A compra de automóvel por meio de consórcio tem se tornado uma boa alternativa para quem quer trocar de carro. A alta dos juros e o estoque elevado das fabricantes têm dificultado o acesso do consumidor ao novo bem. Até mesmo quem tem procurado um carro usado ou seminovo tem encontrado dificuldade para fazer negócio, já que o preço desses veículos subiu bem acima dos carros zero quilômetros.
Por conta disso, o consórcio voltou a atrair o interesse de pessoas que querem trocar de carro, mas não querem pagar uma taxa de juro muito alta. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), nos três primeiros meses do ano houve um crescimento de 11,4% no número de pessoas que optaram pela modalidade se comparado ao mesmo período do ano passado: mais de 9,5 milhões de brasileiros, ante 8,5 milhões em 2022. Ao todo, foram 999,40 mil cotas vendidas no primeiro trimestre deste ano, ante 886,34 no mesmo período de 2022. Os veículos leves (motos e carros) continuam na preferência da população.
De acordo com Antonio Azevedo, vice-presidente de Auto/Frota/Consórcio da Alper Consultoria em Seguros, além de ser mais barato adquirir um bem via consórcio, já que nesta modalidade não há cobrança de taxa de juros, o consórcio também é uma alternativa para as pessoas que planejam suas aquisições com custos finais menores que outras formas de endividamentos parcelados.
“O consórcio pode ser usado como um mecanismo de planejamento financeiro, onde a pessoa adquire um bem, sem comprometer o seu orçamento, além de contribuir para o fluxo contínuo de recursos não inflacionários”, avalia o executivo.
Azevedo ressalta ainda que por ser um meio de consumo menos inflacionário, o consumidor consegue se programar, inclusive, para adquirir um seguro para o seu novo veículo. “É uma questão de planejamento, quando a pessoa pensa em adquirir um automóvel ela também pensa na possibilidade de um seguro, principalmente, por se tratar de um bem de alto valor”, pondera.
Vale lembrar, que no ano passado os furtos e roubos de veículos em todo o Brasil, cresceram na comparação a 2021. Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, quase 1.000 carros foram roubados ou furtados por dia no país em 2022, um aumento de quase 12% em relação a 2021.
Fazer um seguro de automóvel é altamente recomendado por uma série de motivos importantes. Entre eles, está a proteção financeira contra danos causados ao seu veículo em acidentes, incêndios, roubos ou vandalismo. Sem um seguro, o proprietário teria que arcar com todas as despesas que envolvem o veículo.
“As pessoas estão, cada vez mais, entendendo que seguro não é gasto e, sim, um investimento. Por isso, temos visto o maior interesse em adquirir o seguro, principalmente, quando o valor do bem é alto”, explica o VP da Alper.