Cultura
De caloura do Silvio Santos a destaque no teatro: Patricia Thomaz comemora indicação ao maior prêmio do humor no Brasil
A atriz está concorrendo ao Prêmio PRIO do Humor, criado por Fábio Porchat, na categoria melhor performance
Quando a mineira Patricia Thomaz sonhava, ainda na infância, em ser uma cientista renomada, nem imaginava que anos depois esse reconhecimento viria a partir das descobertas feitas no palco de teatro. Após diversos trabalhos na TV, no teatro e até no circo, a atriz foi indicada ao Prêmio PRIO do Humor, na categoria melhor performance com a peça “Vida Privada – A Comédia”, adaptação da obra de Luis Fernando Verissimo. Criada por Fábio Porchat, trata-se da maior premiação do país destinada a artistas e espetáculos teatrais de comédia. Ela concorre com nomes como Eduardo Sterblitch, Flávia Reis, Fernando Caruso e Otávio Muller.
– Foi uma surpresa tão gostosa! Eu quase desmaiei (risos). Quando recebi a informação, pensei: “não vou dar conta de receber esse negócio, não”. O João Neto, que faz a peça comigo, falava o tempo todo que eu seria indicada, mas não acreditava. Até que um amigo me disse para olhar a lista de indicados na rede social, mas estava sem internet para ver. Quando consegui acessar, apagaram a publicação. Minha primeira reação: “colocaram meu nome por engano” (risos). Republicaram depois e quando vi que estava lá, fiquei louca – revela a atriz com seu humor habitual.
Idealizada e adaptada aos palcos por João Neto, que também divide a cena com Patricia, e dirigida por Bernardo Dugin, “Vida Privada – A Comédia” faz um mergulho irreverente e reflexivo nas incoerências e hipocrisias da sociedade. Os atores vivem situações hilárias do cotidiano da tão diversificada e imprecisa classe média brasileira. Tudo isso apresentando o humor crítico, sarcástico e irônico de Luis Fernando Verissimo, tão aclamado pelo público. A peça estreou em outubro do ano passado, com temporada de grande sucesso e elogiada pela crítica, durante dois meses, no Teatro Candido Mendes, em Ipanema. Em março de 2024, fez duas apresentações lotadas no Teatro Municipal Raul Cortez, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Patricia Thomaz com João Neto na comédia Vida Privada – Crédito fotográfico Lucas Cézar
– Eu já conhecia o João de um curso que fazemos juntos em Laranjeiras, Artfiore. A gente sempre se dava muito bem quando fazíamos cenas juntos. Tínhamos química e nossas diferenças combinavam muito. O João, além de bom ator, é um artista muito generoso. O nosso processo foi leve e rápido. E estar em cena com ele é muito gostoso, pois a gente já se entende no olhar. O Bernardo eu não conhecia e foi uma das melhores pessoas que conheci em 2023. Um cara novo, inteligente e que conseguiu trabalhar nossas individualidades muito bem em cada cena. Ele nos deixou à vontade durante o processo e arrumava sempre soluções maravilhosas. E eu ficava encantada. Foi muito boa a troca entre nós três – recorda.
De artista de rua a “caloura” de Silvio Santos
Apesar do destaque recente no teatro, Patricia já possui longa trajetória em diferentes nichos. Formada no Teatro Universitário (UFMG) em 2007, foi indicada a melhor atriz coadjuvante no prêmio Usiminas/Sinparc (2014) com o musical “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, texto de Jorge Amado. Atuou no espetáculo ” A Dama Desnuda” com a grande dama do teatro mineiro, Wilma Henriques. Além disso, trabalhou durante 10 anos com o Projeto Escola, viajando pelo Brasil com espetáculos para crianças e adolescentes.

Patricia Thomaz com Wilma Henriques na peça A Dama Desnuda
– Queria ser cientista na infância, mas, em um espetáculo da escola, descobri meu amor pelo teatro. A minha mãe não aceitou e brigamos. Queria fugir de casa para viver meu sonho, mas aí ela começou a deixar de ser contra. Eu não conseguia viver mais sem aquilo. Aquela sensação de estar na frente de várias pessoas e poder encantá-las de alguma forma. Emocioná-las, fazer pensar, rir. Mas minha mãe tinha esperança de que eu desistisse, que seria apenas uma fase. E eu nunca mais parei. E nem vou. Independentemente de qual área da arte eu estiver, vou morrer artista. E hoje acredito muito nessa missão que é o riso. Não tem nada mais gostoso do que ver uma plateia inteira gargalhando – conta.
