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Copa Feminina de Futebol Fifa e seus desafios é tema de discussão do VI Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo, uma realização do Núcleo de Pesquisa em Turismo da Unigranrio

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Copa Feminina de Futebol Fifa e seus desafios é tema de discussão do VI Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo, uma realização do Núcleo de Pesquisa em Turismo da Unigranrio
Foto Marcelo Cortez
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Integrando a academia, o mercado, o setor público e a sociedade civil, o VI Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo aconteceu no último dia 03, no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. O evento gratuito foi sucesso de público.

Idealizado pelo Núcleo de Pesquisa em Turismo da UNIGRANRIO, com coordenação de Paola Lohmann, professora do programa de pós-graduação em Administração na Unigranrio, desenvolvido em conjunto com a pesquisadora Kaarina Virkki, e com apoio e financiamento da FAPERJ, o evento teve por objetivo estimular a interação entre os diferentes atores de turismo, trazendo nesta edição algumas reflexões e contribuições para a Copa Feminina de Futebol, que será realizada em 2027, no Brasil.

O primeiro painel do dia, “Desafios do Turismo” teve início com a fala da professora Paola Lohmann. Segundo ela, esta edição do evento trouxe discussões mais voltadas para a agenda do futebol feminino para além dos gramados. Rejane Prevot, coordenadora do programa de pós-graduação em Administração da Unigranrio reforçou o papel da academia na geração de dados, pesquisas e articulação com o mercado. Philipe Campelo, superintendente da vice-governadoria do estado do Rio de Janeiro, ratificou que sem indicadores não dá para saber onde o turismo no Rio de Janeiro está e, se não há essa consciência, não tem como saber onde vai chegar, porque não existem dados concretos. Segundo ele, coletar esses dados é o papel da academia para o setor.

Davi Silva, pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Unigranrio destacou a importância da Universidade e dos editais de fomento para o desenvolvimento de estudos nas diferentes áreas de conhecimento. Para fechar o primeiro painel do dia, Ricardo Matias, assessor da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) destacou a necessidade de se olhar para este megaevento e o impacto na cadeia produtiva para a cidade, principalmente no turismo. Segundo ele, é uma oportunidade para fomentar e valorizar o futebol feminino, o trabalho das mulheres e iniciativas como a deste evento, não podem parar. Ricardo falou também da necessidade de ter indicadores e números, para analisar a performance e o alto desempenho.

O segundo painel, “Ecossistema do Turismo” teve início com Luciana Antunes, professora do Fundamental 1 do Instituto Gaylussac, de Niterói. Ao longo de sua apresentação, foi possível verificar como um projeto pedagógico utilizou o futebol como ferramenta para desenvolver as competências culturais, sociais e cognitivas dos alunos, assim como o trabalho em equipe, fair play, com a possibilidade de ir além do esporte e do jogo em si, como refletir sobre diversidade e valores, como respeito e igualdade. O projeto também trabalhou com o estimulo da habilidade de pesquisa, a produção escrita e a oralidade, promovendo a criatividade, a cooperação por meio de atividades coletivas, envolvendo a Educação Física para explorar aspectos técnicos e táticos do futebol e a arte, trabalhando os valores éticos no esporte e na vida.

Em seguida, Ana Cristina Picinin, doutoranda e pesquisadora pela Universidade Alemã do Esporte abriu sua explanação falando sobre a história do futebol feminino que sempre existiu, mas no entanto não tem a mesma visibilidade que o masculino. Ao entrar no mundo do Futebol Feminino, a pesquisadora confirmou a tese de que o esporte é muito machista, criado por homens e para homens.

É um lugar de afirmação da masculinidade, que tem uma resistência enorme quanto a mulher assumir o papel de se tornar figura ativa nesse esporte.

As mulheres quando resolveram jogar bola foram perseguidas, inclusive com o apoio de artigos científicos que surgiram na época para dizer que fazia mal para a saúde feminina praticar futebol. No Brasil, a prática de mulheres no futebol era proibido por lei. Desse período até a Copa do Mundo de Futebol Feminino FIFA aconteceu muita coisa, que envolveu muita resiliência. Para ela, o Futebol Feminino é inclusivo, plural e acessível. A vitória vai além dos clubes, é coletiva, representa muito mais que uma modalidade, é uma luta, o protagonismo feminino, não só do feminino, mas de todo tipo de diversidade.

