O equilíbrio dos níveis de glicose no sangue vai muito além da prevenção do diabetes. Cada vez mais evidências apontam que o controle glicêmico adequado está diretamente ligado ao sucesso no emagrecimento e, principalmente, à manutenção do peso saudável a longo prazo. Essa relação é especialmente relevante em pacientes com resistência à insulina, síndrome metabólica ou com dificuldades recorrentes para perder peso, mesmo seguindo planos alimentares estruturados.
Quando falamos em emagrecimento, muitas estratégias são baseadas em restrição calórica ou na prática intensa de exercícios. No entanto, um fator frequentemente negligenciado é a resposta glicêmica do organismo.
Picos de glicose e insulina após refeições ricas em carboidratos não apenas dificultam a queima de gordura, como também estimulam o armazenamento de tecido adiposo, especialmente na região abdominal. Além disso, promovem variações de energia e aumento do apetite, prejudicando a adesão a qualquer plano alimentar.
O papel da insulina no armazenamento de gordura
A insulina é um hormônio anabólico, ou seja, sua função principal é favorecer o armazenamento. Após uma refeição, especialmente rica em carboidratos simples, os níveis de glicose aumentam rapidamente na corrente sanguínea. O pâncreas responde liberando insulina para transportar essa glicose para as células, onde será utilizada como energia ou armazenada.
O problema surge quando esse ciclo se repete com frequência e de forma exacerbada. Altos níveis de insulina no sangue, um quadro conhecido como hiperinsulinemia, favorecem o acúmulo de gordura, dificultam sua mobilização e reduzem a sensibilidade dos tecidos ao hormônio. O resultado? Um metabolismo mais lento, maior tendência ao ganho de peso e mais dificuldade em emagrecer.
Esse ciclo também impacta a sensação de saciedade. Após um pico de glicose e insulina, a tendência é uma queda abrupta nos níveis de açúcar no sangue, o que desencadeia fome precoce, especialmente por carboidratos. Assim, o paciente entra em um círculo vicioso de alimentação impulsiva, oscilações energéticas e acúmulo de gordura.
Controle glicêmico como estratégia de emagrecimento
Adotar um plano alimentar com baixo índice glicêmico, priorizando alimentos que promovem liberação gradual de glicose, é uma das abordagens mais eficazes para quem busca não só perder peso, mas manter a saciedade, regular o apetite e melhorar a composição corporal. Isso também favorece a oxidação de gordura como fonte de energia, ao invés do armazenamento contínuo.
No entanto, em muitos casos, especialmente quando há resistência à insulina ou disfunções metabólicas pré-existentes, a alimentação por si só não é suficiente para regular o metabolismo de maneira eficiente. Nessas situações, a combinação de alimentação adequada, atividade física regular e suporte com suplementação pode fazer toda a diferença, sempre com o acompanhamento de profissionais da saúde.
Uma solução eficaz para o controle glicêmico
Uma alternativa promissora no manejo metabólico é o uso de substâncias que modulam a absorção de carboidratos e evitam picos glicêmicos. Produtos que atuam na inibição da enzima alfa-glicosidase, responsável por quebrar os carboidratos no intestino, têm mostrado resultados clínicos consistentes.
Entre essas opções, destaca-se o Controla®, uma solução para o controle glicêmico, desenvolvido com Reducose®, um extrato natural padronizado em 5% de 1-desoxinojirimicina (DNJ). Esse ativo age diretamente na digestão de carboidratos, retardando sua absorção e, consequentemente, prevenindo os picos glicêmicos e a sobrecarga de insulina.
Estudos clínicos demonstram que o uso do Controla reduz a glicose pós-refeição em até 40% e a produção de insulina em mais de 40%, sem os efeitos colaterais comumente associados a outros inibidores de carboidratos. Essa estabilidade glicêmica favorece não só o controle de peso, mas também o bem-estar, a saciedade e o equilíbrio metabólico do paciente.
Por atuar diretamente no metabolismo da glicose, o uso de Controla® deve ser feito com prescrição e acompanhamento médico. Isso garante não apenas a segurança do paciente, mas também a eficácia do protocolo individualizado, especialmente em casos de resistência à insulina, síndrome metabólica ou pré-diabetes.
Resistência à insulina e acúmulo de gordura visceral
Outro ponto importante é a relação entre resistência à insulina e o acúmulo de gordura abdominal, um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, disfunções hormonais e inflamação crônica. A gordura visceral não responde da mesma forma aos estímulos para queima calórica, tornando-se mais difícil de ser eliminada quando o controle glicêmico está desregulado.
Ao estabilizar a glicose e a insulina, é possível reduzir o estímulo ao armazenamento de gordura nessa região. Além disso, o metabolismo começa a priorizar a queima de gordura como fonte de energia, promovendo um emagrecimento mais eficiente e saudável.
Efeito rebote: como a instabilidade glicêmica sabota o emagrecimento
Dietas restritivas são conhecidas por provocar perda de peso rápida, mas em muitos casos seguidas por um reganho ainda maior, o chamado efeito rebote. Isso ocorre porque a privação alimentar acentuada desregula a glicose e a produção de insulina, favorecendo a compulsão alimentar e a recuperação do peso perdido.
Evitar grandes oscilações glicêmicas é uma das formas mais eficazes de prevenir esse ciclo. Um metabolismo estável responde melhor às estratégias nutricionais e hormonais, permitindo que o emagrecimento ocorra de forma sustentável, sem prejuízo à saúde metabólica ou emocional.
A relação entre controle glicêmico e emagrecimento é profunda e multifatorial. Pacientes que enfrentam dificuldades para perder peso, mesmo com alimentação e exercício, devem investigar possíveis alterações no metabolismo da glicose e da insulina. Quando há instabilidade nesses parâmetros, o corpo resiste aos estímulos de emagrecimento, favorecendo o armazenamento de gordura, o aumento do apetite e a fadiga persistente.
Mais do que apenas contar calorias, é essencial promover um ambiente metabólico favorável à queima de gordura e à manutenção de um peso saudável. Para isso, estratégias como alimentação com baixo índice glicêmico, prática regular de exercícios e o uso de suplementos com respaldo científico são aliados importantes no processo de emagrecimento duradouro.
Suplementos com ação moduladora da glicemia, devem ser utilizados somente com prescrição e acompanhamento médico, garantindo a segurança e a eficácia no contexto clínico de cada paciente.
Referências:
AGOSTIM, Maria Júlia. Uso de hipoglicemiantes como fator de emagrecimento. Trabalho de conclusão de curso (Técnico em Enfermagem) – ETEC Pedro Ferreira Alves, Mogi Mirim, 2024.
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