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Saúde

Cigarro eletrônico já causa lesões no ouvido, nariz e garganta, afirmam especialistas

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Close-Up Photography of Man Smoking
Photo by Tnarg on Pexels

Apesar de toda a campanha contra o tabagismo, que tem o Dia Nacional de Combate ao Fumo em 29 de agosto, e a ênfase do período de alerta para o câncer de pulmão (Agosto Branco), especialistas médicos já chamam a atenção para um novo vilão – o cigarro eletrônico – e o comprometimento de outros órgãos do nosso corpo, como nariz, ouvido e garganta. Para o otorrinolaringologista André Apenburg, diretor médico da Otorrino Center, empresa que integra o Grupo H+Brasil, uma das maiores holdings de saúde com multiespecialidades do país, a chegada do cigarro eletrônico tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, novidade e falta de informação sobre o impacto nocivo que causa. Já é possível, nas palavras dele, observar uma geração que havia abandonado o cigarro retornar para “versões atualizadas do mesmo vício”. “Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) não são nada seguros, pois agregam muitas substâncias tóxicas, além da conhecida e viciante nicotina”, explica.

Mas o que poucas pessoas sabem é que o uso do cigarro eletrônico já está sendo associado também a grandes estragos na região da garganta, isso porque as toxinas causam irritação na mucosa que reveste toda a região da faringe e laringe, provocando um processo inflamatório crônico que pode levar ao aparecimento de tumores na garganta. “Os danos podem comprometer a fala, causar alterações de deglutição e motricidade de toda essa região, e isso inclui não somente o cigarro em sua versão eletrônica ou tradicional, mas também o charuto, cachimbo, narguilé e similares”, explica o médico Paulo Perazzo, otorrinolaringologista, especialista em laringe e voz.

Os problemas não se restringem somente à garganta, pois os males do ‘vape’, como também é conhecido o cigarro eletrônico, também ocasionam perda de audição, por conta da diminuição de fluxo sanguíneo na cóclea, órgão localizado na parte interna dos ouvidos e responsável por captar e transmitir os sons ao cérebro”, explica o otorrinolaringologista Edson Bastos, especialista em otologia. Segundo ele, a combinação de substâncias químicas tóxicas altamente nocivas dificulta a oxigenação da cóclea, causando prejuízos irreversíveis às células do ouvido. Ainda de acordo com o médico, o cigarro eletrônico traz entre os seus componentes, por exemplo, o cianeto de hidrogênio – gás utilizado para matar baratas, cupins e outras pragas -, que age bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue, quando utilizado em altas concentrações.

Se faringe, laringe e ouvido sofrem com o uso do cigarro, o mesmo ocorre também com o nariz, um dos órgãos mais afetados por estar próximo à fumaça. De acordo com o otorrinolaringologista Robson Vieira esta exposição amplia a irritabilidade do órgão, aumenta as chances de inflamações e piora os sintomas clínicos de quem já tem rinite, por exemplo.

Os especialistas são unânimes em reafirmar que é de extrema importância buscar um otorrinolaringologista em casos de rouquidão ou alterações na voz, problemas na respiração e audição, para que o motivo real do problema seja identificado e tratado. Mais que isso, alertam também para um outro tipo de câncer com alta prevalência em fumantes (e também em pessoas que consomem muita bebida alcoólica), como o de boca, que atinge os lábios e o interior da cavidade oral, incluindo língua, gengiva e bochechas. Em longo prazo, o tabagismo pode ainda gerar halitose (mau hálito), que pode ser agravada quando a higiene bucal não é realizada de forma adequada ou devido a causas sistêmicas associadas, como refluxo e doenças pulmonares e de fígado.

Riscos à saúde e principais doenças

Considerado um vício de cunho social, o tabagismo é uma doença causada pela dependência física e psicológica à nicotina, que afeta não apenas a saúde do fumante, mas também a das pessoas que convivem com ele. Este hábito tão agressivo ao corpo humano pode desencadear alergias respiratórias, problemas otorrinolaringológicos, dores de cabeça e irritações nos olhos, entre outros males. Os fumantes ainda são mais propensos a, pelo menos, 50 patologias diferentes, como doenças cardiovasculares e câncer, por exemplo. Frente a todos esses danos, os médicos acreditam que a discussão sobre o tabagismo não pode cessar e que é preciso conscientizar a população cada vez mais, pois é notável um crescente aumento do hábito de fumar em pessoas mais jovens – num fenômeno que se observa agora com mais nitidez por causa do modismo do cigarro eletrônico.

Dados estatísticos

O tabagismo é dado como causa em cerca de 90% de todos os casos de câncer pulmonar no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento desta grave doença. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2023-2025 em torno de 32 mil novos casos de câncer de pulmão sejam diagnosticados a cada ano. Estatísticas indicam que cerca de 162 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, pois ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de neoplasia relacionada ao hábito de fumar.

Apesar do Brasil possuir um dos menores índices de fumantes do mundo, cerca de 10% da população acima de 18 anos, segundo o próprio INCA, e ser reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao cigarro, os desafios não param. Um deles e talvez o mais importante atualmente seja conter a febre dos cigarros eletrônicos e outros dispositivos de ‘vape’ que têm conquistado principalmente os jovens.

