De nada adianta ter carros elétricos se aço continua poluindo’, diz VP da Brazil Iron

De nada adianta ter carros elétricos se aço continua poluindo’, diz VP da Brazil Iron

Guilherme Vito
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A sustentabilidade na indústria automotiva vai além da eletrificação dos veículos. Emerson Souza, vice-presidente da Brazil Iron, destacou nesta quarta-feira (17), na ABX25, a necessidade de integrar toda a cadeia produtiva para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.  

“A indústria automobilística foi uma das primeiras no mundo a se mover nesse processo, já pela eletrificação dos carros. Mas de nada adianta termos carros elétricos se a produção continuar sendo feita com um aço que, na sua geração, elimina uma grande quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera. A integração é fundamental”, afirmou Souza, em entrevista ao Times Brasil.

“O ferro verde é um insumo produzido a partir do minério de ferro tradicional, mas com um processo totalmente descarbonizado. Ele é o único insumo que possibilita a transformação em aço verde, ou seja, uma matéria-prima para carros e para a indústria de base sem emissão de gases de efeito estufa”, afirmou Souza.

Segundo o executivo, apenas 3% do minério de ferro do mundo possui essa capacidade, e que o Brasil, especialmente a Bahia, tem condições únicas para o desenvolvimento desse material. “O Brasil tem uma janela de oportunidade para entrar na vanguarda da descarbonização da indústria de base como um todo”, disse o executivo da Brazil Iron.

Ele também comentou a demanda internacional: “A Ásia e a Europa já estão vendo a necessidade de produzir aço verde. A corrida pelo material é grande, e a indústria automotiva é uma das primeiras a buscar esse produto para construir carros que sejam verdes não apenas na condução, mas também na fabricação”.

O projeto brasileiro da Brazil Iron na Bahia inclui três etapas de beneficiamento até chegar ao ferro verde, conhecido tecnicamente como HBI. “Além de gerar um produto mais amigável ao planeta, o processo cria empregos, arrecada impostos e aumenta o valor agregado da produção exportada”, concluiu.

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