- Patricia Thomaz – Crédito fotográfico Renato Neto
Em Portugal, estudou circo na escola “Chapitô” e depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou por três anos com seu grupo de teatro de rua “Caras Pintadas”, que apresentava esquetes de textos de autores como Eduardo Galeano, Bertolt Brecht e Elisa Lucinda dentro dos ônibus, envolvendo teatro, música e poesia.
O seu primeiro trabalho no audiovisual foi a série de humor “Desjuntados”, da Amazon Prime Video. A partir daí, colecionou participações em diversas novelas, séries e programas, como “Um Lugar ao Sol”, “Além do Horizonte”, “Fuzuê” e “Linha Direta”, da TV Globo; “As Aventuras de Poliana”, no SBT; e “Impuros”, do Star+. Ainda na telinha, um momento especial que a atriz guarda na lembrança foi quando dividiu o palco com Silvio Santos e arrancou boas gargalhadas do “Homem do Baú” no Show de Calouros, apresentando a personagem “Juju”.
- Patricia Thomaz com a atriz Bárbara Paz nos bastidores da novela Além da Ilusão
- Patricia Thomaz com as atrizes Letícia Lima e Camila Nhary na série Desjuntados
– Descobri que queria ser atriz aos 16 anos. Mas, antes disso, era apaixonada pelo programa do Silvio Santos, em especial, pelo quadro de “Pegadinhas”. Queria muito ser uma versão feminina do Ivo Holanda. E conhecer o Silvio Santos passou a ser um sonho. Mas, quanto mais eu crescia e entendia o meio artístico, via que estava muito longe disso. Pensei em olhar caravanas para ir ao programa, mas nunca consegui. Aí eu desisti e aceitei que não ia ter jeito de conhecê-lo. Até que um dia, do nada, vi um anúncio de um teste para atores engraçados que cantavam. Mas não falava para que era o teste e nem onde. Mandei o material da minha personagem e fui chamada para o teste no SBT. Fiquei muito feliz, mas são tantos “nãos” nessa caminhada, que fui sem empolgação alguma e zero expectativa. Até descobrir que era para participar do “Show de Calouros” do Silvio Santos e que eu tinha sido aprovada. Foi uma emoção muito grande estar na frente dele – relata com carinho.

Patricia Thomaz com Silvio Santos no SBT
Apesar da emoção, ela relembra que a enorme repercussão que sua participação ganhou trouxe um certo “problema” curioso e engraçado.
– Me deu um apagão em vários momentos e saí da emissora chorando, pois não conseguia lembrar o que tinha falado, como tinha sido. Até o programa ir ao ar. E foi incrível! Na época, eu não tinha Instagram. Então, ingenuamente, dei o telefone para eles colocarem no ar. Foram tantas ligações de pessoas do Brasil todo querendo falar com a “Juju”, minha personagem, que tive que trocar de número (risos). Não dava conta de atender. E o telefone não parava de tocar. Foi uma loucura boa. Uma experiência única. Um sonho realizado – relembra com carinho.
Sem esconder a ansiedade da espera pela cerimônia de premiação, que acontecerá no fim de março, a atriz segue em cartaz com a peça e já prepara, com Dugin e Neto, “Vida Privada 2”, com detalhes ainda guardados a sete chaves.
Rede social de Patricia Thomaz: https://www.instagram.com/pattithomaz/
Cultura
Oficina gratuita de bambolê com Vulcanica Pokaropa neste domingo (09) na zona norte de SP
A artista circense Vulcanica Pokaropa promove a Oficina de Iniciação ao Bambolê neste domingo (09), das 14 às 16h, no Mundo Circo (Av. Cruzeiro do Sul, 2630, Carandiru), em São Paulo. A atividade presencial e gratuita faz parte do Projeto Tarântula Transita e é aberta para todas as pessoas, independente da experiência, tendo como público-alvo pessoas trans, travestis e não-binárias. As inscrições gratuitas podem ser feitas no local.
Para participar da oficina não é preciso ter bambolê. Quem tiver o equipamento pode levar. A prática da oficina terá atividades de aquecimento, preparação, técnicas iniciais de bambolê (spin, manipulação, malabarismo, entre outras). “Nossa ideia é proporcionar uma vivência que aproxime o público às artes circenses através do bambolê, que é a especialidade da Vulcanica Pokaropa”, explica o produtor Lui Castanho.
