílias nas quais ainda há tabu e, inclusive, de aplacar o medo entre aquelas que se preocupam em antecipar etapas no desenvolvimento infantil, ao tratar do assunto por sua conta, sem referência nenhuma. 

“Ensinar crianças pequenas a reconhecer situações desconfortáveis e a nomear corretamente as partes do corpo reduz o risco de abuso sexual e facilita a revelação de violência sofrida”, argumenta.

De acordo com Crisitina Cordeiro, O guia atua como instrumento de transformação social, mostrando que falar com responsabilidade é uma forma de proteger crianças e adolescentes.”

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Economia

Estudantes do Pé-de-Meia podem escolher como investir benefício

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em

© Antônio Cruz/Agência Brasil

A partir desta sexta-feira (7), os estudantes beneficiários do Programa Pé-de-Meia poderão escolher como investir o incentivo de R$ 1 mil recebido pela conclusão do ensino médio. As opções estarão disponíveis no aplicativo Caixa Tem, da Caixa Econômica Federal.

O valor poderá ser mantido na poupança ou aplicado no Tesouro Selic, conforme as regras do programa, estabelecidas por portaria conjunta dos Ministérios da Educação (MEC) e da Fazenda, editada no início de outubro.

A nova funcionalidade será liberada para os estudantes que já receberam as parcelas de incentivo referentes à conclusão do primeiro e do segundo ano do ensino médio.

Para os menores de idade que desejarem migrar o valor da poupança para o Tesouro Selic, será necessário obter nova autorização do responsável legal, também feita pelo aplicativo. Após a confirmação da conclusão do ensino médio pelo MEC, os estudantes poderão manter os recursos investidos ou movimentá-los livremente.

Orientações e suporte

Agente financeiro do programa, a Caixa fornecerá orientações e acompanhamento da rentabilidade das aplicações dentro do Caixa Tem. O banco também é responsável pela abertura das contas e pelo oferecimento dos incentivos aos estudantes indicados pelo MEC.

Sobre o programa

Criado pela Lei 14.818/2024, o Pé-de-Meia oferece incentivos financeiros a estudantes do ensino médio regular e da educação de jovens e adultos (EJA) que mantenham frequência escolar adequada e cumpram as demais exigências do programa.

Mais informações podem ser consultadas no site da Caixa ou diretamente pelo aplicativo Caixa Tem.

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