Siga-nos nas Redes Sociais

Educação

Cursinho em periferia de PE amplia horizontes de professores e alunos

Publicado

em

Por

Cursinho em periferia de PE amplia horizontes de professores e alunos
© Arquivo pessoal

Na estrada de Jadson Franklin, de 21 anos, a paisagem reveste-se de sol a pino, asfalto quente e barulhos que atravessam a janela e a memória. Ele segue o caminho com pressa no olhar e livros nas mãos. No percurso de quase 100 quilômetros da cidade em que vive, na agrestina Bom Jardim (PE) para a litorânea Recife, o estudante de Letras da Universidade de Pernambuco (UPE) tem compromisso que o soergue e o emociona a cada sábado. Ele se transforma em professor voluntário em um curso pré-vestibular gratuito no bairro do Ibura, na periferia da capital pernambucana.

Percorrer a estrada para uma ação de solidariedade consiste, para ele, em um exercício de gratidão e esperança. A cada dia de aula, chegam a ele sentimentos que não podem ser traduzidos com exatidão pela Gramática, a disciplina que ele ensina para mais de 100 jovens que vivem em vulnerabilidade no bairro em que moram mais de 50 mil pessoas. O Pré-Vestibura, criado pela própria comunidade, é um exemplo de projeto social nascido para enfrentar limitações.

Todos os sábados, no projeto, sobram agradecimentos por parte dos alunos (antes, durante e depois das aulas), inclusive neste dia 11, Dia Internacional do Obrigado. Nessa estrada, as “recompensas” em forma de abraços e “obrigados” surgiram para além do que imaginava quando foi convidado para ser professor por uma amiga do curso.

 

Professor Jadson Franklin com os alunos ( no centro de camisa preta). Foto arquivo pessoal.

 

Os primeiros das famílias

Inscrevem-se estudantes que não têm dinheiro para pagar ensino privado, mas sonham, em geral, em serem os primeiros de suas famílias a chegarem ao ensino superior. Como foi o caso do próprio Jadson, com pai, pedreiro, e a mãe, doméstica.

Foi essa família “extremamente humilde”, como ele define, e também os mestres que conheceu no caminho que o impulsionaram a atravessar a estrada do conhecimento. O caminho faz lembrar versos do conterrâneo João Cabral de Melo Net (1920 – 1999) na poesia “Duas Águas”. “Lado a lado com gente/no meu andar sem rumor/Não é estrada curta/mas é a estrada melhor/porque na companhia de gente é que sempre vou”.

“Eu costumo dizer que eu sou fruto da educação da minha família e da boa vontade de muitos professores que passaram por minha vida”. Ele, que sempre estudou em rede pública, pensava que os professores poderiam chegar em sala de aula e se restringir em transmitir os conteúdos.

“Mas muitos iam além. Chegavam a mim e me encorajavam. Hoje, do lugar que estou, posso fazer um pouco do que fizeram por mim, como se fosse uma reparação”. Ele passou a enxergar na estrada de outros estudantes os mesmos solavancos que enfrentou para chegar ao ensino superior. Desconfianças, preconceitos, tempo escasso para estudar atravessado pela necessidade de emprego, ainda que precário… Hoje, para se manter, participa de projetos acadêmicos que rendem bolsas para pesquisa.
 

O universitário Wilber Mateus,  é estudante e professor de História do cursinho. Foto arquivo pessoal.

 

Espaço público

O curso pré-vestibular funciona atualmente numa estrutura municipal, o auditório do Centro Comunitário da Paz (Compaz) no Ibura, cedida para o projeto, que nasceu no ano de 2020. A ideia foi criada a partir de conversas de amigos sensíveis às dificuldades da comunidade. Em 2025, estão abertas 130 vagas (que é o número de cadeiras disponíveis no auditório utilizado).