Esta será a terceira oficina, do total de 4 do Projeto Tarântula Transita, realizadas sempre com boa participação do público, desde crianças até adultos. A próxima será dia 18/11, das 19 às 21h, na Rede Sociocultural Travas da Sul, no Grajaú. “Os participantes experimentam diferentes técnicas de bambolê e para finalizar a experiência, fazem uma pequena demonstração coletiva”, conta Castanho.
O Projeto
O Projeto Tarântula Transita contempla o total de 10 apresentações em teatros na cidade de São Paulo, 4 oficinas ‘Iniciação ao Bambolê’ e um minicurso sobre ‘Humor e Dissidência’, ambas ministradas por Vulcanica Pokaropa. Também será exibido o documentário “Circo em Transição”, seguido de roda de conversa com Cia Fundo Mundo. Todos eventos são gratuitos. Acompanhe a programação nas redes sociais https://www.instagram.com/castanhoproducoes/ e https://www.instagram.com/vulknik/
A estreia foi nos dias 30 e 31 de agosto no Teatro Paulo Eiró, em São Paulo. Depois as apresentações foram dias 11 e 12/10 no Teatro Arthur Azevedo; dias 18 e 19/10 no Teatro Alfredo Mesquita; dias 25 e 26/10 no Teatro Cacilda Becker. As próximas serão dia 15 de novembro, às 20h30, no Teatro La Mimo e dia 16/11, às 15h, na Ocupação 9 de Julho.
A realização da Circulação Tarântula Transita é da Lui Castanho Produções Artísticas e de Vulcanica Pokaropa e foi contemplada pela 9ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Circo para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.
O espetáculo
O espetáculo Tarântula Transita, idealizado pela artista circense Vulcanica Pokaropa, é uma fábula sobre sonhos onde quatro amigas passam por adversidades e conflitos e, para chegar na tão sonhada ascensão que desejam, precisarão da ajuda do público. A peça tem duração de 50 minutos e classificação indicativa livre.
Para levar o público para um universo lúdico, a história é contada de forma bem humorada, utilizando bambolê, malabares, mágica e manipulação de bonecos. A narrativa do espetáculo é inspirada em estudos feitos sobre a Operação Tarântula, ocorrida no final da ditadura militar no Brasil. A história tensiona essa realidade do passado que ainda se faz tão presente.
Para Vulcanica Pokaropa, a expectativa é levar a circulação Tarântula Transita para públicos diversos. “Especialmente para aqueles que não têm acesso ao meu trabalho ou que ainda não conhecem. Acho importante essa troca, assim como criar redes, conhecer os teatros, outros artistas que participarão dos processos formativos e rodas de conversas e também as pessoas que não são artistas, mas que têm interesse. Quero criar esse diálogo com as pessoas”, pontua.
Serviço:
– Oficina de Bambolê com Vulcanica Pokaropa
Data: Sábado (09/11)
Horário: Das 14 às 16h
Local: Mundo Circo (Av. Cruzeiro do Sul, 2630, Carandiru), em São Paulo
– Atividade gratuita aberta a todas as pessoas.
Conheça os realizadores:
Vulcanica Pokaropa: Performer, poeta, artista visual, produtora cultural. Travesti formada em Fotografia, Mestra em teatro pela UDESC, Doutoranda em Artes Cênicas pela UNESP. Sua pesquisa aborda a presença de pessoas Trans nas artes do corpo. Integra a Cia. Fundo Mundo de Circo.
Lui Castanho: Circense e produtor cultural. Graduação em Produção Cultural (Belas Artes/SP), formado em Técnico de Atuação na Escola de Palhaços do Circo da Dona Bilica. Membro-fundador da Cia. Fundo Mundo, grupo de circo formado por pessoas trans. Realizador do Encuentro Latinoamericano de Circo LGBTIA+ desde 2019 e Coordenador Artístico da 23ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo.
Ficha Técnica do projeto:
Realização: Lui Castanho Produções Artísticas e Vulcanica Pokaropa
Direção de Produção e Produção Executiva: Lui Castanho
Identidade Visual e Ilustração: Marcos Fellipe
Fotografia e Redes Sociais: Danny Voir
Registo audiovisual e teaser: CircoLab
Assessoria de Imprensa: EBF Comunicação
Acessibilidade em LIBRAS: Coragem Criativa
Consultoria em LIBRAS: Yanna Porcino
Ficha Técnica do espetáculo:
Concepção e Atuação: Vulcanica Pokaropa
Direção: Cibele Mateus.
