Por Luana Souza
As enchentes que assolam o Rio Grande do Sul chamam atenção para o risco de transmissão de doenças. Em meio ao caos em que a sobrevivência é o fator mais importante, especialistas comentam sobre a segunda fase dessa tragédia, que pode desencadear muitas enfermidades, como a leptospirose, hepatite tipo A, giardíase, amebíase, gastroenterites diarreicas e esquistossomose e outras
infecções bacterianas decorrentes de feridas e traumas por objetos nas enchentes.
Além dessas, doenças de transmissão respiratória, gripe e tuberculose em locais de aglomeração como alojamentos e abrigos.
O tétano acidental, que pode ser adquirido nos acidentes com entulhos, em especial durante a limpeza dos ambientes e na reconstrução das moradias,
é outra doença que as pessoas devem ficar atentas em períodos de catástrofes ambientais.
A leptospirose, doença bacteriana grave cujo contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados
(principalmente roedores) ou pela exposição à água contaminada pela bactéria Leptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da
pele íntegra ou com pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea.
Sintomas como mal-estar, febre, dor muscular, dor de cabeça, náusea, vômitos e diarreia, após exposição a enchentes, procure ajuda num serviço de saúde.
“Situações de calamidade por enchentes acendem um alerta para as doenças infecciosas, principalmente a leptospirose, pelo seu contágio ser mediante o contato direto da pele com a água ou solo contaminados. Por isso, a importância para que as pessoas, se possível, utilizem botas e luvas de borracha, evitando o contato direto com a lama ou água. E, em caso de sintomas, procure um serviço de saúde para atendimento clínico”, explicou a médica patologista clínica, Dra. Christina Bittar.