Home Tecnologia Como a tecnologia está reescrevendo as regras do mercado de arte no Brasil
Tecnologia

Como a tecnologia está reescrevendo as regras do mercado de arte no Brasil

Envie
Divulgação
Divulgação
Envie

Digitalização, rastreabilidade e novos perfis de colecionadores impulsionam uma virada no setor, onde a confiança documental passou a definir o valor das obras

A valorização de uma obra de arte nunca foi um cálculo simples. Autoria, reputação, raridade, estado de conservação e fatores simbólicos sempre estiveram em jogo, mas quase sempre filtrados por um circuito restrito e subjetivo. Agora, com a entrada de novos perfis de colecionadores e a ampliação dos canais de venda, o mercado brasileiro se vê diante de uma exigência crescente: a construção de confiança por meio de documentação sólida, registros técnicos e histórico verificável.

A transformação é visível. Plataformas digitais vêm reorganizando o ecossistema de compra e venda, enquanto tecnologias aplicadas à avaliação e precificação de obras reposicionam o próprio conceito de valor. “A confiança no mercado de arte deixou de ser uma questão de intuição ou pura reputação. A procedência de uma obra e toda a sua trajetória não é mais um detalhe, é o que sustenta seu valor”, afirma Marcos Koenigkan, especialista em arte e fundador do Catálogo das Artes, referência nacional em precificação de obras e antiguidades.

Segundo a Pesquisa Setorial Latitude 2024, 58% das galerias brasileiras registraram crescimento nas vendas em 2023. Apesar do aquecimento, o setor ainda enfrenta fragilidades estruturais: 52% das galerias apontam a dificuldade de formar novos colecionadores como uma das principais barreiras. Em um ambiente onde muitas obras ainda circulam sem documentação confiável, soluções que sistematizam registros e consolidam informações ganham papel estratégico. “Obra sem documentação é ativo em risco. Quando não há clareza sobre a origem ou a trajetória, qualquer estimativa de valor fica instável. A tecnologia entrou para mudar isso e precisa ser vista como aliada, não como ameaça”, reforça Koenigkan.

Se antes a assinatura bastava para garantir legitimidade, hoje é o histórico completo que embasa a avaliação: exposições anteriores, acervo de colecionadores, conservação, transações passadas. Organizar essas informações com rigor passou a ser parte central do trabalho de galerias, leiloeiros e plataformas especializadas, que atuam como uma espécie de blockchain do mercado artístico. “Cada obra conta uma história. Quando essa narrativa é registrada com clareza, ela deixa de ser apenas um objeto estético e se torna uma peça de memória cultural. Isso não só protege o valor, como amplia o sentido da posse”, completa Koenigkan.

Em um setor que sempre operou sob lógicas simbólicas e relações informais, a engenharia de informação surge não para substituir o olhar artístico, mas para legitimá-lo. E, nesse novo capítulo do mercado de arte, é a convergência entre sensibilidade e rastreabilidade que sustenta o valor e a permanência das obras.

Envie
Artigo relacionado
Divulgação
Tecnologia

Anatel empossa novos conselheiros do Conselho Diretor

Crédito: Divulgação Legenda: Rodrigo Oliveira, presidente da ASPRO, ao lado de Edson...

Divulgação Senior Sistemas
Tecnologia

Fortaleza recebe evento gratuito sobre IA e inovação com presença do futurista Gil Giardelli

Encontro no BS Design Corporate Towers reúne líderes empresariais para discutir inteligência...

Na vanguarda da climatização sustentável, Smart Air Climatizadores participa da Febrava. Crédito_ Felipe Costa_Growth Global
Tecnologia

Na vanguarda da climatização sustentável, Smart Air participa da Febrava

Com portfólio ampliado e foco em inovação, empresa catarinense integra evento que...

Divulgação
Tecnologia

Evento reuniu líderes do setor e contou com apresentação da ASPRO sobre preços de postes no DF

Evento reuniu líderes do setor e contou com apresentação da ASPRO sobre...