Um dos criadores da iniciativa, o universitário Wilber Mateus, estudante e professor de História, de 26 anos de idade,  tem a expectativa de que mais de mil pessoas se inscrevam. Para selecionar, a equipe leva em conta informações dos candidatos que demonstram comprometimento com as aulas. Um princípio do projeto, segundo ele,  é que o trabalho coletivo pode ser um alicerce de transformação. Ele próprio também tem um caminho de correrias. Precisa equilibrar o tempo entre o curso universitário e o dia a dia de quem trabalha de “faz-tudo” numa pizzaria do bairro. Criado pela mãe garçonete e pela avó, doméstica, Wilber sabe que cada segundo de esforço precisa ser valorizado. “Eu trabalho para conseguir uma estabilidade melhor”. Ele sabe que essa é uma realidade da maioria dos estudantes: buscar não desistir dos estudos por causa da carga elevada de trabalho para pagar as contas.

A idealizadora do projeto foi a universitária de ciências sociais Barbara Kananda, hoje com 25 anos, nascida e criada na mesma comunidade. “Acabei me enxergando numa realidade em que a maioria de nós, jovens de periferia, precisa sair do nosso bairro para o centro para poder estudar em um cursinho”. Foi ela que fez a organização das aulas e buscou espaço para que tudo acontecesse. “Hoje eu faço parte da administração e busco ações e parcerias para o projeto (o que inclui tentar recursos para pagar o ônibus de professores voluntários ou palestras para tratar de saúde)”.
 

“Eu trago para os meus alunos a conscientização de que não é sobre a discriminação do ambiente, onde os sujeitos estão, que vai definir o que eles podem ou não ser, mas é a possibilidade do acesso à educação que vai diferenciá-los enquanto sujeitos que têm ou não a consciência desse direito”.
Professor Thiago Santos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

 

Dia do Obrigado:  Professor Thayso Wesley com os estudantes. Foto arquivo pessoal.

 

Além do conteúdo

O Pré-Vestibura tem como foco a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas, de acordo com o que pensa Wilber, Bárbara e os professores envolvidos no projeto, a principal intenção é ampliar a visão de mundo. “Lá trabalhamos para garantir esperança a esses jovens. Escolas ultrapassadas acabam matando o sonho dos alunos. No cursinho, trabalhamos com outra dinâmica”.

Ele, inclusive, gosta de se fantasiar de personagens para fazer atividades lúdicas sobre história. Um apoio vocacional ocorrerá na semana que vem, dia 13, quando os resultados do Enem serão publicados e os alunos deverão analisar se as suas notas são compatíveis com as faculdades e cursos que desejam.

Mais do que esse tipo de apoio, há uma atenção social e psicológica, com palestras e oficinas que ajudam a valorizar os direitos humanos, com pautas sobre combate ao racismo e à homofobia, sobre necessidade de cuidados com a saúde mental e discussões sobre prevenção a vícios. Falar de si mesmo é uma aula cujo conteúdo não cai no Enem, mas pode mudar as respostas sobre cada um.

O professor de sociologia Claudio Valente, que também faz parte da equipe de coordenação do projeto, valoriza o fato que, além dos cuidados programáticos, o cursinho trate sobre as realidades de vulnerabilidade do bairro e os processos de desenvolvimento e emancipação da comunidade.

“Eu sempre fui uma pessoa muito crítica da realidade que eu vivia”, afirma. Na faculdade, recorda que ouviu da professora que não seria possível mudar o mundo. “Uma ficha caiu pra mim. Eu não poderia mudar o mundo, mas pelo menos o meu bairro eu poderia tentar”.

Ele, que foi criado por mãe solo, valorizava o que ela fazia, trabalhando como lojista em shopping e tendo pouco tempo para descanso. Durante o ensino médio, Claudio, para ajudar nas contas de casa, fazia  bicos como pintor. Mas, enquanto andava pela cidade, ficava incomodado com o transporte demorado, o esgoto a céu aberto, ver amigos sendo presos e até assassinado. “Conversar sobre a realidade é fundamental para a formação intelectual e humana”, afirma. Valente se orgulha de professores atuais já terem sido alunos do cursinho.

Maysa, professora de Biologia do cursinho gosta de” ver os olhinhos dos alunos brilhando” depois que entenderam o assunto” – Foto arquivo pessoal.