Romulo Macedo, mestre em Experiência do Consumidor pela OBS Business School ressaltou que com a Copa do Mundo Feminina de 2027, o Brasil volta ao calendário de megaeventos e serão diversas as oportunidades. Para ele, o brasileiro somou os seus soft skills, como a empatia, o comprometimento, o trabalho sob pressão e as decisões rápidas, com o planejamento internacional que as instituições, como o COI e a FIFA trouxeram. Hoje, existem brasileiros em posição de destaque em eventos e entidades no mundo inteiro. A população do país é uma mão-de-obra reconhecida como capaz de realizar e com know-how para executá-los.

Macedo observou também a importância de entender quem é o consumidor do futebol e quem são esses torcedores. Trazer e estudar esse futebol para além do campo e da bola é necessário. O crescimento técnico do Futebol Feminino é inegável e o poder social é maior do que o masculino, com um poder de transformação enorme. A sociedade precisa começar a pensar no Futebol Feminino como um produto separado, não como um subproduto do masculino, é um outro produto e um outro consumidor. Não existe essa comparação de gêneros em outros esportes, como por exemplo vôlei, basquete e ginástica artística. É preciso pesquisar e entender o produto do Futebol Feminino e tirar da sombra do masculino, disse Macedo.

“Retomada do Turismo no pós-pandemia”, terceiro painel do dia, teve como integrantes Kaarina Virkki, pesquisadora pelo Núcleo de Pesquisa em Turismo da Unigranrio e Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro, coordenador do curso de Educação Física da Universidade Santa Úrsula.

Kaarina apresentou os dados da pesquisa que foi realizada pelo Núcleo de Pesquisa em Turismo da Unigranrio, em parceria com a Unirio, em Paris, sobre os Jogos Olímpicos 2024. Segundo ela, a imagem da cidade foi beneficiada pela realização do megaevento. Assim como nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016), foi observado que a maioria dos respondentes da pesquisa em Paris concorda que o megaevento promove atividades turísticas, sinalizando que promove melhorias duradouras no esporte. Por outro lado, evidencia-se aumento de preços (fato este que é recorrente em outros eventos pesquisados). Os preços estavam, muitas vezes, abusivos, nos estádios e na cidade como um todo.

A qualidade da alimentação nada saudável nos estádios também foi questionada, juntamente com os valores abusivos. Ter atenção a este aspecto é de grande relevância para se pensar em uma Copa feminina mais inclusiva e com a prática de preços mais responsáveis. É também necessário um trabalho de gestão e melhoria na comunicação sobre as interdições e acessos da cidade nesses megaeventos, com a utilização de melhor informação tanto para residentes quanto para turistas.

Kaarina relembrou que durante a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, foi dito que o evento era a Copa da família, porque as pessoas aproveitavam que havia jogos em diversas cidades sedes do país para rever amigos em outras cidades do Brasil. Deseja-se que este mesmo espírito seja visto no país em 2027.

Carlos Henrique de Vasconcellos Ribeiro, coordenador do curso de Educação Física da Universidade Santa Úrsula trouxe em sua apresentação uma série de dados sobre diferentes esportes no Rio de Janeiro e o crescimento e a importância deles para o calendário turístico da cidade. Segundo ele, há necessidade de uma prática mais regular do esporte e também, uma urgência de políticas públicas para esta pauta que é de grande relevância para a cidade.

No quarto painel, “Inovação de Forma Integrada” ouvimos Luciana Lopes, advogada pós-graduanda em Direito Desportivo e membro da Academia Nacional de Direito Desportivo. Para ela, a Copa do Mundo Feminina, dentro de uma visão empreendedora, já começou desde o dia em que o Brasil foi eleito como sede para receber esse megaevento esportivo. Luciana, que atua no Futebol Feminino há 15 anos pela Federação de Futebol do Estado do Rio afirma que é uma luta constante trabalhar com essa modalidade. Para se ter uma ideia, as jogadoras não têm vestiários próprios e adequados, e muito menos os mega salários como no masculino.

