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Conheça detalhes da exposição ‘Territórios’ pelo olhar do arquiteto Marcelo Salles em conversa aberta no MIS

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Conheça detalhes da exposição ‘Territórios’ pelo olhar do arquiteto Marcelo Salles em conversa aberta no MIS
Divulgação_Territórios
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De que maneira o espaço físico se torna importante suporte na composição estética e conceitual de uma exposição de arte? O conjunto de cerca de 70 obras da mostra “Territórios”, da artista Marcia Gadioli, em cartaz no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), passou por um minucioso estudo em relação ao ambiente em que seria inserida.

Para conhecer as particularidades e curiosidades desse processo chamado “expografia”, o público poderá participar da conversa aberta com o arquiteto responsável pela mostra, Marcelo Salles, no dia 19 de outubro, sábado, às 11h, no MIS. A entrada é gratuita.

‘Territórios’, com curadoria de Eder Ribeiro, reúne a produção dos últimos 10 anos da artista, desde sua primeira pesquisa sobre a paisagem urbana de São Paulo, até suas últimas experimentações com meios e processos fotográficos alternativos.

“Território” dentro dos territórios

Antes de chegar a Campinas, “Territórios” passou por outras duas cidades, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo. Apesar de ser basicamente a mesma, as adequações necessárias foram feitas pelo arquiteto Marcelo Salles, “onde pudemos pensar, discutir e resolver como as obras estariam no espaço físico”, conta.

“No meu processo de trabalho, reviso as informações obtidas com artista, curador e produtora, e de posse dessa informação, estudo a planta de cada local”, afirma.

Segundo ele, “no caso específico da exposição “Territórios” havia um dado importante: a proposta envolvia a criação de um trabalho inédito para cada cidade da itinerância onde a artista executava uma série de obras utilizando imagens do próprio local”.

“Apenas para ilustrar”, prossegue, “em Ribeirão Preto tínhamos um prédio histórico numa sala de formato quadrado, compacta, com um eixo de entrada-saída que cortava o espaço de forma oblíqua; em São Bernardo do Campo uma construção de caráter modernista composta de duas alas em formato de corredor, dispostas à direita e à esquerda de um foyer. Em Campinas o prédio histórico do MIS, com pé direito alto, acesso de entrada-saída que forma um corredor à princípio estreito e que se abre em duas alas laterais. Na parte estreita, colocamos informações básicas (texto e ficha técnica) e no lado oposto um vídeo. Tirando partido da altura do local foram instalados tecidos impressos em três pontos do corredor para demarcar início e fim da exposição”, detalha. 

O arquiteto         

Marcelo Oliveira Salles formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie em 1993. A partir daí desenvolve pesquisas de forma autônoma em teoria da arquitetura, artes visuais e curadoria. Coordena e organiza projetos próprios ou propostos por outros artistas, além de acompanhamentos individuais de artistas, orientação e formação de grupos de estudos e produção. Curador de várias exposições individuais e coletivas, criou e dirige, desde 2009, em parceria com a artista Marcia Gadioli, o espaço independente Casa Contemporânea voltado para exposições, cursos e pesquisa. Nasceu em São Paulo onde vive e trabalha.

Exposição

As obras em cartaz foram produzidas em diferentes meios: vídeos, fotografia analógica e livros de artista. “O olhar apurado da Marcia e os vários tipos de suportes que ela utiliza tornam a exposição dinâmica e instigante para o público. As pessoas podem ter contato com trabalhos diversos, em variados suportes, que buscam transformar de maneira sutil o espaço da mostra”, comenta o arquiteto.

Conversas com o público

Além de conhecer a criativa produção de Marcia Gadioli, o público tem oportunidade de participar das conversas abertas.

No dia 19 de outubro, a partir das 11h, o arquiteto Marcelo Salles abordará as relações entre as obras e o espaço expositivo. E no encerramento, 31 de outubro, as 17h, será a vez de Marcia Gadioli ter esse contato mais próximo com os visitantes numa troca de informações sobre criação, percepções e olhares.

Sobre a artista 

Marcia Gadioli é artista visual e pesquisa as consequências das alterações urbanas na memória do indivíduo. Utiliza a fotografia como linguagem principal, assim como a captura digital, a apropriação de imagens do jornal, de fotografias antigas do acervo familiar e vernaculares para estabelecer conexões entre a memória pessoal e a coletiva. Atualmente integra grupo de estudos com orientação de Sylvia Wernek. Participou da Residência Artística Internacional ACHO com orientação de Fabiana Bruno e Óscar Guarín Martinéz, da Imersão de Verão em Poéticas Visuais com Renato de Cara, na Gare Cultural e do Coletivo Forma, com orientação de Nancy Betts, em São Paulo.

Formada no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, expõe em salões de arte contemporânea, galerias e espaços culturais desde 2005. Criou e dirige, em parceria com o curador e crítico de arte Marcelo Salles, a Casa Contemporânea, espaço cultural independente localizado em São Paulo onde vive e trabalha.

“Territórios” foi premiada pelo edital PROAC nº 13/2023 – Artes visuais – Circulação de Exposição. Encerra, em Campinas, a circulação realizada no Centro Cultural Correios, em São Paulo; na Pinacoteca de São Bernardo do Campo, e no MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto.

Serviço

Exposição “Territórios”, de Marcia Gadioli

Quando: até 31 de outubro de 2024

Conversas com o público:

19 de outubro, sábado às 11h – conversa com o arquiteto Marcelo Salles

31 de outubro, encerramento, quinta às 17h – Conversa com a artista Marcia Gadioli

Onde: Museu da Imagem e do Som (MIS) – Rua Regente Feijó, 859 – Centro, Campinas. Telefone: (19) 2515-7261

Dias e horários de funcionamento: de terça a sexta, das 12h às 18h30 / Sábados: das 10h às 16h / Visitas Guiadas: das 10h às 12h ou das 14 às 16h

Datas em que o MIS não funcionará: 12/10 (feriados nacionais) e 28/10 (dia do servidor público)

 

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