O uso de drones equipados com IA está ajudando a mapear focos do mosquito Aedes aegypti e a aplicar larvicidas de maneira mais eficiente.
Em 2024, o Brasil se viu diante de uma epidemia de dengue, com mais de 6,4 milhões de casos confirmados. A doença segue sendo um dos maiores desafios para a saúde pública do país, especialmente nas regiões mais afetadas pelas chuvas, onde o Aedes aegypti se multiplica rapidamente.
Apesar dos esforços da saúde pública, como a eliminação de focos e campanhas educativas, o controle da dengue ainda depende de métodos convencionais. Contudo, novas tecnologias estão mudando essa realidade, oferecendo soluções mais eficazes e rápidas para o combate ao mosquito transmissor.
Tecnologia no Mapeamento de Focos de Infecção
Uma das grandes inovações no controle da dengue é o uso de drones equipados com inteligência artificial. Esses drones voam sobre áreas estratégicas e capturam imagens aéreas de alta resolução. A IA processa essas imagens em tempo real para identificar locais com acúmulo de água, ponto crítico para a reprodução do mosquito. Isso torna as ações preventivas mais precisas, eficientes e rápidas.
Os drones oferecem um mapeamento mais amplo e detalhado das áreas de risco, superando as limitações das inspeções manuais, que muitas vezes não conseguem alcançar pontos de difícil acesso.
Aplicação Direcionada de Larvicidas
Além do mapeamento, a tecnologia também possibilita a aplicação automática de larvicidas. Quando um foco é identificado, o drone pode liberar o produto diretamente na área afetada, evitando desperdícios e minimizando o impacto ambiental.
Essa aplicação direcionada de larvicidas torna o controle da dengue mais preciso, mais eficiente e com menores custos operacionais, complementando as abordagens tradicionais.
Tecnologia a Serviço da Saúde Pública
As novas tecnologias, como o uso de drones equipados com IA, serão disponibilizadas nas comunidades por meio dos governos estaduais, permitindo que ações de controle de focos de dengue cheguem mais rapidamente às regiões afetadas. Além disso, em breve, será lançado um aplicativo que permitirá à população acompanhar os focos mais próximos às suas localidades, incentivando a participação ativa da comunidade na prevenção e controle da doença.
Para um país como o Brasil, com vastas dimensões e áreas de difícil acesso, essas novas tecnologias são fundamentais. O uso de plataformas móveis, como as da www.bio-scan.org, permite que os profissionais de saúde tenham acesso a informações detalhadas em tempo real, melhorando a tomada de decisões e a cobertura das áreas afetadas.
O Futuro do Combate à Dengue
Os primeiros testes dessas tecnologias, como o uso de drones no Rio de Janeiro, têm mostrado resultados positivos, com uma redução nos focos de dengue. A adoção dessas soluções em larga escala promete não apenas controlar surtos de forma mais eficiente, mas também melhorar o planejamento de longo prazo para o controle da doença, com um enfoque cada vez mais tecnológico e baseado em dados.
