Educação
Cieps completam 40 anos como projeto de referência para educação
Edifícios retangulares de concreto, com amplos pátios e janelas com as bordas arredondadas. Parte da paisagem do Rio de Janeiro, os Centros Integrados de Ensino Público (Cieps), apelidados de Brizolões, chegam aos 40 anos em 2025 como um projeto considerado revolucionário para a educação brasileira, principalmente por introduzir no debate nacional um modelo que até então ainda era desconhecido: as escolas em tempo integral.
Ao longo dos anos e de diversos governos, os mais de 500 Cieps passaram por mudanças. Hoje, inclusive, nem todas oferecem educação em tempo integral. Mas o modelo de ensino criado na década de 1980 segue sendo inspiração para a educação básica de todo o país.
As escolas recebem assinaturas de peso. O funcionamento e a parte pedagógica foram idealizados pelo antropólogo e ex-ministro da Educação Darcy Ribeiro, que ocupava, então, o cargo de secretário extraordinário de Ciência e Cultura do Rio de Janeiro no governo de Leonel Brizola. Os prédios, considerados monumentais para uma escola, foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
O novo modelo foi oficialmente anunciado no dia 1º de setembro de 1984. Meses depois, no dia 8 de maio de 1985, foi inaugurado o Ciep 1 – Presidente Tancredo Neves, localizado no Catete, na Zona Sul da cidade, que teve até mesmo a presença do então presidente da República, José Sarney, que assumira o governo dias antes, 21 de abril, após a morte de Tancredo Neves, o homenageado na nova escola.
As escolas ofereciam educação integral, das 8h às 17h, aos estudantes, com refeições, além de atendimento médico e odontológico às crianças. O espaço da escola era aberto aos finais de semana e nas férias para uso da comunidade. Além disso, contava com residência temporária para estudantes em situação de vulnerabilidade.
Professora titular da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Lia Faria trabalhou com Darcy Ribeiro e afirma que o projeto colocava o direito à escola pública de qualidade como uma questão central.
“A grande marca do projeto do Darcy, do Brizola, do Oscar Niemeyer, é que ele coloca no centro de construção da sociedade, o direito à educação, à escola pública, e não qualquer escola, mas um prédio de respeito, bonito, com todas as condições de funcionamento para que as crianças se sentissem felizes dentro daquele prédio”, conta.
Faria ressalta que, nessa época, o Brasil vivia o processo de redemocratização, após a ditadura militar. Nesse contexto, os Cieps propunham a democratização do ensino público de qualidade, que deveria chegar a todas as crianças e adolescentes, mesmo aqueles em situação de vulnerabilidade. Com os Cieps ─ que se baseiam na Escola Parque, de Anísio Teixeira, concebidas na década de 1950, em Salvador ─, a discussão sobre educação integral ganha força.
“A educação integral é colocada hoje como prioridade. Essa discussão não existia antes dos Cieps”, diz a professora.
O modelo no qual o estudante passa mais tempo na escola e tem acesso a atividades culturais, esportivas, entre outras, é atualmente programa nacional. O Programa Escola em Tempo Integral tem como meta alcançar, até 2026, cerca de 3,2 milhões de matrículas na modalidade.
A educação em tempo integral é lei. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil tem como meta, até o final deste ano, ter 50% das escolas com pelo menos 25% dos alunos em tempo integral. Em 2023, esse percentual era 30,5%.
Segundo Faria, os Cieps são um lembrete constante da importância de se atingir esse objetivo. “Isso ficou, permaneceu com uma monumentalidade. No estado do Rio de Janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, os Cieps estão lá, lembrando hoje, no presente, daquela proposta. Quer dizer, o projeto não morreu, o projeto não desapareceu. Ele está aí na memória, e ele está nas lutas do professorado hoje, colocando a educação integral como prioridade”, diz.
Mudanças ao longo do tempo
Ao todo, entre dois mandatos, de 1983 a 1987 e de1991 a 1994, o governo de Brizola entregou ao estado do Rio de Janeiro 506 Cieps. O empreendimento, que exigia recursos, contratação e formação de profissionais e de professores, foi muito criticado e acabou sendo modificado ao longo dos anos. Atribuições de saúde ou assistência social concentradas nos Cieps passaram para as outras pastas nos governos seguintes.
