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Cia. Artera de Teatro estreia e circula com o solo Bichados, de Ricardo Corrêa, por espaços culturais de São Paulo

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Foto de Leekyung Kim
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Protagonizado por Davi Reis, o espetáculo discute os preconceitos enfrentados por um ator de meia-idade em crise, lançando luz sobre o envelhecer LGBTQIA+, os duplos estigmas em uma era de exaltação da juventude e beleza dentro de nossa sociedade.

A Cia. Artera de Teatro encerra sua trilogia sobre corpos dissidentes LGBTQIA+ com a estreia do solo Bichados, com direção e dramaturgia de Ricardo Corrêa e interpretação de Davi Reis. O espetáculo faz apresentações gratuitas em teatros e centros culturais municipais de São Paulo, entre os dias 19 de outubro e 3 de dezembro (veja a programação completa abaixo).

O projeto foi contemplado pela segunda edição do Edital de Apoio a Projetos Múltiplas Linguagens para a cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

A primeira peça da trilogia da Cia Artera foi Bug Chaser – Coração Purpurinado, que tratava do HIV nos dias atuais, práticas de risco e contaminação proposital pelo vírus. O texto foi construído a partir de uma ficção em confronto com depoimentos de diversos homens gays que se dispuseram a falar do assunto. O trabalho foi mencionado como um dos espetáculos mais significativos de 2017 pela academia de críticos da Bravo.

Já a segunda parte da sequência de peças, Monstro também partiu desses depoimentos e girava em torno do tema da adoção homoafetiva e a intolerância. O espetáculo foi indicado ao prêmio APCA em 2021.

Assim como suas antecessoras, Bichados tem como ponto de partida uma série de entrevistas com pessoas LGBTQIA+, desta vez, todas acima dos 45 anos. Esse processo de pesquisa também resulta no lançamento do documentário: “Quem tem medo de envelhecer?” que será lançado em plataformas virtuais em novembro de 2023.

A ideia do projeto é dar voz a pessoas LGBT´s invisibilizadas nessa faixa etária que muitas vezes precisam “voltar ao armário” enfrentando diversos desafios. A dramaturgia criada explora elementos documentais em justaposição ao ficcional. Utilizando linguagem cinematográfica, a peça investiga uma narrativa elíptica, cheia de histórias dentro do enredo, com saltos e transições temporais.

“A peça conta a história de um ator que já teve seus minutos de fama e hoje se sente descartado em vários aspectos de sua vida, com os dias cheios de tarefas sem sentido. Motivos como esses fazem as pessoas se sentirem como ‘animais’, esmagadas por um vazio que mal compreendem. Não é de se admirar que, por vezes, se retirem da sociedade e, talvez, da vida. É uma peça que pergunta se realmente vale a pena viver a vida ultra examinada de distrações de marca, compartilhamento compulsivo e isolamento racionalizado. Na maioria das vezes, essas questões não são analisadas pelos LGBT´s mais jovens, o que torna esse projeto comovente e perturbador para qualquer pessoa que se depare com o envelhecer, o luto e a finitude”, acrescenta o dramaturgo e diretor Ricardo Corrêa.


Ficha Técnica
Dramaturgia e Direção: Ricardo Corrêa
Interpretação: Davi Reis
Figurinos: Maitê Chasseraux
Videografia, operação de som e vídeo: Thiago Capella
Música original: Marco Caramano
Desenho de luz: Fran Barros
Cenografia: Ricardo Corrêa e Zito Lemos
Produção: Cia. Artera de Teatro e Paula Arruda
Fotos: Leekyung Kim
Projeto gráfico: Zeca Bral
Provocação artística: Dirceu Alves Jr.
Assessoria de imprensa: Pombo Correio.


Sinopse
A peça gira em torno de William, um ator em crise que completa 45 anos e organiza uma festa de aniversário. Tudo está aparentemente em seu devido lugar — ordenado como um feed nas redes sociais ou como um túmulo. A festa serve como metáfora para rememoração da vida deste homem, que decide rever seus acordos com o tempo, lançando luz sobre o envelhecer LGBTQIA+ e a finitude.


Serviço
Bichados, da Cia Artera de Teatro
Ingressos: grátis, distribuídos 1 hora antes de cada sessão
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 16 anos

Teatro Paulo Eiró
Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro
Apresentações: 19 a 21 de outubro às 21h

Teatro Cacilda Becker
R. Tito, 295 – Lapa
Apresentações: 26 a 28 de outubro, às 21h, e no dia 29, às 19h

Centro Cultural Olido
Av. São João, 473 – Centro Histórico
Apresentações: 3 e 4 de novembro, às 19h, e dia 5, às 16h

Centro Cultural Vila Formosa
Av. Renata, 163 – Vila Formosa
Apresentações: 9 e 10 de novembro às 20h

Teatro Flávio Império
R. Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba
Apresentações: 15 e 16 de novembro às 20h

Centro Cultural da Diversidade
R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi
Apresentações: 17 e 18 de novembro, às 20h, e dia 19, às 18h

Centro Cultural da Juventude
Av. Dep. Emílio Carlos, 3641 – Vila dos Andrades
Apresentações: 22, 23 e 24 de novembro, às 20h

Centro Cultural da Penha
Largo do Rosário, 20 – Penha de França
Apresentações: 29 e 30 de novembro às 20h

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