“Olhos brilhando”

Um dos novos professores que já foi aluno do projeto é o atual universitário em engenharia da computação Thayso Guedes, de 20 anos. No cursinho, ele dá aula de matemática, uma das disciplinas mais temidas pelos vestibulares. Principalmente, segundo ele, por quem deseja seguir as carreiras de humanas e da saúde. “Acho diferente quando me chamam de professor e até de senhor, depois da aula e no meio da rua na comunidade, me pedindo ajuda com questões. Eles me agradecem. Eu fico surpreso e feliz”.

Ele estudou no cursinho em 2022 e ouviu dos professores e dos colegas de sala que poderia ter vocação para explicar o que ninguém entendia. “Eu mesmo amei o pré-vestibular porque era tudo muito interdisciplinar”, recorda. Sentiu a responsabilidade quando o professor Kleber Germano pediu que ele ajudasse os colegas nas correções dos exercícios. “Disseram de brincadeira que eu iria ser o professor do ano seguinte. Eu levei a sério e me inscrevi como professor voluntário”, sorri.

Kleber se empolgou com o pupilo. “É muito gratificante trabalhar ao lado desse rapaz com potencial grandioso”. Hoje, o ex e o novo professor dividem as aulas de matemática do cursinho. As aulas da disciplina são nos primeiros horários. Por isso, Thayso acorda antes das 7h, pega um ônibus e gosta de chegar antes de todos para deixar tudo preparado. Durante a semana, ele também estagia para conseguir recursos para manter o dia a dia e a vida de voluntário. O padrasto é autônomo e a mãe, doméstica. Ele não vê a hora de se formar, conseguir um trabalho remunerado, mas não pretende deixar a vida de doação aos sábados. 

Também ex-aluna do pré-vestibular, Maysa Ribeiro, de 20 anos, universitária de enfermagem, foi convidada para ensinar Biologia como voluntária durante a pandemia, em 2020, e no ano seguinte.  Como já estagia em unidade de saúde, ela busca organizar o horário com o objetivo de manter o sábado disponível para realizar a atividade que a encanta. “Eu gosto de ver os olhinhos dos alunos brilhando pra mim depois que entenderam o assunto que eu expliquei. A primeira vez que eu recebi um elogio, eu falei que nunca mais iria querer sair daquele lugar”.

 

Histórica desigualdade

Pesquisador da área de educação, o professor Thiago Santos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), contextualiza que a situação de comunidades, como a do Ibura, pode simbolizar as desigualdades que ocorrem no país, marcado por uma lógica historicamente racista, com pessoas colocadas à margem e empurradas para condições precárias de sobrevivência, incluindo a falta de acesso à educação.

Isso explicaria o fato de a comunidade ter que buscar se organizar por si própria. Além disso, as pessoas seriam levadas a não entender que têm direitos garantidos também vítimas de uma lógica da pobreza e escassez de serviços. “O Estado deve surgir como entidade forte para a superação de um panorama de desigualdade (…). É a consciência da possibilidade do acesso ao direito que faz com que os sujeitos queiram ter o direito”, diz o pesquisador, que é negro, nascido e criado em favelas de Peixinhos, na cidade de Olinda (PE), e Frei Damião, em Abreu e Lima (PE).

“Por meio da educação, eu tive a possibilidade de perceber que a minha vida poderia mudar e, consequentemente a vida dos sujeitos que moravam na mesma favela onde eu cresci. Majoritariamente, quando eu falava que morava na favela, as pessoas tinham medo de chegar perto de mim”, exemplifica o pesquisador. Apesar dos preconceitos que vivenciou no caminho, ele diz que foi na favela que aprendeu a respeitar as pessoas e a “ser gente”.

“Eu trago para os meus alunos a conscientização de que não é sobre a discriminação do ambiente, onde os sujeitos estão, que vai definir o que eles podem ou não ser, mas é a possibilidade do acesso à educação que vai diferenciá-los enquanto sujeitos que têm ou não a consciência desse direito”. Por isso, ele considera que propor pré-vestibulares gratuitos em comunidades é também uma ferramenta para a superação das desigualdades.