Hoje, essas escolas estão distribuídas entre gestões municipais (apenas o município do Rio é responsável por 101 Cieps, estadual e federal. O funcionamento também mudou, e o ensino integral não é mais a realidade de todas as unidades. Alguns Cieps tornaram-se Escolas de Novas Tecnologias e Oportunidades (E-Tecs), outros, escolas interculturais. Há ainda, escolas cívico-militares, que possuem parceira com a Polícia Militar ou com o Corpo de Bombeiros.
“Os Cieps não são apenas prédios icônicos. Tiveram a maior proposta pedagógica do Brasil na década dos de 90. E a proposta em si retratava a educação integral”, diz a Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Roberta Barreto.
Professora de formação, ela mesma foi diretora de um Ciep. Segundo a secretária, o estado tem priorizado os Cieps para a oferta do ensino integral, por conta da estrutura dessas escolas, que contam com quadras de esporte, vestiários, laboratórios, entre outros espaços.
Apesar de reconhecer a importância, ela diz que há um desafio para a oferta de ensino integral, sobretudo no ensino médio. “Mesmo que a escola ofereça um cardápio diferenciado, gostoso, atrativo, nós não conseguimos construir a consciência coletiva entre a população de que a educação integral ela é necessária. Então, o índice de evasão na educação integral ainda é muito grande”, diz. O índice de evasão, nessa modalidade, segundo a secretária é de cerca de 10%.
Ginásio esportivo do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.Tânia Rêgo/Agência Brasil
No município do Rio também há uma busca por manter os preceitos do Ciep e até mesmo para levá-los às demais escolas da rede. Assim como no estado, nem todos têm o ensino integral. A maior parte dos Cieps é de turno único, 89 dos 101, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação.
Ainda assim, não deixam de ser referência e inspirar novos projetos como os Ginásios Educacionais Tecnológicos (GETs), de acordo com o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.
Os GETs são escolas voltadas para a inovação tecnológica e pedagógica, por meio de atividades práticas. “Os Cieps são uma referência para a educação no Rio e no Brasil. Uma ideia de ensino e formação de excelência que até hoje inspira professores, gestores e políticas públicas. Eles abriram horizontes e ampliaram os padrões de exigência. Atualmente, os GETs da nossa rede carioca são os CIEPs do século 21, uma nova etapa, uma continuação de um sonho de ensino integral de qualidade”, diz.
Uma escola de todos
O projeto original do Ciep previa que a escola pudesse ser integrada à comunidade e pudesse ser um espaço frequentado por moradores da região e pelas famílias dos alunos. O Ciep 449 – Governador Leonel de Moura Brizola, em Niterói, busca manter essa integração e, todos os finais de semana, abre o pátio da escola.
“A gente não vai gradear, porque não é o objetivo da escola e é um dos objetivos do Ciep, de 40 anos atrás: servir a comunidade. Aqui tem festa de casamento, aqui tem batizado, tem festa de 15 anos, tem baile funk – não aqui dentro, o baile funk é lá fora, mas eles usam o espaço”, diz o diretor da escola, Cícero Tauil.
A escola, que pertence à rede estadual, têm 280 alunos do ensino médio, matriculados em tempo integral. O Ciep 449 é uma das escolas interculturais, ou seja, que possuem parceria com outros países. Nesse caso, a nação parceira é a França. Os alunos aprendem a língua, conhecem a cultura da França e têm até mesmo oportunidades de intercâmbios com o país. Na instituição, foi filmado o documentário Salut, Mes Ami.e.s!.
Além de ser um espaço da comunidade, Tauil faz questão de que os próprios alunos se sintam responsáveis pela escola e cuidem das salas, cadeiras, corredores e banheiros que usam todos os dias. “Eles cuidam. A escola é nossa. Eles ficam aqui o tempo todo, então, é como se fosse extensão da casa deles”, diz o diretor.
O resultado é uma coleção de premiações e reconhecimento. Troféus dos Jogos Escolares de Niterói e fotografias mostrando premiações da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), a moção de aplauso da Câmara de Vereadores de Niterói e a viagem feita por estudantes e professores à França enfeitam os corredores da escola.
Bernardo Marinho e Lara Shupingahua, são dois dos estudantes do Ciep 449. Ambos têm 18 anos e estão no 3º ano do ensino médio. Eles contam que têm muitas oportunidades na escola, desde participar do programa Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio na Universidade Federal Fluminense (UFF), no qual desenvolvem um projeto científico com professores universitários, até receber em casa estudantes franceses para intercâmbio cultural. Bernardo foi, inclusive, um dos estudantes selecionados para ir à França.
