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Ciclo de alta da Selic e custos dolarizados impulsionarão pedidos de recuperação judicial em 2025, aponta EXM Partners

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Ciclo de alta da Selic e custos dolarizados impulsionarão pedidos de recuperação judicial em 2025, aponta EXM Partners
Angelo Guerra Netto, sócio-fundador da EXM Partners - Divulgação
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Em 2025, quando a Lei da Recuperação Judicial completa 20 anos, o Brasil deve registrar um aumento significativo nos pedidos de recuperação judicial, ultrapassando a média dos últimos anos, conforme já observado em 2024. A projeção é da EXM Partners, consultoria especializada em turnaround, reestruturação de dívidas, recuperação judicial e administração judicial.

Angelo Guerra Netto, sócio-fundador da empresa, atribui esse cenário ao impacto prolongado do ciclo de alta da taxa Selic, que deve chegar perto de 15% no decorrer de 2025, segundo a projeção de analistas. Guerra explica que a elevação da taxa básica de juros agrava a crise das empresas endividadas, ao dificultar o acesso ao crédito e reduzir o consumo. “A Selic elevada intensifica as barreiras para a obtenção de crédito, desencadeando uma retração econômica perigosa. Esse contexto cria um cenário desafiador para empresas já em crise, comprometendo sua capacidade de recuperação e até mesmo sua sobrevivência”, diz.

Entre os setores mais afetados está o agronegócio, que lidera os pedidos de recuperação judicial, contrariando as expectativas de que a desvalorização do real favoreceria o setor ao tornar os produtos agrícolas mais competitivos no mercado internacional. Os custos crescentes dos insumos cotados em dólar têm pressionado as margens dos produtores, especialmente nos segmentos de grãos, como milho, soja, arroz e feijão.

Outro setor em situação crítica é o da aviação, que carrega dívidas não reestruturadas desde o início da pandemia. “O setor demonstra sinais claros de estresse financeiro, evidenciando a necessidade urgente de soluções estruturais”, alerta Netto.

O sócio-fundador da EXM Partners ressalta ainda que, nesse cenário desafiador, áreas como controle financeiro e planejamento estratégico acabam negligenciadas, ampliando a vulnerabilidade das empresas. “Será indispensável aprofundar a análise da governança, reforçando a transparência e implementando ações que garantam um planejamento eficaz e redução de custos para mitigar os impactos dessa conjuntura econômica adversa”, conclui.

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