De acordo com a advogada, a Copa do Mundo Feminina de 2027 pode ser definida pela palavra oportunidade. Oportunidade para o turismo e para o empreendedor. Luciana diz que não tem como falar sobre empreender no Futebol Feminino sem a gente trazer uma visão do caminho trilhado para chegar até aqui. Destacou como a maior luta na modalidade, a oportunidade para gerar visibilidade e patrocínio e, assim, elas mostrarem o seu talento.

O Futebol Feminino tem uma particularidade que não existe no futebol masculino. É um esporte inclusivo que desempenha um papel vital na promoção da igualdade de gênero, empoderamento feminino, quebrando estereótipos inclusive de orientação sexual, inspirando novas gerações, construindo referências positivas e contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e justa. O desafio, segundo Luciana é olhar para esta Copa do Mundo, para estas mulheres que vão chegar ao Brasil e entender como a marca e o setor podem aproveitar esta oportunidade.

Carlos Augusto, professor de Educação Física e Diretor Executivo do Centro Avançado Reservado para a Preparação de Alunos Atletas falou sobre o grande desafio do futebol feminino na categoria de base: a falta de infraestrutura e o investimento limitado. O Futebol Feminino no Brasil está muito aquém do que é a modalidade em vários outros países. Carlos esteve na Itália no mês passado e pode constatar como a base do esporte na categoria feminina é levada tão a sério quanto o masculino, com competições, campeonatos, público aberto.

Carlos comentou ainda a fala do assessor da presidência da CBF que colocou da obrigatoriedade dos clubes da “Série A” em terem o Futebol Feminino, mas apontou para a prática que não funciona dessa maneira. Alguns clubes pegam equipes militares e colocam para representar a camisa do seu clube, largando a base de mão. Como formar atletas se não há uma piramidal?

A captação da atleta feminina acontece quase que por acaso, em alguns clubes e escolas que disputam campeonatos, em que até os 15 anos, meninas e meninos jogam juntos. Não temos categoria de base sendo jogada de forma federativa e isso é bastante complicado. Ainda precisamos lidar, segundo ele, com o preconceito em relação ao futebol feminino que começa no ambiente familiar e encontra eco tanto na escola quanto na sociedade.

O investimento na base é necessário. Clubes e federações precisam se comprometer com políticas concretas. É necessário ter campanhas educativas e uma maior visibilidade, além de uma maior cobertura dos eventos por parte das emissoras de televisão na transmissão dos jogos da primeira divisão feminina, concluiu Carlos Augusto.

Este painel abordou além do esporte, a saúde. Alysson Gomes, médico especialista em cirurgia geral, coloproctologia e Diretor Geral da Policlínica da Unigranrio iniciou sua fala apresentando, o conceito de saúde segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): “Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não só, e não somente ausência de doença”. Ou seja, para ter saúde não precisa estar doente e tem que estar pleno das minhas capacidades físicas, mentais e sociais.

E aqui entra o turismo de saúde que combina viagens para locais fora de domicílio com o objetivo de tratamento médico e afins ou de bem-estar. Desde o antigo Egito as pessoas já viajavam em busca de banhos medicinais e para tratamentos. Mas o mundo vem evoluindo e com a globalização, mudanças de comportamento.

Megaeventos como a Copa do Mundo de Futebol Feminino FIFA, podem ser utilizados para divulgar esse tipo de turismo. O Brasil é um dos principais polos de saúde para turismo e no Rio de Janeiro há profissionais de saúde renomados que atraem turistas de todo o mundo, com destaque para as áreas de plástica e odontologia. A cirurgia ortopédica também é muito visada nesse tipo de turismo na cidade.

Para Paulo José Macedo, médico cirurgião e professor da graduação de Medicina da Unigranrio, o turismo de megaeventos perpassa pelo turismo de saúde, sendo uma oportunidade não só de promover a cidade, mas de promover a segurança em relação à saúde que a cidade pode proporcionar para esses turistas. A Copa do Mundo Feminina de 2027 ainda tem certas características especiais em relação aos eventos passados.