“No início, foi muito puxado, eu nunca tinha estudado numa escola intercultural, nem integral. Então, foi difícil no início. Porém, a gente vai se adaptando a acordar mais cedo, a ficar o dia todo na escola. Eu nem esperava essas oportunidades todas que eu tive”, diz Bernardo, que pretende cursar relações internacionais quando concluir os estudos.
Por conta da escola integral, Lara pôde praticar esportes, conheceu o rugby e se apaixonou. Chegou a jogar representando o estado do Rio de Janeiro. “Começou aqui, mas, com certeza, eu vou levar o rugby para minha vida inteira, porque os pilares do esporte, a gente não leva só para dentro de campo. É um esporte que prega respeito, disciplina, paixão. São coisas que a gente leva para a vida”, diz Lara, que pretende integrar o Corpo de Bombeiros.
O primeiro Ciep
O Ciep 1 hoje faz parte da rede municipal do Rio de Janeiro e atende cerca de 320 estudantes de pré-escola e do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, além de 90 estudantes do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre os professores do Ciep mais antigo, está também uma das que acompanhou o projeto desde o início, a professora de educação infantil Rosana Candreva da Silva, na escola há 38 anos.
“Aqui tinham muitas vagas na época, e eu acabei vindo para cá. Eu fiquei encantada. O Ciep foi um divisor de águas, um marco na educação”, diz a professora, que conta que ficou admirada com as salas, que eram enormes se comparadas às demais escolas, e com uma estrutura que funcionava. “Era uma coisa notável, formidável. Isso foi um dos motivos que me atraiu, e o motivo também pelo qual estou até hoje aqui”.
Rosana presenciou o que Lia Faria ressaltou, como os Cieps serviram à população mais carente. “A gente percebia que eram muitas crianças que estavam à margem dessa oportunidade da educação. Foi bem difícil no início essa questão da disciplina, tanto que havia vários inspetores. Mas eu via como uma coisa muito positiva, uma grande oportunidade. Eles gostavam, eles vinham, eles faziam questão de vir para escola, porque era um espaço muito atrativo para eles”, diz.
Segundo ela, a escola segue buscando também esse papel social. “A educação é tudo, né? É a base de todo o processo de vida social, de progresso individual também. Eu acho que o investimento tem que ser constante e cada vez maior no setor da educação”, defende.
Branca Trajano, 10 anos, é estudante do 5º ano da escola e é uma das integrantes do grêmio. “Eu tinha 5 aninhos quando vim pra cá. Eu gosto muito dessa escola. As aulas são boas, são divertidas, e têm as companhias. Companhia, para mim, é tudo. Se minhas amigas não vêm, eu fico até com vontade de chorar”, brinca.
Educação
Vestibular indígena da UnB encerra inscrições hoje
Termina nesta sexta-feira (7), às 18 horas (horário de Brasília), o período de inscrições para o vestibular indígena 2026 da Universidade de Brasília (UnB).

As inscrições dos candidatos indígenas devem ser feitas exclusivamente pelo meio virtual, direto no site específico do vestibular do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
O vestibular indígena é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UnB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A iniciativa tem o objetivo de promover o acesso deste público ao ensino superior.
As vagas deste processo seletivo são destinadas a quem busca o primeiro curso de graduação ou para quem nunca terminou um curso superior.
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Quem pode se inscrever
O processo seletivo é destinado a selecionar exclusivamente candidatos indígenas que tenham cursado ou estejam cursando o ensino médio integralmente em escolas da rede pública.
Nos casos de candidatos que cursaram ou cursam o ensino médio na rede privada de ensino é necessário comprovar que o estudante foi beneficiado por uma bolsa de estudos integral ou parcial de, no mínimo, 50%.
Os candidatos que necessitarem de atendimento especializado ou desejarem usar o nome social devem sinalizar as respectivas opções no momento da inscrição.
Somente será permitida uma inscrição por Cadastro de Pessoa Física (CPF). O candidato que tiver concluído curso superior não poderá participar, em hipótese alguma, do vestibular, sob pena de imediata eliminação.