Não é novidade que o uso de cigarro eletrônico faz mal à saúde, porém, estudos revelam que ele pode ser muito mais nocivo do que parece. De acordo com uma pesquisa recente feita pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, que tem o Programa de Tratamento do Tabagismo, os níveis de nicotina encontrados em usuários desse aparelho equivalem ao consumo de 20 a 60 cigarros convencionais por dia. Além de trazer diversas doenças respiratórias, a Medicina já reconhece a existência da EVALI, sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico. A condição foi descrita pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2019.

Grupo H+ Brasil

O Grupo H+ Brasil tem seis anos de existência e soma mais de 12 milhões de atendimentos em diferentes regiões do país. Somos 32 marcas, aproximadamente 100 unidades de atendimento, mais de 3000 colaboradores e 1500 médicos especialistas. Além da referência em Oftalmologia com o Grupo Opty, maior grupo da América Latina, o H+ Brasil tem focado suas ações em Ortopedia (Ortocity, Instituto Osmar de Oliveira e CRS), em Urologia (Urobrasil), e agora em Otorrinolaringologia (Otorrino Center), para reforçar o compromisso com a qualidade e a segurança no cuidado dos pacientes. Visite https://grupohmaisbrasil.com.br/

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Saúde

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© Ivan Matos/MS

O Ministério da Saúde enviou neste sábado (8) uma equipe da Força Nacional do SUS ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que destruiu cerca de 90% da zona urbana e deixou, ao menos, cinco mortos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, integra a comitiva do governo federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência emergencial e coordenar ações conjuntas de resposta com o governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.

A equipe enviada é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.

Entre as primeiras ações previstas estão a triagem e estabilização de feridos, a reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, e a avaliação de riscos sanitários secundários, como os relacionados à qualidade da água, ao manejo de resíduos e ao controle de vetores. Também será oferecido apoio psicológico aos moradores atingidos.

De acordo com o Ministério da Saúde, caso a situação demande, a Força Nacional do SUS está preparada para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade para até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Situação da rede saúde local

Com a destruição de boa parte das unidades de saúde e o colapso parcial no fornecimento de energia elétrica e abastecimento, os atendimentos de urgência em Rio Bonito do Iguaçu (PR) foram remanejados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua, de forma provisória, como referência para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural permanecem parcialmente inoperantes, e há escassez de medicamentos e vacinas devido ao comprometimento dos estoques locais.

“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do governo do estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu”, afirmou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli, em nota.

De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas.

Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério da Saúde reafirmou na 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6) o compromisso do país de reduzir gradualmente o uso de amálgamas dentário contendo mercúrio. A pasta manifestou ainda que apoia a eliminação total do uso da liga.  

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil está em condições de apoiar a eliminação do uso de amálgama dentário, mas defendeu uma transição “gradual e segura”, de modo a não comprometer o acesso da população aos tratamentos odontológicos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“O posicionamento brasileiro destaca a saúde pública, a proteção ambiental e o cumprimento das metas da Convenção de Minamata, que visa reduzir os impactos do mercúrio na saúde humana e no meio ambiente. Além de incentivar práticas restauradoras baseadas no princípio da mínima intervenção”, explica o coordenador-geral de Saúde Bucal do ministério, Edson Hilan.

Segundo o ministério, desde 2017 o Brasil utiliza exclusivamente amálgama encapsulado, que garante o manuseio seguro e minimizando à exposição ocupacional e ambiental ao mercúrio.

Entre 2019 e 2024, o uso de amálgama no Brasil caiu de cerca de 5% para 2% de todos os procedimentos odontológicos restauradores, resultado da substituição por materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro.

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A Grão Consultoria em Negócios na Saúde nasce da união da experiência de mais de duas décadas de Andrea Canesin e Elis Ribeiro, profissionais reconhecidas pela atuação em modelos assistenciais complexos e na gestão de serviços de saúde. Ambas foram fundadoras da Clínica Acallanto, referência nacional em transição pediátrica e cuidados de alta complexidade, e agora unem seus repertórios para apoiar instituições na construção de processos mais estruturados, humanos e sustentáveis.

O foco da Grão é transformar a prática de gestão em saúde em algo mensurável, replicável e ético. A consultoria atua ao lado de clínicas, hospitais e operadoras na revisão de fluxos, no redesenho de modelos de cuidado e na implementação de metodologias próprias, como a Entrelaço (transição infantil), Conexus (transição adulto), Domus (voltada para residenciais) e a Praxis (focada em clínicas).

Para Andrea Canesin, a criação da Grão representa a consolidação de um novo ciclo profissional. Depois de anos à frente de unidades assistenciais, ela retorna com um olhar voltado para a operação e a humanização: “Não se trata apenas de cuidar, mas sim de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e segura”.

Já Elis Ribeiro define a Grão como um espaço de reconstrução e propósito. Especialista em planejamento estratégico e visão sistêmica, ela reforça que “processos bem estruturados são o que sustentam resultados consistentes e relações de confiança”.
Com sede em São Paulo e atuação nacional, a Grão Consultoria em Negócios na Saúde se propõe a ajudar instituições a acertarem o passo com clareza, método e presença contínua.

Mais informações:
www.graoconsultoria.com.br
contato@graoconsultoria.com.br

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