O público desse megaevento será diferente dos outros eventos esportivos no país e é preciso pensar em especialidades como a ginecologia e como os profissionais da área podem estar a postos para as atletas e para a população. O objetivo é ver a percepção desse turista em relação a sua segurança no Rio de Janeiro, já que algumas coisas foram modificadas depois da Copa do Mundo de 2014, sobretudo por conta da Covid-19, quando a questão da vacinação ficou muito mais em voga, não somente em relação ao próprio vírus, mas a outras tantas doenças. E aqui é importante deixar registrado que a iniciativa não passa só pelo preparo da iniciativa privada, mas também pelo setor público de saúde.

O quinto painel, “Redes de Empreendedorismo” contou com a participação de Aline Barreto, Gestora de Projeto de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas do SEBRAE/RJ; Kamila Mouza, Subsecretária de Turismo e Marketing de Nova Friburgo/RJ; e Ricardo Nascimento, Conselheiro Anjo da PUC Engels e membro da Comissão Especial do Trabalho e da Empregabilidade pelo CRA-RJ.

Aline reforçou a questão de que a Copa do Mundo Feminina de 2027 já está acontecendo e quem quer empreender precisa ter esse olhar e se preparar desde agora, para conhecer o cenário, em que o grande desafio é desmistificar o preconceito da mulher no futebol. É preciso olhar para as oportunidades.

Assim como o futebol feminino, até bem pouco tempo o skate também sofria um grande preconceito na sociedade, era um esporte criminalizado. Atualmente, o Brasil tem uma das principais atletas nessa categoria, a Fadinha, Rayssa Leal, e o mercado mudou, está totalmente aberto para as competições da modalidade

O skate está tendo muito espaço na mídia, porque está tendo uma cadeia produtiva importante e, enquanto a cadeia produtiva não identificar o mercado do Futebol Feminino como uma grande oportunidade de negócio, ele vai andar numa velocidade muito devagar, ressaltou Aline.

Não dá para esperar, em 2027 já é preciso ter know-how para trabalhar. Quem trabalha com grandes eventos tem que começar a olhar em qual elo dessa cadeia se encontra para aproveitar as oportunidades. Para fechar a sua fala, Aline destaca que o Sebrae se posiciona como um grande impulsionador de novos negócios nesse mercado de bem-estar e saúde. Ainda aponta a vocação natural do Rio, um estado que tem um litoral com uma grande beleza e turismo em regiões que agregam em outros produtos de marca, que a eles se conectam.

Kamila Mouza, Subsecretária de Turismo e Marketing de Nova Friburgo/RJ, reforçou a posição Nova Friburgo que vai muito além de um lugar que produz lingerie. Nesse sentido, a Secretaria de Turismo da cidade vem trabalhando sob o “slogan”: “Nova Friburgo: um só lugar, vários destinos”, por acreditar que a cidade é plural, oferecendo diversas oportunidades. A Copa do Mundo Feminina é vista como uma grande oportunidade para o setor trabalhar produtos voltados para esse público feminino, exclusivamente para quem joga futebol, focando em produtos mais personalizados.

Ricardo Nascimento colocou em pauta o impacto do empreendedorismo feminino como instrumento de inclusão e transformação social, principalmente para mulheres jovens da Baixada Fluminense. Grande parte dessas mulheres quando entram no mercado de trabalho acabam sendo impossibilitadas, porque não conseguem enxergar perspectivas de crescimento e o empreendedorismo acaba sendo uma grande oportunidade.

O empreendedorismo é uma das formas pela qual as pessoas entram no mercado de trabalho pela porta da frente, principalmente em termos de Brasil, onde a discriminação e preconceito contra mulher é muito grande. A Copa do Mundo Feminina, em 2027, representa uma grande oportunidade.

O sexto e último painel do evento, “Transformação Digital” foi iniciado por Marcos Ferreira, engenheiro da 2Flex. Para ele, ao pensar em inovações na área de TI e Telecomunicações, precisamos vislumbrar no que pode acontecer daqui para frente, ainda mais quando falamos de um evento que vai acontecer em 2027. Quando se fala em grandes eventos, a tecnologia é um assunto sempre desafiador, demora para ser implantada.