Por isso, no sistema de inscrição, o candidato deverá declarar que não concluiu a graduação em uma instituição de ensino superior.
Vagas
Ao todo, são 154 vagas em mais de 40 cursos de graduação oferecidos pela UnB, no primeiro e no segundo semestres de 2026. As vagas estão distribuídas nos campi Darcy Ribeiro (Asa Norte), Ceilândia, Planaltina e Gama, todos no Distrito Federal.
Os cursos de graduação são para cursos de bacharelado e licenciaturas nos turnos diurno e noturno. Entre eles, administração; engenharias mecânica, aeroespacial, automotiva e eletrônica; nutrição; psicologia; gestão de agronegócios; e saúde coletiva.
Confira aqui a lista de cursos e as respectivas vagas oferecidas no próximo ano letivo por turno.
Seleção
A seleção para ingresso nos cursos de graduação oferecidos pela UnB abrange as seguintes fases, de responsabilidade do Cebraspe:
- aplicação das provas objetiva e de redação em língua portuguesa, no dia 7 de dezembro, de caráter eliminatório e classificatório;
- avaliação de documentação e entrevista pessoal, de caráter eliminatório, de 8 a 10 dezembro;
Apesar das vagas serem oferecidas no Distrito Federal, as seleções serão realizadas nas seguintes localidades: Boa Vista (RR); São Gabriel da Cachoeira (AM); Tabatinga (AM); Brasília (DF); Canarana (MT); Cabrobó (PE), na Aldeia Sabonete – Escola Estadual Indígena Capitão Dena; e São Sebastião (AL), na Aldeia Karapotó Terra Nova.
O candidato deve também enviar documentos para a homologação da inscrição e anexar uma fotografia individual, tirada até seis meses anteriores à inscrição, em que necessariamente apareça a cabeça descoberta e os ombros do candidato.
Se a fotografia não obedecer às especificações do edital, o candidato poderá passar por uma identificação especial, no dia de aplicação das provas.
Educação
CurtaENEM encerra ciclo 2025 com evento no MAR
O CurtaENEM encerra seu ciclo 2025 no Museu de Arte do Rio (MAR), no dia 08 de novembro, das 13h às 17h, com transmissão ao vivo gratuita pelo YouTube do CurtaEducação. O evento, que integra as ações do Mês da Consciência Negra, tem como tema “O Audiovisual como Ferramenta Antirracista” e reunirá professores, artistas e pesquisadores para uma tarde de formação, debate e celebração, com exibição de filmes, performances e o lançamento da nova ação: “Sua Aula no Cinema” — uma oportunidade única para educadores de todo o Brasil. O evento propõe uma reflexão sobre o papel do cinema na implementação da Lei 10.639/03, que determina o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas.
Mais do que um encerramento simbólico, o encontro será um espaço de troca, escuta e valorização docente que têm usado o audiovisual como instrumento pedagógico e político. Entre os convidados estão o professor e especialista em temáticas afro-diaspóricas Fábio Conceição, a poeta, compositora e atriz Carol Dall Farra e o cineasta e produtor cultural Dom Filó, fundador da CULTNE, o maior acervo virtual de cultura negra da América Latina e a mediação ficará por conta de Katia Montinelli, coordenadora pedagógica do CurtaEducação.
“Sua Aula no Cinema”: nova oportunidade para educadores
O evento também marca o lançamento oficial de uma ação inédita: “Sua Aula no Cinema”. Três professores que estiverem presentes no evento de 08 de novembro serão selecionados para ministrar suas próprias aulas em sessões de cinema, com suas turmas, ainda neste ano.
Cada educador contemplado receberá R$ 2.000,00 para planejamento, execução da aula e compartilhamento de um relato de experiência no site, tendo sua prática valorizada e colaborando com uma comunidade nacional de educadores; sessão exclusiva de cinema com transporte, pipoca e lanche para os estudantes; registro audiovisual profissional da experiência, que fará parte da série Aulas no Cinema – CurtaENEM. O prazo para envio dos planos é até 12 de novembro e mais informações no site https://curtaenem.org.br/noticias/encerramento-curtaenem-2025
“É uma oportunidade única para transformar o encerramento do ano letivo em um momento de celebração, pertencimento e reconhecimento profissional — levando os alunos para o cinema e colocando o professor no centro da cena”, comenta Katia.