Criação Dramatúrgica: Cibele Mateus, Vulcanica Pokaropa
Dramaturgia Textual: Vulcanica Pokaropa
Provocação em comicidade: Karla Concá
Sonoplastia: Caê Coragem
Produção mix e master: Quixote 027
Figurinos e Adereços: Bioncinha do Brasil, Vulcanica Pokaropa, Nana Simões.
Cenário: Bioncinha do Brasil, Igor Costacurta, Marcos Ferreira, Vulcanica Pokaropa
Direção de arte: Vulcanica Pokaropa
Produção do espetáculo: Vulcanica Pokaropa
Colaboração Cênica: Fagner Saraiva, Noam Scapin, Lui Castanho
Desenho de Luz: Luz Lopes
Operação de Luz: Nero Heike
Operação de Som: Isadosky
Cultura
Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira apresenta concerto gratuito em homenagem a Tim Maia no Teatro RioMar Recife
Recife receberá pela primeira vez a Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira que, dia 11 novembro, apresenta no Teatro RioMar a turnê nacional em homenagem ao cantor e compositor Tim Maia, considerado um dos maiores nomes da MPB em todos os tempos. A iniciativa, que marca também a estreia do conjunto no Nordeste, integra o projeto Ídolos Orquestrados e oferece entrada gratuita.
Com regência do maestro Tiago Padim, o espetáculo reúne orquestra, vozes, balé e teatro, com mais de 40 artistas no palco interpretando sucessos como “Sossego“, “Azul da cor do mar”, “Gostava tanto de você”, “O descobridor dos sete mares”, “Você”, “Não quero dinheiro (só quero amar)” e “Do Leme ao Pontal”, entre outras canções de Tim Maia que fizeram a trilha sonora de diferentes gerações. O corpo técnico inclui nomes como Liege Milhioli (direção vocal), Malu Braga e Alana Felix (coreografia), Gabriel Oliveira (orquestração) e Anderson Rosa (texto e direção).
Já apresentado em Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Brasília e Belo Horizonte, o evento tem patrocínio da Med Senior, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), do Ministério da Cultura.
O ESPETÁCULO – Após o sucesso da primeira edição do projeto dedicada aos Beatles, é a vez de Tim Maia. A montagem do repertório, segundo o regente, foi um dos desafios para a concepção do espetáculo. “Selecionamos 21 músicas consagradas do cantor que tocam fundo no coração das pessoas e que também nos emocionam como músicos”, comenta. “Neste concerto, iremos mostrá-las em formato sinfônico, com instrumentos de banda junto a violinos, viola, violoncelos, flauta, fagote, oboé, trompete, entre outros. Trazer a obra de Tim Maia para o ambiente sinfônico é um desafio prazeroso e que vai exigir total dedicação por parte da Orquestra.”
A exemplo dos espetáculos anteriores da Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira, a homenagem a Tim Maia irá contar com número teatral. Os atores vão se apresentar juntamente com o balé a partir de um roteiro fictício preparado especialmente para o concerto. “Será uma história de amor contada ao som de Tim Maia a partir do encontro de um casal que se conhece e se envolve na década de 1990”, adianta o maestro.
A ORQUESTRA – Idealizada pelo regente Tiago Padim, a Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira se reuniu em agosto de 2022 e, desde então, dedica-se intensamente a ensaios, apresentações, seleção de repertório e gravação de áudios e vídeos para a construção do seu portfólio. Formada por 45 integrantes de 20 a 40 anos de idade, nasceu com a proposta de renovar o cenário da música orquestral produzida no Espírito Santo. Seu conceito consiste em unir a sofisticação de uma orquestra sinfônica com a execução de músicas populares contemporâneas, como a MPB, ritmos regionais, internacionais e clássicos do pop-rock.
A estreia para o público aconteceu em dezembro de 2022, no concerto especial de Natal, na Prainha de Vila Velha. Em 2023, o grupo apresentou o Concerto Especial Dia das Mães, no Teatro da Ufes, tendo como solista convidado o tenor Thiago Arancam. No mesmo ano, a OFMB recebeu como convidado o cantor Pedro Mariano, no espetáculo “Pra todo mundo cantar”, no Teatro da Ufes. Em 2024, o grupo lançou o Ídolos Orquestrados com versões de clássicos dos Beatles.
“Temos a diversidade em nosso DNA”, define o regente Tiago Padim. “Somos uma orquestra que une os instrumentos tradicionais sinfônicos a instrumentos de banda e elementos eletrônicos. Juntamos, no mesmo mundo, a música erudita e a música popular, para levar ao público uma experiência multimídia e multissensorial.”