Nesses megaeventos os governantes pensam em grandes obras de infraestruturas, mas se esquecem de pensar se, por exemplo, em um estádio vai ter banda larga para todos usarem a internet. Hoje, já existe o 6G, mas o 5G mal funciona em todos os espaços no Brasil. O ano de 2027 está muito próximo para implementar novidades tecnológicas robustas. A tecnologia de BIG DATA é uma tecnologia que pega dados massivos, que analisa os dados de forma especial e individualizada e para usá-la, precisa-se de um Data Center especializado. É importante pensar em centros de dados no país. A Inteligência Artificial é um modelo de tecnologia que pode ser usada em um megaevento com resultados muito positivos, no entanto, precisamos estar preparados.

A segurança é outra questão muito importante. Precisamos oferecer segurança para receber e armazenar dados, sem a exposição desses dados. A tecnologia pode e deve ser usada a favor da informação e, também, de tradução, que para nós é questão fundamental se levarmos em conta que somente uma minoria da população brasileira domina um segundo idioma.

A legislação da Lei Geral de Dados e a sustentabilidade também são importantes para entender como a tecnologia pode ajudar nisso. É preciso pensar na tecnologia agora.

Para Renata Haje, consultora em Inovação e Capacitação de Recursos e Coordenadora da Comissão de Direito da Pequena e Média Empresa da Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB/RJ), hoje, o Brasil vive um cenário que traz dados que ainda espantam, como a tecnologia não ter conseguido acompanhar a chegada dos megaeventos. O mercado é super qualificado, mas o Brasil não traz esse retorno.

Cíntia Berlem, produtora de futebol da TV Globo e Sportv afirmou que é uma grande oportunidade para pensar como a FIFA quer deixar como legado da Copa do Mundo Feminina de 2027 a não violência contra mulher, contra o assédio e racismo.

Nos Jogos Olímpicos de Paris (2024), a Globo fez uma avaliação de público e esportes mais vistos e o Futebol Feminino ficou em primeiro lugar, o que representa uma enorme porta de entrada, mesmo sendo um esporte com investimentos pontuais. Há de se investir mais e melhor, porque existe retorno para as marcas. A Tarciane, por exemplo, que veio do “Daminhas da Bola”, de Duque de Caxias, foi a maior venda do Futebol Feminino. O retorno dessa audiência comprova, mais uma vez, que o Futebol Feminino tem potencial não só de gerar influência em meninas, mas potencial financeiro para as empresas entrarem nesse ciclo.

O fortalecimento do Futebol Feminino, principalmente, mostra o novo cenário, que é o protagonismo das mulheres, é valorizado e, com isso, quem entra nessa trilha será precursora em ganhos que vão desde a marca e a popularidade da empresa.O Brasil tem um grande potencial para o esporte feminino, especialmente para o futebol feminino, o que é muito positivo para o país, que vai receber a Copa do Mundo, em 2027.

A Copa Feminina de 2019 teve uma audiência de 993 milhões de telespectadores na TV e outros 482 milhões em plataformas digitais. Na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia (2023) foram 570 milhões de dólares, que garantiu o sucesso do evento. Ou seja, a FIFA não teve qualquer tipo de prejuízo como ela já teve em anos anteriores. A competição se pagou e deu lucro.

O Mundial de 2023 alcançou outras marcas inéditas 1,97 milhões de torcedores nos estádios como país. 650.000 pessoas na “FIFA Fan Fest” na Austrália e Nova Zelândia e uma audiência global de 2 bilhões de pessoas assistiram os 64 jogos. Essa foi a primeira Copa com a implementação das “Fan Fest” para a modalidade feminina.

O Brasil jogou na Austrália, fez dois amistosos agora nessa última data FIFA do ano. Foi observado que um grande número de meninas australianas estão vivendo o legado da Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia e isso é muito positivo.

O olhar para o Futebol Feminino deve ser sem comparações com o masculino. Quando a gente compara com o masculino, a gente se dá mal, porque o masculino não foi proibido por muitos anos, por exemplo. As Ligas Femininas, começaram a ser permitidas a partir da década de 80. O Futebol Feminino deve ser pensado como um produto com muitas oportunidades, um produto inovador e que está começando agora. É uma porta de entrada com 1001 possibilidades e oportunidades.

Para ela, o Brasil tem um potencial, tem uma caminhada de alguns anos até a Copa de 2027, e cabe a população estar ligada nesse mercado, até mesmo como forma de potencializar e se beneficiar em cada uma das esferas possíveis.

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