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Como transformar adaptação cultural em vantagem competitiva

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Estratégias de integração, networking e busca ativa de oportunidades são decisivas para prosperar em novos países e mercados

A executiva de Recursos Humanos Estratégicos Daiane Barbosa, com experiência no Brasil e nos Estados Unidos em empresas como HSBC e Bradesco, defende que prosperar fora do país exige mais do que domínio técnico. “O sucesso em novos mercados depende da capacidade de se integrar culturalmente e construir conexões estratégicas desde o primeiro dia”, aponta.

Um estudo da Harvard Business Review aponta que profissionais que priorizam a adaptação cultural nos seis primeiros meses após a mudança têm 32% mais chances de se manter empregados no longo prazo. Para Barbosa, compreender códigos sociais e padrões de comunicação locais é fundamental para evitar ruídos e ganhar credibilidade.

A especialista sugere três eixos de atuação para acelerar o crescimento profissional em territórios desconhecidos:

  1. Integração cultural ativa — participar de eventos comunitários e iniciativas locais para entender a dinâmica social.

  2. Networking direcionado — mapear e se conectar com grupos e associações relevantes para o setor de atuação.

  3. Busca contínua de oportunidades — acompanhar publicações de órgãos oficiais, câmaras de comércio e plataformas de negócios.

Pesquisas do LinkedIn indicam que 85% das vagas de alto nível são preenchidas por meio de networking, reforçando a importância da construção de uma rede qualificada. “O networking não é apenas sobre conseguir indicações. É sobre trocar experiências, identificar tendências e antecipar movimentos do mercado”, explica Daiane.

Transformar desafios em combustível para o crescimento também passa por manter a resiliência diante de obstáculos como a burocracia e as diferenças regulatórias. Segundo levantamento da consultoria PwC, 61% dos executivos que trabalharam no exterior relatam ter desenvolvido maior tolerância à incerteza e mais agilidade na tomada de decisão.

Para Barbosa, cada etapa da adaptação representa uma oportunidade de aprendizado: “Quando você entende que as barreiras fazem parte do processo, elas deixam de ser limitações e se tornam pontos de alavancagem para a sua trajetória profissional”, aponta.

Além do aspecto individual, Daiane ressalta que a adaptação bem-sucedida em novos mercados também depende de entender a lógica econômica e o comportamento do consumidor local. Ela lembra que práticas comerciais aceitas em um país podem não ter o mesmo efeito em outro. “É preciso estudar a fundo o ambiente regulatório, o perfil de consumo e até as expectativas culturais em relação a prazos e negociações. Esse mapeamento evita equívocos estratégicos e acelera a construção de confiança com parceiros e clientes”, afirma.

Outro ponto destacado pela executiva é a importância de investir em capacitação contínua, especialmente nos primeiros anos fora do país. Segundo o relatório Future Skills 2025, do World Economic Forum, profissionais que se dedicam a cursos e certificações voltados ao mercado local aumentam em até 40% a empregabilidade no novo destino. “Aprender não é opcional. Quanto mais alinhado você estiver às exigências técnicas e comportamentais do novo mercado, maior será sua relevância e poder de negociação”, observa Daiane.

A tecnologia, por sua vez, pode ser uma aliada para acelerar a integração e ampliar oportunidades. Ferramentas de videoconferência, plataformas de mentoria online e comunidades virtuais permitem que profissionais recém-chegados se conectem rapidamente a pessoas influentes em sua área. Um levantamento da McKinsey mostra que, em média, profissionais que utilizam plataformas digitais para networking conseguem duplicar a velocidade de acesso a novas oportunidades de negócio. “A combinação entre presença física e atuação digital estratégica é o que consolida a reputação e amplia o alcance profissional em qualquer território”, conclui Barbosa.

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