Saúde
Do benefício ao recomeço: por que a reabilitação profissional importa
Quando falamos sobre o auxílio-acidente, o olhar costuma recair sobre o aspecto legal ou financeiro do benefício. Mas, por trás de cada caso, existe uma história interrompida, uma trajetória que precisou ser revista e, muitas vezes, reinventada. O retorno ao trabalho após um acidente é um processo complexo, que exige muito mais do que liberações médicas ou documentos em dia, necessita de acolhimento, orientação e estrutura.
É a partir da experiência com assessoria especializada em vítimas de acidentes que compreendi, com profundidade, o verdadeiro impacto da reabilitação profissional.
Mais do que um recomeço, a reabilitação representa uma etapa realista, que deve ser planejada, humanizada e voltada para o futuro. Envolve escuta ativa, adaptação às novas condições de vida e trabalho, desenvolvimento de competências e, sobretudo, acompanhamento contínuo. É um processo que precisa ser tão técnico quanto sensível.
Nesse contexto, tive contato com inúmeras histórias que revelam como essa abordagem pode ser transformadora. Pessoas que, após longos afastamentos, reencontraram um caminho profissional, muitas vezes em áreas totalmente diferentes daquelas em que atuavam antes. Não se trata de “voltar ao que era antes”, mas de reconhecer potenciais, respeitar limites e descobrir novas possibilidades.
Uma profissional que, depois de um acidente de trajeto, passou a atuar com excelência na área administrativa. Um trabalhador que, ao conviver com uma limitação física, encontrou na tecnologia um campo propício para recomeçar. São casos que ilustram que a reinserção é possível e, mais do que isso, pode ser bem-sucedida e significativa quando há um suporte adequado.
Sabemos que o caminho até esse benefício costuma ser marcado por burocracia, dificuldades de comprovação e falta de informação, o que torna o momento ainda mais vulnerável para quem já está fragilizado. Muitas pessoas sequer sabem que têm direito ao auxílio-acidente ou enfrentam processos longos e desgastantes para conquistá-lo. Para as vítimas, o primeiro passo é buscar informação qualificada, orientação segura e apoio especializado.
É justamente aqui que contar com um apoio comprometido faz a diferença: ao esclarecer direitos, auxiliar na comprovação documental e viabilizar o acesso ao benefício, contribui-se para reduzir o peso de um momento delicado.
Diante disso, tão importante quanto garantir esse acesso é oferecer estrutura no pós-benefício. Se empresas e organizações conseguem facilitar e estruturar o que vem depois para seus colaboradores, oferecendo suporte de qualidade, garantem não apenas a continuidade do trabalho, mas uma chance real de reconstrução com dignidade.
É sobre fortalecer a autoestima de quem precisou parar e, agora, precisa de apoio para continuar. É, principalmente, reconhecer que nenhum talento deve ser descartado por causa de um imprevisto ou limitação permanente. É preciso criar condições reais para que a reinserção no mercado de trabalho seja mais do que um desejo — seja um direito garantido.
Por isso, cabe a nós, enquanto lideranças e profissionais envolvidos com gestão de pessoas, olhar com responsabilidade para esse processo. Promover e apoiar a reabilitação profissional é um ato de maturidade organizacional e, acima de tudo, de respeito ao ser humano. Afinal, quando criamos caminhos para que pessoas possam se reconstruir, estamos, na verdade, reconstruindo uma sociedade mais justa, inclusiva e empática.
*Sara Paes, Head Administrativa da DS Beline
Saúde
Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado
O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.
A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.
Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.
Situação da rede saúde local
Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.
“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.
De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.
Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.
Saúde
Brasil reafirma compromisso de reduzir uso de amálgama com mercúrio
O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.
Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.
Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.
Saúde
Nasce a Grão Consultoria em Negócios na Saúde
A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.
O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).
Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.
Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.
Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br
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