 

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje Leia Mais

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR Leia Mais

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR

Crédito:narith_2527/iStock Leia Mais

Quais os temas de redação mais pesquisados no Google para o Enem 2025?

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor Leia Mais

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor

Divulgação Leia Mais

Parceria entre MB e PUC Paraná aprimora plataforma de biblioteca digital

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje

Publicado

em

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Termina nesta sexta-feira (7), às 18 horas (horário de Brasília), o período de inscrições para o  vestibular indígena 2026 da Universidade de Brasília (UnB).

As inscrições dos candidatos indígenas devem ser feitas exclusivamente pelo meio virtual, direto no site específico do vestibular do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

O vestibular indígena é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UnB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A iniciativa tem o objetivo de promover o acesso deste público ao ensino superior.

As vagas deste processo seletivo são destinadas a quem busca o primeiro curso de graduação ou para quem nunca terminou um curso superior.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Quem pode se inscrever

O processo seletivo é destinado a selecionar exclusivamente candidatos indígenas que tenham cursado ou estejam cursando o ensino médio integralmente em escolas da rede pública.

Nos casos de candidatos que cursaram ou cursam o ensino médio na rede privada de ensino é necessário comprovar que o estudante foi beneficiado por uma bolsa de estudos integral ou parcial de, no mínimo, 50%.

Os candidatos que necessitarem de atendimento especializado ou desejarem usar o nome social devem sinalizar as respectivas opções no momento da inscrição.

Somente será permitida uma inscrição por Cadastro de Pessoa Física (CPF). O candidato que tiver concluído curso superior não poderá participar, em hipótese alguma, do vestibular, sob pena de imediata eliminação.

Por isso, no sistema de inscrição, o candidato deverá declarar que não concluiu a graduação em uma instituição de ensino superior.

Vagas

Ao todo, são 154 vagas em mais de 40 cursos de graduação oferecidos pela UnB, no primeiro e no segundo semestres de 2026. As vagas estão distribuídas nos campi Darcy Ribeiro (Asa Norte), Ceilândia, Planaltina e Gama, todos no Distrito Federal.

Os cursos de graduação são para cursos de bacharelado e licenciaturas nos turnos diurno e noturno. Entre eles, administração; engenharias mecânica, aeroespacial, automotiva e eletrônica; nutrição; psicologia; gestão de agronegócios; e saúde coletiva.

Confira aqui a lista de cursos e as respectivas vagas oferecidas no próximo ano letivo por turno.

Seleção

A seleção para ingresso nos cursos de graduação oferecidos pela UnB abrange as seguintes fases, de responsabilidade do Cebraspe:

  • aplicação das provas objetiva e de redação em língua portuguesa, no dia 7 de dezembro, de caráter eliminatório e classificatório;
  • avaliação de documentação e entrevista pessoal, de caráter eliminatório, de 8 a 10 dezembro;

Apesar das vagas serem oferecidas no Distrito Federal, as seleções serão realizadas nas seguintes localidades: Boa Vista (RR); São Gabriel da Cachoeira (AM); Tabatinga (AM); Brasília (DF); Canarana (MT); Cabrobó (PE), na Aldeia Sabonete – Escola Estadual Indígena Capitão Dena; e São Sebastião (AL), na Aldeia Karapotó Terra Nova.

O candidato deve também enviar documentos para a homologação da inscrição e anexar uma fotografia individual, tirada até seis meses anteriores à inscrição, em que necessariamente apareça a cabeça descoberta e os ombros do candidato.

Se a fotografia não obedecer às especificações do edital, o candidato poderá passar por uma identificação especial, no dia de aplicação das provas.

 

Fonte

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR Leia Mais

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR

Crédito:narith_2527/iStock Leia Mais

Quais os temas de redação mais pesquisados no Google para o Enem 2025?