O REGENTE – Tiago Padim iniciou os estudos musicais no piano, aos 4 anos de idade, mas foi somente aos 7 que conheceu o seu instrumento, o violino, na Escola de Música do Espírito Santo, atualmente Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira (Fames). Em 2010, funda a Allegretto Produções Musicais, a qual se destaca no cenário da música para eventos sociais, com mais de duas mil produções musicais. Ali, ele assina a sua marca na junção da música popular e erudita.
A partir de 2020, decide aprofundar os seus conhecimentos na área da regência, orientado pelos professores Eder Paolozzi e o renomado maestro Roberto Tibiriçá. Em 2022, lança a Orquestra Filarmônica Moderna Brasileira, por meio da qual reúne os seus dois grandes desejos: difundir a música de concerto e emocionar o público.
Ficha Técnica
Maestro e Produção Musical: Tiago Padim
Texto e Direção: Anderson Rosa
Coreografia: Malu Braga e Alana Felix
Direção Vocal: Liege Milhioli
Orquestração: Gabriel Oliveira
SERVIÇO
Ídolos Orquestrados: Tim Maia
Dia 11 de novembro (terça-feira), às 20h
Teatro RioMar: RioMar Recife – Av. República do Líbano, 251, Piso L4, Pina
Informações: www.teatroriomarrecife.com.br e @orquestrafilarmonicamoderna.br
Ingressos gratuitos disponíveis no site Uhuu.com
Link: https://uhuu.com/evento/pe/recife/idolos-orquestrados-tim-maia-15098
Duração: 90 minutos
Classificação: livre
Cultura
Mês da Consciência Negra: literatura como instrumento de reflexão, memória e resistência
Em novembro, o Brasil celebra o Mês da Consciência Negra, período dedicado ao reconhecimento da contribuição histórica, cultural e intelectual da população negra na construção da sociedade brasileira. A data central, 20 de novembro, homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência contra a escravidão, e convida à reflexão sobre o racismo estrutural, as desigualdades sociais e a urgência de políticas efetivas de inclusão.
Nesse cenário, a literatura surge como uma poderosa ferramenta de memória,
representação e transformação. Ao dar voz a narrativas silenciadas e revelar realidades frequentemente invisibilizadas, a produção literária contribui para ampliar perspectivas, sensibilizar leitores e promover diálogos essenciais sobre dignidade e justiça social.
É a partir desse compromisso que a escritora Isa Colli, autora de mais de 40 títulos, apresenta seu romance “Alice: amor, perda e renascimento”. A obra nasce de experiências vivenciadas pela autora ao longo de anos de atuação em projetos sociais nas comunidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde testemunhou desigualdades profundas, mas também gestos de afeto, força e reconstrução.
A protagonista Alice é uma jovem negra e pobre, moradora da Comunidade do Sapo, que enfrenta abandono, preconceito, violência e a falta de oportunidades. Para proteger seus irmãos e sobreviver, precisa tomar decisões difíceis em meio a um cotidiano marcado pela invisibilidade social.
O romance aborda temas como exclusão, adoções ilegais, discriminação, tráfico, prostituição e desigualdade urbana, mas também revela momentos de ternura, solidariedade e esperança, mostrando que, mesmo em meio ao caos, pode existir renascimento.
Para Isa Colli, a obra é um gesto de reconhecimento e respeito às mulheres negras que resistem todos os dias.
“Alice é um tributo às mulheres que resistem em silêncio, que enfrentam o sistema e, mesmo feridas, seguem em frente. Minha intenção é dar voz a essas histórias que raramente chegam ao centro da narrativa. É mais do que uma obra sobre dor; é sobre dignidade, resistência e a coragem de existir,” afirma a autora.
A capa, ilustrada por Ryan Casagrande e Yanderson Rodrigues, reforça o impacto visual da narrativa, traduzindo em imagem a força e vulnerabilidade presentes na personagem.
Mais do que um romance, “Alice: amor, perda e renascimento” dialoga com a realidade de milhares de brasileiras e convida o leitor a olhar para além dos estereótipos, reconhecendo vidas que merecem ser vistas, ouvidas e respeitadas.
Ao celebrar o Mês da Consciência Negra, a obra reafirma a importância de narrativas que humanizam, denunciam e transformam, contribuindo para uma sociedade que reconheça, de fato, a diversidade de suas vozes.
Para saber mais:
Site: www.collibooks.com
Instagram: @collibooks
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