Jonathan Neguebites e Vitorinha Destemida – dupla do duelo de passinho – encerram o evento e reforçam o compromisso do CurtaENEM com uma educação plural e antirracista.
Encerramento CurtaENEM 2025 – O audiovisual como ferramenta antirracista
Local: Museu de Arte do Rio (MAR) – Praça Mauá, 05 – Centro – Rio de Janeiro
Data e horário: 08 de novembro de 2025, das 13h às 17h
Transmissão ao vivo gratuita no YouTube no CurtaEducação
Convidados: Fábio Conceição, Dom Filó, Carol Dall Farra e Jonathan Neguebites e Vitorinha Destemida
Informações e inscrições: https://curtaenem.org.br/noticias/encerramento-curtaenem-2025
Gratuito
Obs: Senhas antecipadas para os inscritos no CurtaENEM ou que participaram dos eventos anteriores ou fazem parte do grupo no whattapp. E senha 30 minutos antes para os demais que queiram participar.
Educação
Quais os temas de redação mais pesquisados no Google para o Enem 2025?
Dados do Google Brasil indicam que temas ligados a cidadania e diversidade seguem entre os mais procurados por futuros candidatos
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ao todo, o Enem 2025 registrou 4,81 milhões de inscritos confirmados. E à medida que a data se aproxima, cresce a mobilização entre estudantes em busca de estratégias para conquistar uma boa nota na prova.
De acordo com levantamento realizado pelo programa de bolsas de estudo Educa Mais, com base em dados do Google Brasil de 2025, as pesquisas por “tema de redação” tiveram um salto expressivo nas semanas que antecedem o exame, reflexo da importância que a produção textual tem no resultado final.
Entre os assuntos mais procurados, estão temas sociais e contemporâneos, que dialogam com as principais discussões da atualidade e costumam aparecer nas propostas do Enem. A pesquisa mostra que expressões como “redação sobre racismo” e “redação sobre saúde mental” lideram o ranking, com 5.300 e 3.000 buscas mensais, respectivamente.
Os temas de redação mais pesquisados em 2025
O levantamento do Educa Mais, feito entre janeiro e outubro de 2025, identificou os 15 tópicos mais buscados pelos estudantes que se preparam para o Enem.

De acordo com o professor de redação Bruno Cruz, em entrevista ao G1, esses assuntos refletem tendências sociais e educacionais, temas recorrentes na prova. “Tudo que é vivência, tudo que é debate social pode ser um recorte, pode ser um assunto trabalhado no Enem”, explica o professor, reforçando que o exame costuma abordar temas com relevância pública e potencial de reflexão cidadã.
Possíveis temas de redação do Enem 2025
Embora o tema oficial da redação só seja revelado no dia da prova, é possível identificar padrões a partir dos últimos anos. Desde 2010, o Enem tem priorizado assuntos relacionados a direitos humanos, cidadania, diversidade e inclusão.
Em 2023, por exemplo, o tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, enquanto em 2022 abordou “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.
Para 2025, especialistas apostam que a redação pode girar em torno de educação digital, saúde mental entre jovens, combate à desinformação ou impactos da inteligência artificial na sociedade. Esses tópicos, segundo o portal Brasil Escola, aparecem com frequência nos debates escolares e refletem desafios contemporâneos do país.
Como se preparar para a redação do Enem
A estrutura da redação do Enem exige que o estudante desenvolva um texto dissertativo-argumentativo em até 30 linhas, apresentando tese clara, argumentos consistentes e proposta de intervenção.
Algumas estratégias de estudo podem ajudar na preparação, como:
- Ler editoriais e artigos de opinião: amplia o repertório sociocultural e ajuda a estruturar argumentos.
- Analisar temas de anos anteriores: compreender o padrão de abordagem facilita identificar tendências.
- Treinar com cronometragem: simular o tempo de prova contribui para o controle emocional e de ritmo.
- Fazer um teste vocacional: entender suas áreas de interesse pode direcionar melhor o estudo e aliviar a ansiedade na escolha profissional pós-Enem.
O que é o teste vocacional e como pode ajudar?
O teste vocacional é uma ferramenta que ajuda estudantes a compreenderem melhor suas habilidades, interesses e valores profissionais. Por meio de questionários e análises de perfil, ele identifica áreas de conhecimento e possíveis carreiras que se alinham à personalidade e às aptidões do participante.
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