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor Leia Mais

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor

Divulgação Leia Mais

Parceria entre MB e PUC Paraná aprimora plataforma de biblioteca digital

Afya Leia Mais

Primeira pós-graduação médica do Noroeste Fluminense oferece atendimentos gratuitos à população

Continue Lendo

Educação

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR

Publicado

em

O CurtaENEM encerra seu ciclo 2025 no Museu de Arte do Rio (MAR), no dia 08 de novembro, das 13h às 17h, com transmissão ao vivo gratuita pelo YouTube do CurtaEducação. O evento, que integra as ações do Mês da Consciência Negra, tem como tema “O Audiovisual como Ferramenta Antirracista” e reunirá professores, artistas e pesquisadores para uma tarde de formação, debate e celebração, com exibição de filmes, performances e o lançamento da nova ação: “Sua Aula no Cinema” — uma oportunidade única para educadores de todo o Brasil. O evento propõe uma reflexão sobre o papel do cinema na implementação da Lei 10.639/03, que determina o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas.

Mais do que um encerramento simbólico, o encontro será um espaço de troca, escuta e valorização docente que têm usado o audiovisual como instrumento pedagógico e político. Entre os convidados estão o professor e especialista em temáticas afro-diaspóricas Fábio Conceição, a poeta, compositora e atriz Carol Dall Farra e o cineasta e produtor cultural Dom Filó, fundador da CULTNE, o maior acervo virtual de cultura negra da América Latina e a mediação ficará por conta de Katia Montinelli, coordenadora pedagógica do CurtaEducação.

“Sua Aula no Cinema”: nova oportunidade para educadores
O evento também marca o lançamento oficial de uma ação inédita: “Sua Aula no Cinema”. Três professores que estiverem presentes no evento de 08 de novembro serão selecionados para ministrar suas próprias aulas em sessões de cinema, com suas turmas, ainda neste ano.

Cada educador contemplado receberá R$ 2.000,00 para planejamento, execução da aula e compartilhamento de um relato de experiência no site, tendo sua prática valorizada e colaborando com uma comunidade nacional de educadores; sessão exclusiva de cinema com transporte, pipoca e lanche para os estudantes; registro audiovisual profissional da experiência, que fará parte da série Aulas no Cinema – CurtaENEM. O prazo para envio dos planos é até 12 de novembro e mais informações no site https://curtaenem.org.br/noticias/encerramento-curtaenem-2025

“É uma oportunidade única para transformar o encerramento do ano letivo em um momento de celebração, pertencimento e reconhecimento profissional — levando os alunos para o cinema e colocando o professor no centro da cena”, comenta Katia.

Jonathan Neguebites e Vitorinha Destemida – dupla do duelo de passinho – encerram o evento e reforçam o compromisso do CurtaENEM com uma educação plural e antirracista.

Encerramento CurtaENEM 2025 – O audiovisual como ferramenta antirracista
Local: Museu de Arte do Rio (MAR) – Praça Mauá, 05 – Centro – Rio de Janeiro
Data e horário: 08 de novembro de 2025, das 13h às 17h
Transmissão ao vivo gratuita no YouTube no CurtaEducação
Convidados: Fábio Conceição, Dom Filó, Carol Dall Farra e Jonathan Neguebites e Vitorinha Destemida
Informações e inscrições: https://curtaenem.org.br/noticias/encerramento-curtaenem-2025
Gratuito
Obs: Senhas antecipadas para os inscritos no CurtaENEM ou que participaram dos eventos anteriores ou fazem parte do grupo no whattapp. E senha 30 minutos antes para os demais que queiram participar.

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje Leia Mais

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje

Crédito:narith_2527/iStock Leia Mais

Quais os temas de redação mais pesquisados no Google para o Enem 2025?

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor Leia Mais

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor

Divulgação Leia Mais

Parceria entre MB e PUC Paraná aprimora plataforma de biblioteca digital

Afya Leia Mais

Primeira pós-graduação médica do Noroeste Fluminense oferece atendimentos gratuitos à população

Continue Lendo

Educação

Quais os temas de redação mais pesquisados no Google para o Enem 2025?

Publicado

em

Crédito:narith_2527/iStock
Crédito:narith_2527/iStock

Dados do Google Brasil indicam que temas ligados a cidadania e diversidade seguem entre os mais procurados por futuros candidatos

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ao todo, o Enem 2025 registrou 4,81 milhões de inscritos confirmados. E à medida que a data se aproxima, cresce a mobilização entre estudantes em busca de estratégias para conquistar uma boa nota na prova.

 

De acordo com levantamento realizado pelo programa de bolsas de estudo Educa Mais, com base em dados do Google Brasil de 2025, as pesquisas por “tema de redação” tiveram um salto expressivo nas semanas que antecedem o exame, reflexo da importância que a produção textual tem no resultado final.

 

Entre os assuntos mais procurados, estão temas sociais e contemporâneos, que dialogam com as principais discussões da atualidade e costumam aparecer nas propostas do Enem. A pesquisa mostra que expressões como “redação sobre racismo” e “redação sobre saúde mental” lideram o ranking, com 5.300 e 3.000 buscas mensais, respectivamente.

 

Os temas de redação mais pesquisados em 2025

 

O levantamento do Educa Mais, feito entre janeiro e outubro de 2025, identificou os 15 tópicos mais buscados pelos estudantes que se preparam para o Enem.

 

De acordo com o professor de redação Bruno Cruz, em entrevista ao G1, esses assuntos refletem tendências sociais e educacionais, temas recorrentes na prova. “Tudo que é vivência, tudo que é debate social pode ser um recorte, pode ser um assunto trabalhado no Enem”, explica o professor, reforçando que o exame costuma abordar temas com relevância pública e potencial de reflexão cidadã.

 

Possíveis temas de redação do Enem 2025

 

Embora o tema oficial da redação só seja revelado no dia da prova, é possível identificar padrões a partir dos últimos anos. Desde 2010, o Enem tem priorizado assuntos relacionados a direitos humanos, cidadania, diversidade e inclusão.

 

Em 2023, por exemplo, o tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, enquanto em 2022 abordou “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

 

Para 2025, especialistas apostam que a redação pode girar em torno de educação digital, saúde mental entre jovens, combate à desinformação ou impactos da inteligência artificial na sociedade. Esses tópicos, segundo o portal Brasil Escola, aparecem com frequência nos debates escolares e refletem desafios contemporâneos do país.

 

Como se preparar para a redação do Enem

 

A estrutura da redação do Enem exige que o estudante desenvolva um texto dissertativo-argumentativo em até 30 linhas, apresentando tese clara, argumentos consistentes e proposta de intervenção.

 

Algumas estratégias de estudo podem ajudar na preparação, como:

 

  • Ler editoriais e artigos de opinião: amplia o repertório sociocultural e ajuda a estruturar argumentos.
  • Analisar temas de anos anteriores: compreender o padrão de abordagem facilita identificar tendências.
  • Treinar com cronometragem: simular o tempo de prova contribui para o controle emocional e de ritmo.
  • Fazer um teste vocacional: entender suas áreas de interesse pode direcionar melhor o estudo e aliviar a ansiedade na escolha profissional pós-Enem.

 

O que é o teste vocacional e como pode ajudar?

 

O teste vocacional é uma ferramenta que ajuda estudantes a compreenderem melhor suas habilidades, interesses e valores profissionais. Por meio de questionários e análises de perfil, ele identifica áreas de conhecimento e possíveis carreiras que se alinham à personalidade e às aptidões do participante. 

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje



Leia Mais

Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR



Leia Mais

CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor



Leia Mais

SNE é sancionado: novo sistema nacional de educação entra em vigor

Divulgação



Leia Mais

Parceria entre MB e PUC Paraná aprimora plataforma de biblioteca digital

Afya



Leia Mais

Primeira pós-graduação médica do Noroeste Fluminense oferece atendimentos gratuitos à população




Continue Lendo

Em Alta

Copyright 2018 - 2025 Gazeta24h. Rede de Sites Br. Todos os direitos reservados.